terça-feira, 3 de setembro de 2024

Oficina de Teatro - FECEF

 

Oficina Teatro - Expressão da Evolução

FECEF 2000

I. INTRODUÇÃO:

Para se fazer teatro, é preciso programar atividades. Na programação das atividades, deve-se levar em conta:

Tempo: de preparo e de apresentação

Espaço: para ensaio e para o momento da apresentação

Materiais: cadeira, mesa, acessórios, vestuário, depósito, utensílios (tesoura, fita adesiva, alfinetes, barbante, etc.).

II. EXERCÍCIO DE DISCUSSÃO DE TEATRO:

"O que é teatro?" Fazer tempestade cerebral ou outra técnica.

Concluir que teatro é a realização de sessões que levem os participantes a desenvolverem suas habilidades de representação. Teatro é aprender a representar.

III. OBJETIVOS:

  1. Objetivo Educacional – O objetivo educacional focaliza um aspecto de ordem moral, pois considerando-se a educação como elemento indispensável da evolução do espírito, deve-se procurar, através do teatro, a formação do caráter ideal. A formação do caráter não decorre da atividade em si, porém, resulta, surge por meio ou através da atividade. A conduta revelada durante a atividade organizada transfere-se para outras atividades, refletindo comportamento social e é fonte e causa eficiente de hábitos morais.

Desse modo, o educador tem oportunidade, pela natureza do trabalho, de treinar caracteres entre os educandos, pois durante a atividade teatral a criança se expande em toda sua plenitude, revelando, assim, suas tendências, que deverão ser bem canalizadas.

Lembre-se de que a arte não é apenas uma forma de expressão, mas é, acima de tudo, uma forma de crescimento interior, oportunidade de desenvolver as potências da alma, num sentido superior e elevado.

  • Objetivo Recreativo – O objetivo recreativo visa proporcionar à criança uma ocupação de acordo com sua própria natureza, fortalecendo-lhe o corpo, exercitando os sentidos, estimulando o espírito que começa a despertar, fazendo com que conheça sua própria natureza e a do próximo.

A grande experiência será buscar o equilíbrio entre a espontaneidade, o lazer e a técnica, através de um clima de alegria, liberdade e amizade entre todo o grupo, permitindo que expressem seus sentimentos e sensações de maneira natural.

Para este trabalho é indispensável ao educador, conhecer a criança, para que possa, sem prevenção, amá-la.

"O impressionante poder do amor é a força mais importante na formação da nossa vida física, moral, emocional e espiritual".

  1. Objetivo Social – O desenvolvimento social através das atividades teatrais (entre as quais, jogos, brinquedos cantados, danças, etc.,) é muito importante. As atividades de expressão proporcionarão o desenvolvimento das capacidades de cooperação, de companheirismo, de desinibição, de respeito, de generosidade, de esforço e de julgamento.

As crianças que revelam maior habilidade poderão ser aproveitadas como líderes, quando houver necessidade de dividir a turma.

OBSERVAÇÃO

Se o objetivo é preparar os participantes para aulas de TEATRO, é importante agir de forma empresarial: fichas de inscrição, estabelecimento de regras para ensaios, uso de materiais e distribuição de tarefas. Neste caso, às atividades teatrais devem ser incluídas discussão e aprendizado de textos específicos.

Se o objetivo do programa é simplesmente promover amizade e diversão, use atividades como jogos, brincadeiras, histórias e exercícios vocais. Neste caso estão incluídas as atividades constantes das aulas de Evangelização.

Se o objetivo do programa é oferecer uma gama de atividades artísticas, entre elas o teatro, é necessário oferecer técnicas de representação unindo atividades simples e recreativas. Neste caso, não há aprofundamento neste campo.

IV. PRINCIPAIS ÁREAS DO TEATRO:

  1. PANTOMIMA
  2. VOZ
  3. IMPROVISAÇÃO

PANTOMIMA – Encenação que comunica uma idéia ou ação sem o uso do diálogo.

