terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Atividades - Personagem II


Intenções do Personagem

Vimos, nos três últimos jogos, a importância das intenções do personagem. Alguns chamam este elemento da Arte Dramática de objetivo, como o fazia Stanlslavski, outros de ação interior, outros simplesmente de sub-texto.

Sem determinar as intenções das falas, um ator se torna fraco porque intenção é o que você está realmente fazendo no palco, em todos os momentos, mesmo que esteja parado em silencio. "Fazendo", aqui, significa "fazendo interiormente". Voce pode estar simplesmente descascando uma laranja e pensando em algo muito importante A intenção é, de fato, a razão da sua presença no palco.

A intenção pode, muitas vezes, ser bem diferente da óbvia sigrnficação das palavras. Voce pode dizer "bom dia" a alguém que se aproxima de tal maneira que a pessoa entenda que voce não quer conversa com ela. Um "bom dia" pode ser cortante e não a manifestação afetuosa do desejo de que o outro tenha um dia agradável.

O sentido de urna cena, ou de uma peça , é determinado pelo conjunto de intenções utilizadas A este conjunto da-se o nome de intenção geral.

Os objetivos ou intenções são sempre expressos por um verbo, que é a palavra indicadora de ação.

Agora, vamos fazer algumas improvisações silenciosas para treinar a representação , usando as intenções.

Começamos com um jogo sem palavras, para nos preocuparmos com as intenções e não com o texto que diríamos.

1086 - receber urna carta
Um ator jovem chega em casa e encontra a carta de um diretor famoso que o convida para um teste a se realizar dentro de pouco tempo. O ator aguardava ansiosamente esta chance.

A intenção gerai da cena é "ganhar o papel".
- A primeira parte da ação é arrumar os pertences que vai utilizar no teste: retratos - o texto - roupas, etc.
- A segunda parte é estar seguro do texto.
- A terceira parte é ficar pronto e sair.
E importante lembrar que a intenção gerai é o que ditará como o ator vai atuar nas pequenas partes. Seria bom que o ator criasse obstáculos para ele próprio ultrapassar. Isto tornaria sua atuação mais interessante.
Na maioria das vezes, atuar é vencer obstáculos.

O que chamamos de intenção geral é, na monenclatura do método Stanilavkiano – super objetivo

1087 – O envelope
Você estava andando numa rua quando uma pessoa muito estranha se aproximou de você, entregou um envelope e falou . Só abra quando estiver sozinho.
Você estava justamente na porta de uma igreja. Resolveu, então entrar para ler a mensagem. E aqui começa o jogo.

Seu objetivo é descobrir o que esta acontecendo. Vamos dividir o jogo em três pequenas partes.
-            Primeiro , verificar se você está ou não sendo observado.
-            Segundo – abrir o envelope e ler.
-            Terceiro – ouvir uma porta que se abre vagarosamente atrás de você.

O que você imaginou que estava escrito, antes de poder ler?
O que dizia a mensagem?
Quem abriu a porta lentamente atrás de você?
Como você reagiu?

Nos próximos jogos não haverá indicações de como proceder.


1088 – A notícia
Você chega em casa e, por meios que você vai determinar, recebe uma noticia – boa ou péssima. Você vai reagir em função da mesma.

1089 – Não quero ajuda
É dada a seguinte situação – uma pessoa requereu e conseguiu uma ajuda de custos para um tratamento de saúde. Ela sabe que seu processo está com um funcionário com quem está falando, basta que este pegue o processo, abra e retire uma guia de pagamento já pronta, o funcionário não quer colaborar.
A solução deverá se encontrada no desenrolar do jogo.

É um bom jogo para treinar a escolha dos objetivos e sentir o quanto isto faz a atuação ser mais rica em energia, ao mesmo tempo em que favorece a emergência do texto improvisado.

1090 – Personagem em diferentes tempos.
Dois alunos improvisam uma cena - depois dois outros previamente determinados, tem de improvisar uma cena com os mesmos personagens da cena anterior, mas num tempo, numa situação anterior á que a cena foi mostrada.

A vantagem deste jogo é incentivar os dois primeiros a se expressarem miticamente, para que os dois últimos possam atuar de maneira adequada. Estes também tem que estar muito concentrados, observar e analisar profundamente o comportamento dos dois primeiros personagens e, sobretudo, as intenções que emergiram.


1091 - Termine a improvisação
Dois alunos improvisam uma a cena, mas não a terminam. Isto será feito por dois outros alunos previamente escolhidos.

