Segundo Barthes,
Langner e Girard e Oullet apud Pedrosa (1999), o figurino apresenta as
seguintes funções:
1) Função Histórica:
é aquela em que o traje se esforça para atingir veracidade
arqueológica.
2) Função Estética:
é aquela em que as qualidades estéticas do traje não podem ser esquecidas. A
proporção das peças deve ser de acordo com o tamanho do ator e as cores devem
ser mantidas (no caso de trajes históricos). Deve-se, ainda, tomar cuidado com
a iluminação para que esta não venha a alterar a composição harmônica do
traje.
3) Função Semântica:
o traje carrega argumentos de forte valor, apresentando idéias, conhecimentos e
sentimentos, tornando-se um metatexto, representado dentro da encenação.
4) Função Simbólica:
quando utilizada (simbologia das cores, por exemplo), serve para caracterizar e
determinar a personagem. No teatro chinês, um traje claro, de seda, enfeitado
com cores e borboletas, indica um papel amoroso.
5) Função Espaço-temporal:
indicação do lugar onde passa a cena. Através dessa função, sabe-se que a cena
é de manhã, de tarde ou à noite, e se acontece dentro ou fora de casa, num
quarto ou cozinha, ou outro lugar.
6) Função de Criação do Imaginário:
o traje pode recorrer a um código simbólico, muitas vezes representado
por adereços, em que um simples pedaço de papel pode se transformar em
uma espada.
Adriana Bernardes
Nenhum comentário:
Postar um comentário