Ex: Atividades Genéricas:

*      trabalho doméstico,

*      praticar esportes,

*      jardinagem,

*      acampamento,

*      trabalho de escritório,

*      trabalho de hospital,

*      construção de uma casa,

*      diversão na praia,

*      apresentação de circo

*      encenação de uma orquestra ou banda.

Ex: Atividades Adaptadas a um Aprendizado: (ver item de Sugestões de Atividades, a seguir).

OBSERVAÇÃO – Posições no palco.

VOZ – O ponto fraco dos atores iniciantes é a voz satisfatória. É necessário desenvolver uma voz de palco apropriada. No palco é decisivo o que é dito, quanto o como é dito.

Para se trabalhar isto, são necessárias várias sessões que enfoquem somente a voz, sem movimentos de palco. Além disso, aquecimentos vocais devem fazer parte de todas as atividades.

Ex: Ponha cor em sua rima infantil.

O líder do grupo escreve na lousa uma rima infantil curta. Lê então a rima de vários modos, com o grupo repetindo e imitando a cada vez, em coro. Exemplos de modos de leitura:

*      com suspense,

*      com raiva,

*      com tristeza,

*      nervosamente,

*      alegremente,

*      como um locutor de TV,

*      como em uma propaganda,

*      como uma canção de rock,

*      com voz lírica,

*      com muita suavidade,

*      muito alto,

*      depressa,

*      devagar.

A – CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA VOZ DE PALCO:

  1. Velocidade – A maioria fala rápido demais.
    Para exercitar, repetir a frase na velocidade certa. Pedir ao ator que espere o sinal para falar.
  2. Projeção – Incentivar os atores a bocejar e respirar profundamente. No palco, imaginar que a voz se origina na linha da cintura (diafragma), ganha volume e tom conforme passa pelo peito e sai pelo "megafone" (boca).
  3. Clareza – A fala truncada tem sua origem normalmente em dois motivos: má expressão das frases ou má pronunciação. A má expressão das frases é um problema de leitura. Sugere-se marcar com barras ( / ) as pausas nos trechos que lerem em voz alta e não fazer pausa onde não houver barras. Estimular a leitura.
    A má pronunciação normalmente, é apenas o resultado de maus hábitos de fala. Para estes problemas, o melhor remédio é a interrupção e imitação dos sons corretos.
  4. Expressão – Seja qual for a expressão que tiverem, estimular os atores a exagerar o quanto possível. A princípio ficarão embaraçados, porém, se sentirão gradualmente mais à vontade. Novamente, interromper e dar o exemplo são as melhores condutas. Sempre que necessário, interrompa e repita a frase com a expressão apropriada.
  5. Postura – Os atores devem ficar em pé, eretos, com o peso distribuído em ambos os pés e não com as pernas cruzadas ou os quadris inclinados. Se seguram um manuscrito, devem fazê-lo ligeiramente acima da linha da cintura. Durante a representação, os manuscritos devem ser segurados firmemente, não dobrados, enrolados, apertados ou movimentados para cima e para baixo. Devem evitar trocar os pés de posição, balançar para frente para trás, levantar os calcanhares ou virar os pés. Enfim, devem permanecer firmes no palco. Nas atividades com manuscrito, o ator deve olhar para o público pelo menos a metade do tempo. Para isso praticar a encenação pelo menos 10 a 15 vezes.
  6. Equilíbrio – Os inícios e os finais feitos com pressa enfraquecem a apresentação como um todo. Trabalhe a confiança dos atores. Caso ocorra algo errado – e isso sempre acontece – evitar fazer caretas, dar risadinhas, virar os olhos, ou cobrir o rosto com o manuscrito.

B - AQUECIMENTOS VOCAIS:

O aquecimento vocal deve durar de dois a três minutos.