1092 - Quem é o personagem
Este é um jogo individual. Cada aluno, em sua vez, cria um personagem para si e outro invisível para a assistência, mas não para o personagem. Por sua forma de proceder em cena, vamos perceber quem é o personagem visível e quem é o invisível e o relacionamento entre ambos.

A vantagem principal de este jogo è desenvolver o imaginário e a concentração.

1093 – Personagem invisível em duplas
Semelhante ao anterior, mas com a diferença de que, agora, o trabalho è realizado por uma dupla visível, que contracena com um personagem rn invisível

Ø    Aqui, o mais importante a destacar é a necessidade de entrosamento dos dois alunos para que um não "desmanche" o trabalho do outro. Futuramente, quando estiverem em um palco, eles vão sentir nitidamente a necessidade de estarem afinados uns com os outros.
Ø    O primeiro ator deve ter em mente um objetivo de preferência forte, imaginativo. Não deve chamar o outro para perguntar se quer ir ao cinema.
Ø    A pessoa que recebe o chamado, ao ouvir a mensagem, pedido, noticia, ameaça, ou o que seja, deve imediatamente adotar uma intenção, e persegui-la com toda a energia. O diálogo resultante das duas pessoas ao telefone, cada urna controlando seu próprio objetivo, constituirá a improvisação.
Ø    Não se deve esquecer de que ambas as pessoas estão lidando com uma situação baseada na verdade dos personagens, nas circunstâncias, e não representando intenções abstratas.

1094 - O terceiro entrando em cena
Dois alunos criam personagens e uma situação dramática onde, obrigatoriamente, existirá um conflito. Um terceiro aluno, previamente escolhido, assistirá muito atento e, em determinado momento, entra em cena com a intenção de resolver o conflito.

1095 - O telefonema
Esta improvisação incentiva o "dizer e o ouvir". Duas cadeiras são coladas de costas uma para a outra, a urna certa distância.
Um aluno senta e, como personagem, telefona para alguém. Esse alguém será um colega da classe, que vai sentar-se na segunda cadeira e atender ao telefone sem saber quem é ele, e quem o chama.

1096 - A comunicação
 É semelhante ao jogo anterior. O primeiro personagem está em casa, e o segundo vem pedir ou comunicar algo.

Agora è o primeiro que tem de ouvir o que o outro comunica e, rapidamente, encontrar urna intenção forte para o seu personagem atuar.
Cabe ao segundo a responsabilidade da escolha de um assunto ou problema que traga o germe de energia.

1097 - O diretor e os empregados
Nesta improvisação vão aparecer o diretor de uma fábrica muito importante e o operário presidente do sindicato.
A cena se passa no gabinete do diretor. O operário vem e apresenta urna lista de reivindicações .

Em separado, damos instruções a cada um:

Para o operário: Depois de uma assembléia tumultuada, seus colegas encarregaram voce de conseguir, de qualquer jeito, o atendimento das reivindicações.

Para o diretor: Você sabe que este operário é um criador de casos .sua atitude é de nao aceitar nenhuma destas reinvidicações., justas ou não.


Por que são dadas situações conflitantes?
Primeiro, para obriga-los a perseguir com muita energia suas intenções, lutando para conseguir argumentos que favoreçam posicionamentos.
Segundo, porque um vai ter de ceder, senão a cena não terá fim. Outra solução seria um improvável acordo. Ou um muda seus objetivos, e cede, ou ambos mudam e chegam a uma solução conciliatória.


1098-A Relojoaria
A cena è numa relojoaria. Participam o dono da loja e uma freguesa. Como no jogo anterior, serão dadas aos dois participantes, em separado, algumas informações.

Para o dono da loja: Voce teve muito trabalho para consertar o relógio da freguesa. Teve de mandar vir da Suíça uma na peça com a qual teve sérias dificuldades na alfândega. Enfim, o relógio deu muito trabalho. Ela, depois de alguns dias, volta para reclamar do funcionamento do relógio. Voce se recusa a ter aborrecimentos de novo.

Para a freguesa: Há algumas semanas, voce recebeu seu relógio do conserto e pagou caro. Quando chegou em casa, o relógio estava parado. Voce o traz de volta e, pelo preço que pagou pelo conserto, o quer perfeito.


1099 - O diretor teatral
E semelhante aos dois últimos jogos.
A cena desta improvisação é o escritório de um famoso produtor teatral . Um ator vem para candidatar-se a um papel na próxima produção.
Os dois terão informações, em separado.

