Isto foi tão importante que hoje uso o teatro não exclusivamente para formação de atoresatrizes, quero sim antes de tudo formar pessoas....
Então veja abaixo o programa - também me disponho a dar aulas, programar encontros, participar de atividades.....
Programa – Teatro como instrumento de Desenvolvimento
Pessoal
Parte I -
Introdução
Objetivo Geral
Todo
indivíduo é potencialmente um ser ativo/criador, que age em seu meio
transformando/adaptando-o, as suas necessidades, mas, os aspectos culturais, os
valores morais, as condições socioeconômicas, os processos pedagógicos e as
limitações psicológicas tendem a sufocar consideravelmente essas
potencialidades.
Pretende-se
com “Programa - Teatro como instrumento de Desenvolvimento Pessoal”
proporcionar uma série de experiências, dando condições de desenvolver essas
potencialidades, trabalhando o ser na sua integralidade. Adquirindo e
desenvolvendo:
Habilidades
-
Relaxamento
-
Concentração
-
Observação
-
Execução
(corporal, vocal, manual).
-
Organização
(projetos, montagens).
Atitudes
-
Participação
-
Disponibilidade
-
Aceitação
-
Responsabilidade
-
Comunicação
Capacidades
-
Sensorial
-
Percepção
-
Imaginação
-
Afetiva
-
Critica
Conhecimentos
-
Teóricos
-
Práticos
Objetivos
Específicos
O Programa visa proporcionar uma série de atividades
que prepare e torne as pessoas capazes de atuar e agir no seu cotidiano,
preparando o individuo para o desempenho de todas as suas capacidades e
habilidades na sua realização pessoal, profissional e social.
Criatividade: criar é ter a capacidade de
obter situações novas e adequadas, com originalidade na solução de problemas.
Flexibilidade: é a capacidade de um
individuo em adaptar-se as situações, tanto nas atitudes, quanto no
comportamento – jogo de cintura.
Persuasão: capacidade que tem um
individuo de organizar e apresentar argumentos de forma convincente. É quando é
apresentado de forma inédita, sem receber contestações ou quando já existe um
argumento colocado e o individuo consegue derrota-lo e impor os seus.
Iniciativa: quando o indivíduo tem
capacidade de agir sobre a realidade, apresentado, antes de outros as soluções
e influenciar acontecimentos.
Cooperação: é a capacidade de manter-se
disponível e acessível a outro indivíduo ou ao grupo, demonstrando interesse em
somar esforços.
Combatividade: é a capacidade de enfrentar
e superar situações difíceis, buscando com persistência a consecução dos
objetivos.
Trabalho sob pressão: é a capacidade de suportar,
sem combater com agressividade.
Comunicação: é capacidade de transmitir
idéias verbalizadas ou com gestos, ou até mesmo escritas, de forma clara e
convincente, de maneira a fazer-se facilmente compreendido.
Relacionamento grupal: é a capacidade de interagir,
conviver e comunicar-se com o grupo. É a tolerância e respeito ao grupo/equipe.
Dinamismo: persistência na consecução
dos objetivos, disposta a enfrentar desafios.
Negociação: argumentação convincente.
Organização: observação das prioridades,
sistematização, métodos e ordem no trabalho.
Adaptabilidade: facilidade para lidar com
situações diferentes.
Desenvolvimento do pensamento reflexivo
e critico: capacidade
de resolver problemas (conflitos) de forma consciente.
Controle de emoções: capacidade de manter-se
controlado nas mais diversificadas situações.
Sensibilidade estética – é a capacidade do
discernimento para saber escolher o que é bom ou ruim, o que presta do que não
presta.
Metodologia
Durante
muito tempo confundiu-se “ensinar” com “transmitir” e, nesse contexto, o aluno
era um agente de aprendizagem e o professor um transmissor não necessariamente
presente nas necessidades do aluno.
