Material para improvisações
383 – O vadio
O aluno não quer ir à escola. Diz que vai enganar a mãe, que o vem
chamar. Finge que está com tremenda dor de barriga. Começa a chorar. A mãe
desesperada chama o médico por telefone. O menino se assusta. Tem medo do
médico. Este chega. Examina o falso doente, que diz estar sofrendo muito. O
médico diz que já sabe o remédio. Chama a mãe à parte, conversa baixo e volta
dizendo que o doente tem que ficar um mês sem sair da cama. O menino chora.
Pede perdão e diz que nunca mais mentirá nem faltará à escola. Sai correndo.
384 – O milagre
Um casal pobre. de gente simples não tinha tempo de
arrumar a casa. Os dois filhos, fingindo-se de fadas resolvem arrumar tudo
durante a noite. Quando os pais acordam não sabem quem trabalhou e acham que é
um milagre. No dia seguinte. a mesma coisa. Na terceira vez os pais resolvem
ficar de vigília para ver que
m eram os anjos que os ajudavam. Quando descobrem
que são seus próprios filhos, têm um momento de grande alegria.
385 – O curioso
O aluno chega com um
embrulho. O amigo pergunta o que tem dentro. Este diz que não pode dizer, pois
a mãe pediu que não o abrisse. Era para a vovó. Este insiste. Mas o garoto
torna a negar. Furioso promete vingar-se. Sai . O donodo embrulho resolve dar
uma lição no amigo, pregando-lhe um susto. Traz um embrulho igualzinho ao outro
e deixa em cima da mesa Esconde-se. O amigo volta ante pé. Abre o embrulho e
dele sai uma cobra. Este desmaia de susto. O outro chega e dá uma gargalhada.
386 – O espelho e
o Índio
Um índio, andando pela mata
encontra um pedaço espelho. Ao ver um objeto tão estranho, sente medo e
curiosidade; finalmente, a coragem vence. Pega o espelho. sol se reflete e ele
pensa estar segurando o próprio Sente que o objeto é duro e liso. Ao ver sua
própria imagem se assusta tremendamente; cada movimento que é uma nova
descoberta, nova sensação. Medo. Alegria. Depois de um jogo entre ele e a
própria imagem. leva consigo o milagroso objeto.
389 – O Prosa
Um homem entra dizendo ao
amigo que não tem medo de nada e de ninguém; que já matou três onças e vários
bandidos. Despede-se e sai. O amigo chama um terceiro e resolvem pregar uma
peça no prosa. Um entra num saco e fica esperando. O outro chama o mentiroso e
pergunta se ele não tem mesmo medo de nada, nem de assombração. Pergunta também
se aquele saco, que está no canto, é dele. Ele diz que não, mas quer ver o que
tem dentro. Vê o saco mexer-se. O saco foge. Jogo de esconde-esconde. Começa a
ficar meio assustado, quando o amigo aparece com uma máscara de leão ou de
qualquer outro bicho. O prosa começa a tremer, até que os dois amigos se dão a
conhecer. O prosa. envergonhado, sai.
391 – Na padaria
391 – Na padaria
Um grupo de moleques (3 ou 4) passam por u
vitrina onde estão expostos deliciosos petiscos. Sem dinheiro, eles se detêm na
vitrina, desejando ardentemente comer o que vêem (sensaçao de gula).
Desanimados se afastam-se.
Voltam os mesmos moleques
com expressão melhor. Têm um plano. Vão arrombar a vitrina. Fingem manipular
chaves de fenda. Ao mesmo tempo que trabalham, agitam-se com medo da
aproximação do guarda. Realmente 1 policial vem chegando. Fingem naturalidade.
O guarda passa. Depois de muito esforço e aflição conseguem, finalmente tirar o
vidro. Quando a presa já está perto e o cheiro dos pastéis já lhes dá água na
boca, o vigia grita: Lá vem o guarda.. Os moleques paralisados, medrosos, -
fogem em debandada.
392 – A árvore
Este
jogo é de concentração, ritmo, contato de uma maneira direta com os mistérios
da natureza - o ciclo da vida -através do crescimento da árvore, passando por
diversos estágios - inverno, primavera, verão e outono.
1 - Os alunos se deitam no chão. Na posição
fetal. - São as sementes plantadas na terra. Eles se relaxam e esperam.
2 - Um aluno representa o sol, que olha
fixamente para as sementes dando-lhes calor. Numa celebração, esse aluno pode
estar caracterizado com uma máscara de sol.
3 - As sementes para germinarem precisam de
água. Alguns alunos regam as sementinhas ou fazem a sonoplastia de chuva. (Para
isso, batem com a ponta da unha na mesa.)
4 - As sementes começam a brotar. Usam a
respiração, pois o ar também é elemento indispensável ao crescimento da
planta. Os alunos já estão de joelhos.
5 - Começam a brotar os galhos. Braços.
6 - Chegamos à plenitude da árvore. Braços
estendidos, imitando uma árvore. O aluno está de pé.