Para o ator: Voce conhece a peca e sabe que há um papel feito sob medida para voce. Sabe, também, por um amigo seu, que o papel ainda não foi dado a nenhum ator.

Para o produtor: Você sabe que este ator è um "criador de casos". Ele reivindica tudo: aumento de salário, diminuição de horas extras de ensaio. E competitivo com os colegas. Você tem de deixá-lo fora, sem magoá-lo, para não ter aborrecimentos futuros.


1100 - O elevador parou
Esta è uma improvisação de grupo.
Dez pessoas tomam, em diversos andares, um elevador que, a partir do 16 andar, vem direto para a portaria. O exercício começa, exatamente, no momento em que o elevador sai do 160 andar e, logo depois de um sinal dado pelo professor, pára e enguiça entre dois andares.

Cada um dos participantes decide para si, quem è, o que estava fazendo no prédio antes de tornar o elevador e aonde vai quando o problema terminar.


1101 - Criando personagem por uma frase
Nesta improvisação os participantes antes de planejar personagens e situação dramática recebem uma frase que deve inspirar o trabalho que vão elaborar. A frase pode ser retirada de uma poesia, de um texto religioso, de uma música popular etc.


1102- Criando personagem por uma palavra
Semelhante ao anterior, só que, neste jogo, ao invés de uma frase, eles receberão somente uma palavra.


1103- Criando um personagem diferente da situação
Tem por objetivo provar que se pode usar uma frase em qualquer sentido que se queira, desde que se execute uma intenção escolhida.
O aluno escolhe uma frase de uma poesia e a coloca em uma situação diferente da que é sugerida pelas palavras; cria um personagem dá uma intenção diferente da que as palavras sugerem e, então, improvisa.


1104 - Descobrir objetivos dos personagens
Dados dois ou mais objetivos, criar personagens e situação dramática.
Depois de ter acontecido um jogo dramático, discutir com todo o grupo que intenções foram perseguidas durante o trabalho realizado.


1105 - Entrando em cena
Dois alunos começam uma cena inventada por eles. Logo depois, um a um , os colegas vão entrando, modificando totalmente a situação e criando novos personagens.
Por exemplo, dois começam uma cena familiar entre pai e filho. O próximo aluno que entrar em cena pode se portar como se os três fossem bandidos planejando um assalto. Mudou a situação, mudaram os personagens. Os dois primeiros tem de, rapidamente, mudar seu comporta­mento, suas intenções , porque mudaram os personagens. O segundo aluno a interromper pode modificar a cena dos bandidos, sugerindo que os quatro são médicos cirurgiões.
À medida que o jogo prossegue, os alunos terão oportunidade de experimentar vários personagens, nas mais variadas situações.


1106 - Todos iniciando uma cena
E semelhante ao anterior. A diferença é que, desta vez, o jogo começa a com todos os alunos participando desde a primeira cena. Estas e todas as outras que se seguirão vão ter as modificações propostas pelo professor.
Caberá aos alunos a escolha de personagens e objetivos que se adaptem às situações propostas.


1107 - Feliz recebe noticia triste
Dada uma situação dramática, criar personagens com as seguintes características: uma pessoa está alegre e entra outra para dar uma noticia triste.

Como a proposta do jogo é muito sucinta, seria interessante focalizarmos alguns pontos:

Ø  Quem è o primeiro personagem?
Ø  Onde ele está?
Ø  Por que está alegre?
Ø  Quem è o segundo personagem?
Ø  Qual o seu relacionamento com o primeiro?
Ø  De onde vem?
Ø  Por que vem?
Ø  Qual è a noticia?
Ø  Qual è a reação do primeiro?
Ø  Por que ficou triste?
Ø  Como se comporta, então, o segundo?


1108 - velhos no asilo esperam noticias
Situação dramática - velhos, num asilo, esperam suas visitas, mas só um a recebe.
 Neste jogo, de modo geral, os alunos percebem que a emoção deve crescer lentamente, e não começar o exercício num clímax, que trará com o decorrer do trabalho uma certa monotonia e repetição de gestos e palavras. Como no exercício anterior, é preciso trabalhar nas razões interiores. .


1109- jovens esperando condução
Semelhante ao anterior, só que, agora, os alunos vão representar jovens ricos, que aguardam a condução para, alegremente, saírem do internato para suas casas.
Ø  Como è cada jovem rico?
Ø  O que pretende fazer quando chegar em casa?
Ø  A condução chega rápido ou demora?
Ø  Como cada um reage à espera?
Ø  O que acontece de interessante nessa espera?
Ø  Muitos outros tópicos poderiam ser incluídos.