Acreditava-se que toda aprendizagem ocorria pela repetição. Atualmente
sabe-se que não existe ensino sem que ocorra a aprendizagem, e esta não
acontece senão pela transformação, pela ação facilitadora do professor, do
processo de busca do conhecimento, que deve sempre partir do aluno.
É nesse contexto que as atividades, os jogos ganham
um espaço como ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe
estímulos aos interesses dos alunos.
A presente metodologia desenvolve-se orientada nos
seguintes princípios:
Liberdade – para que o aluno se
expresse é preciso, antes de tudo, que seja respeitada a sua liberdade.
Ação – aprendizado não advém da disposição de ler ou
escutar, mas da ação, do fazer e da experiência; o aluno aprende atuando.
“Nada está na inteligência que não tenha passado pelos sentidos”
S. Tomás de Aquino.
Criação – o estímulo constante à
criação permite ao aluno libertar sua personalidade pela espontaneidade e
formá-la pela cultura.
Expressão – a expressão nasce no
momento do encontro dos dois mundos: o interior e o exterior. Na busca da
descoberta do eu e do mundo que o rodeia, o aluno se expressa e se revela.
Global - toda atividade proposta
engloba ação, um movimento, uma musicalidade, uma plasticidade. (ação dramática
musica, artes plásticas, literatura).
No quadro abaixo uma pequena relação das ações a
serem despertadas, naturalmente podendo variar de caso a caso.
Conhecer Demonstrar Criar Adaptar
Observar Enumerar Refletir Flexionar
Comparar Debater Conceituar Decidir
Relatar Deduzir Interagir Selecionar
Combinar Analisar Especificar Planejar
Conferir Interpretar Discriminar Persuadir
Classificar Concluir Descobrir Liderar
Criticar Provar Negociar Apresentar
|
Programa de Atividades
O Programa é extremamente versátil, podendo ser
aplicado em diferentes formas, conteúdos, duração, faixas etárias, entre tantas
outras variáveis.
A partir do momento que tenhamos estabelecido
minimamente nosso público alvo, e a duração, o numero de participantes e qual o
espaço disponível, é que poderemos e
dimensionar as atividades.
O que sim, me parece importante é enfatizar que,
atividades, técnicas, jogos, não podem ser programados como acidentais e
eventuais, mas sim como estratégias para a sensibilização, formação e educação,
com compromisso formativo.
Somente
com fins de orientação as Atividades, foram divididas em sete Módulos de
Trabalho, pois certamente uma mesma atividade pode se servir para vários
objetivos cabe ao orientador saber escolhe-las e aplica-las, levando em
consideração as peculariedades do grupo de trabalho.
01 – Primeiros Contatos
O primeiro passo para um bom trabalho coletivo é
fazer com que o grupo se conheça melhor, familiarize-se com a proposta e a
metodologia do programa, para que nas atividades exista um clima de confiança,
amizade, respeito e conseqüentemente leve a pessoa a perder o medo de se expor
em grupo.
Atividades de integração e iniciação, quebra-gelo.
02 – Atividades Corporais
Nosso corpo é constituído de músculos, nervos,
articulações, muitos dos quais raramente são ativados e trabalhados, para
conseguirmos a total expressão de nosso
corpo, precisamos estar
livres da nossa
auto censura e
estarmos conscientes das nossas
possibilidades corporais. Portanto precisamos redescobrir nosso corpo e conscientiza-lo de suas potencialidades.
O corpo é a linguagem mais expressiva do ser humano.
03 – Atividades Vocais
São atividades para aperfeiçoar a comunicação vocal,
explorando todos os recursos do organismo, conhecendo-o melhor saberemos tirar
o máximo de proveito sem o risco de se machucar.
04 – Atividades Mentais
Vivemos na era dos enlatados onde tudo já vem pronto
para o consumo. Cada vez mais o homem se acomoda e busca sempre o caminho do
mais fácil e com isto deixa de pensar, criar, inovar, modificar, criticar, etc.
Em um mundo da massificação é preciso desenvolver
atividades que estimulem a criatividade individual, o convívio social,
preparando o aluno para a vida.