  1. Inspirar e expirar devagar. Inspirar, contar até dez e expirar.
    Contar até cem, de cinco em cinco.
    Falar, de trás para frente, do 17 ao zero.
    Começar falando baixo até ficar alto.
    Começar falando alto até ficar baixo.
  2. Distender a boca, para os lados, para cima, para baixo, abrir, fechar, mastigar.
    Sorrir, encher as bochechas, franzir as sobrancelhas.
    Fingir que mascam uma grande porção de chiclete.
  3. Repetir a seqüência de vogais duas ou três vezes, com as mandíbulas bem soltas e relaxadas.
    Usar, também, consoantes: F/V, B/P, G/C e D/T.
    Usar combinações de consoantes e vogais: "art, ort, urt, irt".
  4. Usar trava-línguas.
  5. IMPROVISAÇÃO – Cena executada com pouco ou nenhum ensaio; geralmente inclui um diálogo (palavras ditas no palco). Eis algumas sugestões que podem auxiliar na encenação:

*      Comece a cena com o máximo de energia possível e inicie tendo em mente um personagem definido, exagerado. Por exemplo, não represente um simples estudante, mas sim um estudante muito nervoso, ou descuidado, ou que ri à toa, etc.

*      Use o corpo para expressar o caráter ou estado de espírito do personagem.

*                Faça opções vocais, isto é, utilize a voz para dar vida à representação.

*                Em improvisação solo, não pare de falar, como se estivesse expressando os pensamentos em voz alta. Evite transformar a cena em pantomima.

*                Em improvisação em grupo, ouça os outros membros do grupo. As improvisações degeneram com muita freqüência em competições de gritos.

*                Durante uma cena, nunca, jamais diga: "O que devemos fazer agora?". Esta conduta revela claramente uma falta de idéias e não ajuda em nada a inspirar uma ação.

V. SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

Atividades adaptadas a um aprendizado.

Ex: Cena de uma atividade genérica – trabalho doméstico, trabalho de escritório, cena de um período de guerra, adaptando ao tema a ser estudado – "Vivência de uma situação doméstica, baseada em exemplos bíblicos", "Pessoas cristãs num trabalho de escritório", "Conflito internacional tratado de forma verdadeiramente cristã".

Sugestões de Oficinas de Teatro para os diversos níveis.

INICIANTES

1. Aquecimento Vocal – Exercício com as músicas:

Brincando, Música do palhaço e Cabeça, ombro, perna e pé.

2. Pantomima – Caminhar sobre o gelo, sobre espinhos, sobre um piso quente, caminhar sob um vento forte, caminhar sobre ovos, caminhar como elefante, caminhar sobre um asfalto grudento, caminhar sobre vidros quebrados, caminhar num deserto, procurando por água, caminhar no escuro.

3. Ensaio e Dramatização da Música – O Caracol.

Viagem Imaginária – O narrador vai falando, sob o som de uma melodia, enquanto os participantes deverão imaginar representar com ações as cenas narradas. É uma vivência em que a proposta deverá levar ao relaxamento, bem como ao desenvolvimento da imaginação. Os participantes poderão estar sentados confortavelmente ou deitados, de forma relaxada. Os participantes poderão interagir ou reagir individualmente. Neste caso, os olhos deverão estar abertos.

Sugestão: Vamos imaginar que estamos chegando numa floresta. Ouçam o som dos passarinhos. Estamos caminhando (som de galhos secos sendo quebrados). Vamos respirar fundo. Que delícia! Mais à frente, outros passarinhos, macacos. Vamos imaginar outros bichos que estão nesta floresta. Vamos fazer o som deles. Agora devagarinho, vamos voltar a caminhar pela floresta de mãos dadas (som de galhos secos). Estamos chegando! É hora de sentarmos e agradecer por mais um dia, pelo contato com a natureza (enfim, fazer uma breve prece).

Devagarinho, vamos abrir os olhos.

5. Exercício de voz – Ponha cor em sua palavra:

O líder dia uma lista de palavras, com voz neutra. Em seguida, chama cada aluno e pede para repetir a palavra, "colorindo-a", com o máximo de expressão possível.

Palavras – frio, devagar, bravo, feliz, nervoso, rindo, gritando, suave, fino, crocante, medo, chorando, alto.

6. Atividades Genéricas – Em grupo:

7. Pintores pintando paredes; regando um jardim; olhando a paisagem e tirando fotos; varrendo o chão; tocando em uma banda; tomando refrigerante.