7 - Alguns. representando camponeses. chegam
até as árvores para colher frutos. Fazem mímica de apanhar frutos e saem.
8 - Outrosalunos, representando operários.
vêm tomar sombra debaixo das árvores. Descansam. ouvem o apito da fábrica e voltam ao trabalho.
9 - A árvore começa a envelhecer e pouco a
pouco vai relaxando, murchando, recolhendo os braços.
10 - Jáde joelhos. vai se encolhendo até que
volta àposição inicial.
393 – O
Passarinho ( sensibilidade)
O professor.
pede aos alunos que fiquem sentados em ferradura, no chão ou cadeira. Faz uma
bola de jornal. Entrega ao primeiro aluno dizendo que é um passarinho ferido.
Os alunos têm que imaginar:
- que aquilo é mesmo um passarinho (cor, tamanho,
forma);
- que ele
está ferido (pena, ternura, cuidado);
- depois de segurar o
pássaro ferido por alguns momentos, passa para seu colega ao lado.
396 – A bomba
relógio
Um
grupo de amigos. passeando num parque descobrem um embrulho. Espanto.
curiosidade. Aproximam-se e observam detalhadamente. Uns, com receio,
aconselham aos mais afoitos a se afastarem daquilo. Eles descobrem. pelo
barulho. que o embrulho contém um relógio. O mais curioso resolve abrir,
enquanto os outros. receiosos, se afastam. De repente Quve-seum estampido e o
curioso cai morto pela bomba-relógio. Os outros fogem apavorados.
397 – As algas
(sensibilidade)
Cinco alunos, de olhos
fechados, começam a se movimentar como se estivessem no fundo do mar sentindo
a resistência da água. Retraem-se cada vez que se encontram, sempre em câmara
lenta. A cada toque. devem reagir como se tivessem recebido uma descarga
elétrica.
398 – A chuva
398 – A chuva
Numa região castigada pela seca, homens
trabalham sob sol causticante. Ao longe ouvem-se os primeiros sinais de
trovoadas. Todos ficam atentos. O ruido aumenta. Esperança geral. Primeiras
gotas d'água. A chuva caiforte alegria. Os homens tentam beber a água, rolam na
lama. Grande alegria.
399 – A alegria
contagiante
Um personagem de mau humor
entra no ônibus. Tudo lhe correu mal naquele dia. Está carrancudo e
ensimesmado.
No
banco em frente está um personagem feliz. A vida é bela, o ar está fresco, o
céu azul, tudo ele sente fortemente. Pouco a pouco o carrancudo ao sentir a
alegria do companheiro vai se contagiando até que se alivia, acompanha o olhar
do outro, começa a ver o ambiente; finalmente, se entreolham e sorriem.
400 - Naufragos
Um
grupo de náufragos numa jangada. O tempo: ensolarado, brumoso, quente ou frio. Omar
deserto. Desespero. Uma chaminé, uma vela aparece no horizonte. Os mais
desencorajados se animam, Obarco se aproxima. Sinais são feitos. Esperança. Mas
o barco passa. sem notar os naufragos e se afasta. Os movimentos param, o
horizonte está de novo deserto.
Esse exercício é acompanhado por instrumentos
de percussão e barulhos de mar, vento, etc. feitos com a boca. Aumentam de
intensidade à medida que o tema se desenrola.
401 – A
radiografia
Duas
pessoas estão numa sala de espera de um hospital público aguardando o resultado
de uma radiografia. Elas sabem que podem estar condenadas à morte (doença grave).
Enquanto esperam, se angustiam. As enfermeiras passam alheias aos problemas
dos doentes, rindo, brincando, o que provoca nos doentes solidão e revolta.
Finalmente trazem o resultado em dois pedaços de papel que entregam a cada
paciente. Um é positivo, outro negativo. Os alunos reagem conforme o resultado
que recebem.
402 – A planta milagrosa
402 – A planta milagrosa
Duas pessoas recebem um vaso de planta onde
só há terra. Curiosos com presente tão estranho, observam o vasinho. De
repente. do meio da terra nasce o broto de uma planta desconhecida. Susto. A
planta começa a crescer aos olhos dos alunos que vão se afastando amedrontadôs
diante de fato tão inédito. A planta continua crescer, crescer, os galhos estão
quase no teto, horríveis, tentando envolver os personagens como tentáculos de
polvo. Apavorados, como num pesadelo. não entendem o que se está passando,
tentam se desvencilhar, lutando desesperadamente. a planta começa a regredir,
tornando-se uma pequena plantinha de cujo galho sai uma linda rosa vermelha. Os
personagens, sempre num clima de pesadelo e sonho, se aproximam cuidadosamente
da flor e ainda no mesmo clima de sonho, observam a flor.
403 - Recordação
403 - Recordação
Uma velha casa com uma cadeira ao centro. Ali
viveu uma pessoa muito querida: uma velha avó por exemplo. O personagem chega
depois de 10 anos de ausência e ao ver a cadeira começa a recordar e a sentir
saudades - mostrando sentimentos alegres e tristes, que as lembranças do
passado lhe trazem.
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