Era uma vez uma linda noite, o sol brilhava nas trevas sem
fim, sentado em pé numa pedra de pau, á sombra de uma árvore sem folhas, um
mudo dizia consigo mesmo aos seus
companheiros: prefiro mil vezes morte do que perder a vida.Bem longe dali
próximo a um bosque sem árvores, os pássaros pastavam, as vacas pulavam de
galho em galho a procura de seus ninhos, e os elefantes descansavam a sombra de
um pé de couve.
Corri devagarosamente depressa para a minha casa,
passei a noite em claro esqueci acender as luzes, às 11 horas da madrugada, fui
a um veterinário que me disse que eu estava com a língua do sapato rasgada.
Montei nas minhas costa e saí galopando pelas curvas
retas da estrada de Santos, ao chegar a
porta da minha janela, entrei pela porta da frente que fica nos fundos, deitei
meu paletó na cama e dependurei-me no cabide onde dormi um sono.
Sonhei que estava acordado. Levantei rapidamente,
dei marcha ré no meu ventilador e rumei para o banheiro, onde foi servido o
almoço.
Lavei carinhosamente os pés da mesa e depois senti um
gosto estranho na boca, pois havia comido o guardanapo e limpado a boca com o
bife de pano.
Ao meu lado um cego lia um jornal sem letras com
palavras que assim diziam: os quatro profetas do mundo são três Jeremias e
Jacó.
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