Escrito por Paulo Sacaldassy
Até algum tempo
atrás eu não tinha a mínima idéia se alguém acharia o que escrevo bom ou ruim,
mas como escrever sempre foi o que eu mais gostei de fazer, eu não me
preocupava com isso e continuei. Só que resolvi tirar meus textos do fundo da
gaveta e colocá-los a disposição de quem quiser ler. Assim pude ter a exata
noção se o que eu estava fazendo tinha ou não algum valor.
Confesso que no
primeiro momento, colocar meus textos para apreciação de outras pessoas, me
causou grande apreensão, mas tive sorte, sempre encontrei pelo meu caminho,
pessoas que me mostraram o que eu precisava e, que ainda preciso em meus
textos, para melhorá-los e quais caminhos seguir. E em uma coisa todos foram
unânimes, recomendaram-me que eu praticasse a escrita, pois assim aumentaria a possibilidade
de ter um texto bom.
E como escrever é
uma arte artesanal, eles estavam certos, quanto mais se pratica, mas se ganha
habilidade para escrever. Mas só essa habilidade me pareceu pouco para
distinguir um texto de bom ou ruim, precisava de outras ferramentas. Foi aí que
resolvi freqüentar oficinas de dramaturgia, de roteiros, presenciais e on line,
li muito mais do que já lia e busquei conhecimento. Dito e feito, escrever se
tornou, muito mais prazeroso.
Outra coisa também
vem contribuindo para que eu siga a minha trilha pelos caminhos das letras em
busca de um bom texto: disciplina. Reservar-me em meu canto e trabalhar
artesanalmente cada frase, cada palavra, fazer e refazer quantas vezes eu achar
que deva, até que meu texto expresse a verdade que eu queira passar. Sei que
nem sempre eu consigo, mas como escrever é um eterno aprendizado, sei que ainda
posso chegar lá.
Hoje, já não fico
mais tão apreensivo se vão achar ou não, os meus textos bons, ou ruins, ou sei
lá o quê, o que sei é que a minha busca por um texto melhor vai ser eterna, e
isso, os meus bons conselheiros também me alertaram. Diziam eles: escreva
usando todas as técnicas que você adquirir, use toda a criatividade que você
tiver e trabalhe suas palavras da melhor forma para contar a sua história, se o
texto for bom, os leitores vão dizer.
Depois de tanto
tempo escrevendo, o que posso falar sobre o que seja um texto bom ou um texto
ruim, é que não consegui encontrar uma receita para isso, pois se escrevemos de
forma rebuscada demais, uns nos acham muito chatos, outros nos adoram; se
usamos um vocabulário mais coloquial, os acadêmicos nos renegam, mas outros
não; se usamos mão dos clichês, uns dizem que apenas requentamos fórmulas
batidas, mas outros nem ligam.
E o que o escritor
tem a fazer? Praticar, praticar e encontrar seus leitores, sem nunca deixar de
buscar incansavelmente, a produção de um texto cada vez melhor, pois só assim,
é que conseguirá atingir mais e mais leitores que atestarão o quanto o seu
texto é bom. E é isso que busco!
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