1110 - À volta
E um jogo individual.
Cada um, em sua vez, fará a volta a um quarto, em que o personagem viveu durante um tempo, depois se afastou, e agora está de volta. Cada um deve determinar quanto tempo seu personagem morou ali, com que idade, por que se afastou e por que está voltando. Pode haver, no quarto, um objeto que desperte uma carga maior de sentimento e emoção. Estes vão aflorar naturalmente, se for feito o trabalho interior sugerido.



Atividade - Situações para improvisar


1300 – Execute as tarefas

A listagem das tarefas que poderão ser escritas separadamente em cada cartão poderia ser como o modelo que se segue:

1.      Servir uma refeição;
2.      Caminhar sobre a neve;
3.      Pregar pregos em tábuas;
4.      Carregar um copo de água cheio sem derramá-lo;
5.      Colocar mesa para um almoço;
6.      Enxugar pratos;
7.      Cavalgar num burro bravo;
8.      Fazer um bolo;
9.      Atuar como um goleiro;
10.  Jogar cartas;
11.  Andar de bicicleta;
12.  Trocar pneus de carro;
13.  Subir em uma escada;
14.  Embrulhar presentes;
15.  Amarrar cadarço em tênis;
16.  Disputar um cabo de guerra;
17.  Datilografar;
18.  Atravessar um rio sobre pedras;
19.  Imitar um chinês conversando;
20.  Ensinar balé a um grupo;
21.  Tocar saxofone;
22.  Esquiar ou praticar surfe;
23.  Ensinar samba a algum estrangeiro;
24.  Procurar agulhas em palheiro;
25.  Descascar cebolas.

Interpretação - cultura dramatica


Cultura dramática

Alertamos que para serem atores, para interpretar os mais diversos papéis é fundamental que eles tenham uma cultura dramática.
Compreende um conhecimento da História do Teatro, da Arquitetura teatral, dos métodos de interpretação, atores consagrados em diferentes épocas e atuações.
Não se pretende formar um acadêmico erudito, mas se propõe oferecer a seus participantes uma cultura geral do teatro que lhes de segurança para pisar no palco

Ø  A interpretação, embora inspirada no texto e orientada pelo diretor, é uma criação do ator.
Ø  Portanto o ator deve preparar-se durante todo seu dia a dia para o espetáculo.
Ø  Desde o momento em que recebe seu personagem deve trabalhar nele.
Ø  O ator deve ser sensível, emotivo e racional ao mesmo tempo, observador imaginativo.
Ø  Não somente ter habilidades intelectuais , mas também físicas, com flexibilidade corporal, a técnica vocal, a descontração, a concentração e o ritmo que devem ser treinados.
Ø  O ator deve atuar com sinceridade, que não significa, sinceridade absoluta, porque o teatro é uma transposição da verdade.
Ø  Na construção do personagem o ator vai aos poucos desenvolvendo suas capacidades e habilidades.
Ø  Os tipos de interpretação variam segundo cada época da História do Teatro.
Ø  Temos diversos métodos de interpretação – Stanilawski, Brecht, Grotovski, Planchon, e outros
Ø  O ator é um instrumento musical do qual se serve o diretor – o personagem.

Atividades - Personagem


Personagem

O personagem é intrínseco a tudo o que fazemos no palco. Desde a primeira aula aparece constantemente em nosso trabalho. O personagem só pode crescer a partir do relacionamento pessoal com o conjunto da vida cênica. Se o ator deve realmente fazer seu papel, o personagem não pode ser dado como um exercício intelectual, independente, desde movimento.a atenção prematura ao personagem, num nível verbal pode levar o estudante a fazer de conta afastando-se do envolvimento e do relacionamento com os colegas.
Um ator deve ver e relacionar-se com o colega ator, não com um personagem. Jogamos futebol com outras pessoas, não com os uniformes que estamos usando. Isto significa, simplesmente que ambos os atores sabem que o outro sesta jogando e sustentam o jogo.

1071 – Casal assistindo TV
-          Para cada ator escrever uma lista de expressões, sentimentos a serem assumidos pelos atores. (combinar com relação sentimentos1054)

1072 – Jogo do quem
-          Elaborar uma lista de descrições corporais a serem feitas pelo ator,

1073 – Acrescentando um conflito ao personagem
-          Pai esperando o filho adolescente que não chega no horário previsto.