8. História – A Nuvenzinha Marli ou a Nuvenzinha Fátima. Haverá participação dos alunos.

Poesia: Resposta de Mãe (João de Deus)

Minha mãe, onde está Deus?
Ora esta, minha filha,
Deus está na luz que brilha
Sobre a Terra, pelos Céus.
Permanece na alvorada,
No vento que embala os ninhos,
No canto dos passarinhos,
Na meiga rosa orvalhada.
Respira na água cantante
Da fonte que se desata,
No luar de leite e prata,
Está na estrela distante...
Vive no vale e na serra,
Onde mais? Como explicar-te?
Deus existe em toda a parte,
Em todo lugar da Terra...
Ó mamãe! Como senti-lo,
Bondoso, sublime e forte?
Será preciso que a morte
Nos conduza ao céu tranqüilo?
- Não, filhinha! Ouve a lição,
Guarda a fé com que te falo,
Só podemos encontrá-lo
No templo do coração.

INTERMEDIÁRIO

  1. Aquecimento Vocal - Os participantes inspiram e expiram devagar. Em seguida, inspiram, contam até dez em voz alta, expirando.

Inspirar, contar até vinte, de dois em dois, expirando.
Mastigar com exagero.
Apitar com a língua.
Apitar com os lábios.
Estourar pipocas com a língua, distendendo a boca para os lados e para o meio.
Dar beijinhos, fazendo biquinho com os lábios.

  1. Poesia – Interpretação em Grupo. Cada participante fala um trecho da poesia, interpretando.

CANÇÃO DO EXÍLIO –

Gonçalves Dias - Coimbra – 1843.

Minha Terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá,
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores,
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

História – As Penas. Será contada a história e dada a música. Em seguida os alunos dramatizarão.

  1. Cena: Junte-se. Após ser dada a situação, os participantes vivenciarão duas vezes.

Sugestão: Encenação em Grupo. Para esta atividade deve haver , no máximo, cinco participantes. Apenas um participante vai ao palco e começa a atividade. Após alguns minutos, um a um, os participantes juntam-se à cena.

Tema: Trocar o pneu de um carro; servir uma refeição; aprender a nadar; remar em uma canoa.

  1. Viagem Imaginária.
  2. Jogo: Escravos de Jó.

ADOLESCENTES OU JOVENS

  1. Aquecimentos Vocais: (Orientar sobre as características de uma boa voz de palco).
  1. Exercícios de inspiração e expiração.
  2. Exercícios de distensão da boca – direita, esquerda, para cima, para baixo, estendida para fora, enrugada para dentro, esticada em todas as direções.
  3. Repetição de seqüência de vogais (a, o, u, i) os quatro sons básicos de vogais – duas ou três vezes, com as bocas bem abertas, havendo a distância de pelo menos dois dedos entre os dentes superiores e inferiores. Pode-se acrescentar consoantes ou combinações de consoantes ao início ou final desses sons básicos de vogais e repetir a seqüência duas vezes.
  4. Trava-línguas – Repetir um trava-língua curto seis vezes

*      A aranha arranha a jarra.

*      O pende do padre Pedro é preto.

*      O rato roeu a roupa do rei.

*      O lacaio do cavalo baio leva o balaio de paio.

  1. Viagem Imaginária.

Com uma música própria para meditação, de fundo, todos deverão fazer uma viagem imaginária a um Bosque.

Nesta viagem, os participantes imaginam, respondem e representam ações, enquanto ouvem o líder descrever os eventos de uma "viagem".

  1. Dança Grega.

Todos de mãos dadas, em círculo. Ao som da música, dar dois passos para a direita, dois para dentro do círculo, entrando com o pé direito e dois passos para trás (voltando), com o pé direito primeiro. Em seguida, um passo para a esquerda. Continuar durante toda a música.

  1. Atividades com Parábolas.

Cada grupo receberá um texto (Parábola) que deverá ser lida e compreendida pelo grupo. Posteriormente, o grupo a representará.

As Parábolas ou Passagens serão as seguintes:

a.      Do Semeador

b.     Do Filho Pródigo

c.      Do Bom Samaritano

d.     Do Paralítico da Piscina

  1. Jogo – "Cumprir as tarefas"

Passar uma caixinha musical. Quando para a música, quem estiver com a caixa na mão, terá de cumprir a tarefa.