05 - Atividades de Sensibilização
Nada esta na inteligência que não tenha passado
pelos sentidos.
Processo que procura desenvolver todos os sentidos,
para melhor percepção de si mesmo, do outro, do mundo.
Num individuo potencialmente criativo, todos os seus
canais de recepção devem estar ativos, neste caso a informação será recebida
por completo, assimilada, utilizada ou não.
06 – Atividades de Improvisação
A improvisação é uma fase onde o participante com
conhecimento de si, de seu corpo esta apto a trabalhar todas suas habilidades a
partir de um tema ou uma situação proposta.
07 – Atividade Culminativa – Teatro
(opcional)
É o coroamento de um trabalho coletivo que valoriza
a contribuição individual, cujo objetivo final não é o aplauso, mas a
gratificação pessoal decorrente da execução livre e perfeita de cada tarefa
proposta.
Esta etapa somente será desenvolvida em um programa
de longa duração, não podemos correr o risco da pessoa se expor a um público
sem estar apta e preparada o que poderia ocasionar muito mais prejuízos na sua
formação do que aprendizagem.
Avaliação
É através da avaliação que o grupo vai crescer,
aprofundar seus conhecimentos e aprimorar as suas ações. Cabe ao monitor
conduzir a avaliação, pois dentro do processo essa é uma fase continua que faz
rever alguns conceitos, provocar se necessário novos rumos, e justificar os
próximos passos.
Sem avaliação não se valorizam os sucessos e não se
tiram lições dos fracassos.
Tipos de avaliações que serão aplicadas durante o
processo.
ü Debates após cada atividade,
em vista do aprimoramento e cumprimentos dos objetivos propostos.
ü Observação continua através
de uma ficha do monitor.
ü Fichas de auto-avaliação.
(inicio e finais de módulos).
ü Avaliação somativa,
realizada ao final do Projeto.
Conclusão
As atividades, os jogos dramáticos, os exercícios,
em qualquer de suas especificações não devem ser aplicadas apenas para criar um
modelo novo ou diferenciado de ensino. Devem ser aplicadas quando se busca
estabelecer em bases definitivas uma filosofia formativa que se pretende
imprimir na escola quando se descobre, nas pessoas envolvidas, no processo, um
estado de espírito para aceitarem uma inovação como resposta à necessidade e ao
desejo de se conhecerem melhor; e finalmente quando se acredita que uma técnica
seja ela qual for, não representa uma formula mágica capaz de educar pessoas e
alterar comporta-mentos, mas somente uma estratégia educacional válida na
medida em que se insere em todo um processo, com uma filosofia amplamente discutida
e objetivos claramente delineados.
Parte
II - Organização Estrutural
Organização
O presente Programa pode
ser implantado em diversas faixas etárias, para tanto seria necessário elaborar
um plano de atividades coerentes com a pedagogia das idades, evitando-se a
queima de etapas.
Participantes
É difícil de se estabelecer um
número de participantes em cada turma, pois sempre caberá ao bom senso saber
estabelecer qual numero é o ideal. Para
isso é importante se levar em consideração a idade e o espaço disponível. O bom
senso também nos fala, que trabalhar com grupos muito grandes ou pequenos não
trazem resultados muitos satisfatórios.
O
local
o mínimo necessário, uma sala ampla, compatível com
o número de participantes, dentro das possibilidades com forração ou piso de
madeira, mas nada impede que se avalie
outros locais.
Carga horária:
Pode-se optar pelas seguintes opções:
- Curta Duração, atividades
esporádicas.
- Média Duração, um programa mais longo, não incluindo
Atividade Culminativa (montar uma peça.
- Longa Duração, um
programa, sem uma data final. Trabalhar uma montagem.
Consideração Final
Para uma melhor apreciação e avaliação do presente
Programa, me coloco a disposição para apresentação de um Modulo de Atividade.
E-mail: vnawcki@gmail.com
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Vitor Nawcki
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