1074 – Segure a emoção – improvise com ela
-          Dizer uma frase, o grupo assume uma expressão e depois improvisa sempre com a mesma expressão.
-          Ninguém me ama. Eu nunca me divirto. Estou muito sozinho. Amanhã será melhor.
-          Improvisar – criança no parque. Uma esquina na rua. Uma desta no escritório. Proposta de casamento.

1075 – Segure a expressão corporal
-          Ombros arqueados, estomago chupado, passos firmes)
-          Improvise segurando este tipo físico. O que, quem, onde, o que.

1076 – Segure o espaço físico

1077 – Peça do figurino
-          Escolha uma peça do figurino e crie um personagem.
-          Ele impôs a peça do figurino ou deixou que a peça do figurino determinasse o personagem?

1078 – Irritação Física
-          Cada um tem um tipo de irritação física quem está incomodando, mas que não pode ser remediado os outros estão observando.
-          Um discurso de formatura – calça caindo, uma pulga na roupa, uma coceira no braço, gases intestinais.

1079 – Irritação física II
-          Você está sendo entrevistado para emprego, e descobre uma mancha em sua roupa.
-          Uma reunião profissional e descobre que está com hálito de cerveja.

1080 – Hábitos e tiques nervosos


1081 – agilidade do personagem
-          Fornecer lápis e papel para todos e lhes dar as seguintes categorias que eles anotam.
-          Animal, imagem, ritmo, apetrechos em cena, peças do figurino, cor.
-          Lista de personagens – Professor universitário, velho, banqueiro, pai, astronauta.
-          Escrever as primeiras impressões que vem a mente sob as categorias dadas para cada personagem
-          Ex. Professor universitário – Animal – coruja, Imagem – pedra...

1082 – Agilidade de personagem II
-          Uma categoria apenas. Os atores devem escrever tanto sobre o personagem dentro de um limite de tempo.
-          Imagem, detalhes físicos, alimentos, gostos, formação, amigos.

1083 – Agilidade de personagem III
-          A platéia sugere personagens – uma professora solteirona e um vendedor de sapatos.
-          Os dois no palco improvisam após algum tempo.

1084 – Agilidade de personagem IV
-          Ler uma lista de características – o grupo cria um personagem correspondentes a elas.
-          Ex – barrigudo, cabeludo, magricela, cabelos calvos, andar lento...

1085 – Agilidade de personagem V
-          Todos sentados em círculo, um fica no centro. Este citara categorias e a quem indicar deve falar de um personagem.

Atiividades - trabalhando a Imaginação


Imaginação


A faculdade que temos de reproduzir mentalmente imagens que foram percebidas anteriormente chamamos de imaginação reprodutora. Mas o tipo de imaginação que mais nos interessa, em termos de teatro, é a imaginação criadora, que se caracteriza pela elaboração de novas combinações de imagens previamente recolhidas ao cérebro. Por exemplo, temos no nosso cérebro as imagens de maçã e azul e, assim, podemos formar uma ova combinação - maçã azul - algo que nunca vimos.
A situação dramática se caracteriza exatamente por ser imaginária; ela pode ser a representação do que já existiu ou uma combinação nova de várias situações que já existiram.

Não só a situação dramática, mas tudo o que se passa em cena é imaginário: personagens, o tempo em que se desenvolve a ação, o espaço - mesmo que, com o maior requinte, se coloquem paredes, móveis, objetos, isto é, a representação de uma sala, que poderá já ter existido.

Daí o nosso empenho em chamar a atenção de nossos alunos para a necessidade de desenvolver a capacidade de imaginar que, como já afirmamos antes, aliada à concentração, é à base de todo trabalho teatral.

A capacidade de criar deve ser estimulada.
Resolver problemas novos. Variar o que foi aprendido em combinação.
Motivação e estímulos.

1005 – Classifique
Desenvolver o pensamento lógico e a capacidade de classificar.
-      Tudo que serve para comer.
-      Tudo que serve para vestir.
-      Tudo que serve para transportar.
-      Coisas que nascem na terra.
-      O que queima.
-      Animais com pelos.
-      Tudo que nasce morre.
-      Animais de quatro patas.

1006 – O que você faria se...
-                      Se fosse um cachorro.
-                      Se pudesse voar.
-                      Fosse invisível.
-                      Fosse um peixe.
-                      Ficasse perdido no mato.
-                      Fosse o presidente da republica
-                      Fosse um sorvete.
-                      Fosse uma flor.
-                      Estivesse num bote em alto mar.