*      Pensamento do liqüidificador.

*      Conversa do sapato com a meia.

*      Robô e o computador.

*      Conselhos do espanador para a poeira.

*      Conversas de uma máquina de lavar roupa.

"ARTE, SUBLIME INSTRUMENTO DE ELEVAÇÃO DO ESPÍRITO. REPRESENTA, ASSIM, UM INSTRUMENTO DE TRABALHO PARA O EDUCADOR".

"A TAREFA DA EDUCAÇÃO, EM SEU VERDADEIRO SIGNIFICADO, É AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES DO ESPÍRITO IMORTAL, FILHO DE DEUS, DOTADO DO GERME DA PERFEIÇÃO, QUE RENASCE PARA EVOLUIR".

"O ESPIRITISMO ABRE À ARTE UM CAMPO NOVO, IMENSO E AINDA INEXPLORADO; E, QUANDO O ARTISTA REPRODUZIR O MUNDO ESPÍRITA COM CONVICÇÃO, HAURIRÁ NESSA FONTE AS MAIS SUBLIMES INSPIRAÇÕES, PORQUE ÀS PREOCUPAÇÕES MATERIAIS E EFÊMERAS DA VIDA PRESENTE, SUBSTITUIRÁ O ESTUDO DA VIDA FUTURA E ETERNA DA ALMA".

Grupo de Evangelizadores de Franca "Aparecida Rebello Novelino"

Histórico:

Por iniciativa da Professora Aparecida Rebello Novelino, na década de 1960, reuniões de Evangelizadores Espíritas de Franca, começaram a ser realizadas no Educandário Pestalozzi a fim de se estudar a Doutrina Espírita e planejar roteiros de aulas de evangelização, sem pre sob a sua orientação.

Nos anos de 1965 e 1966 Dona Aparecida organizou "cursos" para Evangelizadores, sendo o primeiro com a cooperação de Dona Aparecida, Thermutes Lourenço, Antonieta Barini. Já o segundo, em 1966, foi com todo o pessoal da Federação Espírita do Estado de São Paulo que, durante uma semana, ministrou aulas de diversos conteúdos - foi um encontro que muito incentivou e marcou os evangelizadores de nossa cidade de Franca.

Depois, os encontros anuais continuaram nas décadas de 1970 e 1980 sob a orientação de Thermutes Lourenço, que foi reunindo uma equipe da cidade: Antonieta Barini, Marisa Nalini, Vani Chagas, Nara Carloni, Valdete Paula e Silva, as irmãs Doroti, Tereza e Dica de Paula e tantos outros colaboradores. O grupo continuou crescendo e permanece até hoje com a tradição de um Encontro anual em toda última semana do mês de janeiro, nas dependências da Fundação Educandário Pestalozzi e reuniões quinzenais, ao longo do ano, na sede da USE de Franca para estudos, elaboração de planejamentos de aulas e, principalmente, troca de experiências.

Relação dos Monitores do Fecefinho

01. Anna Luiza Papacídero Martins
02. Denise Silveira Ribeiro
03. Eny Helena Silva Costa
04. Gleide Maria de Freitas Cunha
05. Kátia Regina Adorno de Abreu Freitas
06. Márcia
07. Maria Angela
08. Maria Irma Ferreira Urquiza
09. Nara Carloni
10. Rosa Maria Serrano Cintra Ferreira
11. Sandra Freitas
12. Sueli Velasco Spirlandelli
13. Tania Maria de Oliveira Pereira
14. Tercia Feliciano Puglia Coutinho
15. Valdete Paula e Silva
16. Valéria Puglia Botelho de Andrade
17. Zilda Soares Costa

FECEF 2000

Relaxamento

 

Relaxamento  

 

Todos estarão sentados confortavelmente, em absoluto silencio, numa sala pouco iluminada e com um som ambiente, serão seguidos os movimentos indicados pelo líder.