1007 – Seus desejos
-                      Diga seu desejo e justifique porque?

1008 – Imagine
O coordenador lê uma frase e o participante faz suposições e comentários.
-                      João ia andando e caiu no meio da estrada. Por que?
-                      Lídia começou a chupar laranja e faz caretas. Por que?
-                      O caminhão parou no meio da estrada.
-                      Ele saiu em direção do hospital, muito apressado.
-                      O carro da polícia chegou.
-                      Os bombeiros passaram depressa.
-                      Eu vi um ônibus preto...
-                      Eu vi um gato andando devagar como...
-                      A sua blusa é branca como...
-                      Aquele papel era muito importante...
-                      A menina linda me...

1009 – Transforma acrescentar algo
Transformar, acrescentar ou tirar algo de um objeto.

1010 – Estabelecer associações
Estabeleça associações entre – pessoas, animais, locais.

1011 – Fazer suposições
Escolha um tema e faça suposições, abstratas ou não.

1012 – Humazinar coisas

1013 – Fazer programas diferentes

1014 – Responder perguntas

1015 – Esgotar idéias sobre um tema x
O temas será sorteado pelo grupo.

1016 – Imaginar uma frase
Imaginar uma frase com todas as palavras começando pela mesma letra.

1017 – Inventar uma história

1018 – Esgotar idéias sobre pessoas e objetos

1019 – Vôo de imaginação
Vocês se dirigem para onde quiserem.
O que vocês viram, como era lá, o que tinha...

1020 – Vôo de imaginação II
- Agora vocês estão em um supermercado...

1021 – Mudou tudo, viro tudo
-                      De vocês eu faço, moveis, caminhões, mesas...

1022 – Mudo tudo, viro tudo II
-                      De vocês eu faço bruxos, mecânicos, pilotos...

1023 – Complete as linhas

1024 – Descubra no meio dos risco algo
Mostra-se aos alunos uma folha de papel em que risca­mos um traço qualquer e pedimos que eles, mentalmente, completem o desenho e formem a imagem de algo que lhes é conhecido.

1025 – Escute uma palavra e imagine
Dada uma palavra, imaginar e descrever um evento imaginário.

1026 – Dado um traço imagine uma pessoa
Dado um traço fisionômico, imaginar uma pessoa.
Dado um traço de caráter, imaginar uma pessoa.

1027 – Imaginar as pessoas envolvidas no fato
Conta-se um fato inventado e pede-se que imaginem as pessoas envolvidas no acontecimento.

1028 – Imagine o que aconteceu
Pedimos aos alunos que fiquem olhando em uma determinada direção. Sem que eles vejam, faz-se um barulho qualquer, por exemplo, deixa-se cair um objeto pesado no chão. Pedimos, então, que procurem imaginar, livre­mente, sem a preocupação de adequação da resposta.
Um aluno poderá, por exemplo, dizer que foi um tiro. Pergunto, então, quem atirou em quem e por quê. Talvez outro aluno diga que foi um martelo que caiu. Para incentivar a imaginação, pergunto quem deixou cair, e em que situação aconteceu.

1029 – A partir de uma situação crie as pessoas
Damos alguns detalhes de uma pessoa. Por exemplo: é um menino louro, de onze anos, magro, mal vestido, com uma calça que se percebe que pertenceu a um menino maior. Ele usa camisa azul, rasgada e suja. Está descalço e parece que nunca usou sapato. Ele está em pé, junto a um caixote. Começamos a lazer perguntas, mobilizando toda a turma, com a intenção de que se forme uma pequena história. Por exemplo, perguntamos: por que ele está ali? o que está fazendo? como é o nome dele? ele tem irmãos? onde mora? como é a sua família?
Outras perguntas poderiam ser elaboradas de acordo com as respostas que viessem.
Quando se sente que a história está ficando desinteressante, monótona, reaviva-se o interesse dos participantes com perguntas assim: alguma coisa aconteceu de muito importante; o que foi?

1030 – Dado uma foto imagine
Dado um retrato, recorte de jornal ou revista, imaginar uma história.

·  Gostaríamos de focalizar o quanto nesses jogos apareceu de teatral: personagens, situações dramáticas, enredos, esboço de peças, sugestões de cenários, etc. Isto é muito natural porque a imaginação é a última parte da fase preparatória e, logo a seguir, entraremos no campo dos jogos dramáticos.