 

a) Todos deverão sentir os dedos e as plantas dos pés, relaxando-se ao máximo. Respirar profunda e suavemente.

b) Afrouxar os músculos das pernas e joelhos.

c) Fazer o mesmo com o abdome, imaginando ainda que uma grande suavidade envolve os órgãos digestivos.

d) O mesmo com o tórax, os ombros, e a nuca mais demoradamente.

e) Amolecer os braços as palmas das mãos e os dedos.

f) Relaxar o couro cabeludo, e tirar do rosto qualquer ruga de preocupação

g) Imaginar um lugar lindo e tranqüilo, como um amanhecer no campo.

h) Pedir a todos que bocejem e se espreguicem lentamente como gatos.

 

Em exercício de relaxamentos, coloque uma música, e vc pode encerrar com uma oração, pois o clima estará bem favorável.

O que voce quer do Teatro

 

O que você que do Teatro?

Muita gente anda procurando o teatro como um meio de conseguir um lugar na televisão, acho isso até interessante, pelo menos é uma forma de aprender um pouco sobre o que se quer fazer. O problema é que muitos já chegam querendo fazer o papel principal, mas não duram mais do que quatro ou cinco ensaios, isto quando não desistem assim que o diretor lhes dá um papel que para eles seja de pouco destaque.

Acho que muitos jovens andam equivocados com a questão do “fazer” teatro, pois, muitos vão atrás de algo que dificilmente encontrarão fazendo teatro. É óbvio que quem tem talento, se sobressai, e consegue até ter uma certa fama, obtendo o respeito e a admiração da classe.

Só que o interesse pela fama, tem causado grandes dificuldades para quem quer fazer teatro. Estou cheio de histórias de diretores que não conseguem realizar um trabalho por falta de elenco, principalmente no meio amador, e isso se deve por conta de algumas pessoas, que simplesmente, querem do teatro, somente a oportunidade de poderem inflar seus egos e mostrar-se perante a alguns amigos, mas, não hora do vamos ver, correm do pau.

Tenho notícias que algumas cidades estão passando por uma crise, principalmente com os grupos amadores de teatro, com muitos mostrando uma enorme falta de qualidade, e um total despreparo de algumas pessoas envolvidas, que acham que só porque já subiram em um palco, são demais! E até se arriscam a dirigir, a escrever e a atuar, sem ter um mínimo de noção do que estão fazendo.

É louvável que muitas pessoas até se esforcem para fazer um trabalho digno, mas o problema, está no propósito. O que você quer do teatro? Com certeza, muitos não saberão responder essa pergunta, e com isso, o que se apresenta como teatro, não passa de um arremedo de caras e bocas, e de uma tentativa frustrante de se mostrar algo que não é merecedor de ser visto.

E quem sofre? Quem realmente leva o teatro a sério, pois acaba sendo colocado do mesmo balaio de gatos, sofrendo as conseqüências, como as críticas generalizadas, a falta de público, até o desdém da população sobre a arte que se faz com todo empenho e dedicação.

Vocês hão de concordar comigo, que não temos como impedir isso, porque cada qual é livre para fazer o que quiser, então, que pelo menos, as pessoas que se acham as tais, procurem obter um pouco mais de informação, se interessem um pouco mais em aprender, e nos façam acreditar naquilo que eles fazem, pois aquele que acha que já sabe tudo, nunca saberá o quanto deixou de aprender.

 

Ah, quanto o que eu quero do teatro, bom, eu quero no mínimo, poder sentar em um teatro e assistir um espetáculo de verdade, e não, brincadeiras de faz de conta.

 

Escrito por Paulo Sacaldassy

 

Colaborou: Oficina de Teatro; Registro de uma das 5 partes de “Os Sertões – O Homem II”, do Teatro Oficina, em sua temporada no Rio de Janeiro. Fotografado no Rio Cena Contemporanea, 2007.

Tecnicas Teatrais

 

Técnicas teatrais




As técnicas teatrais estão longe de ser sagradas. Os estilos em teatro mudam radicalmente com o passar dos anos, pois as técnicas do teatro são técnicas de comunicação. A existência da comunicação é muito mais importante do que o método usado. Os métodos se alteram para entender as necessidades de tempo e espaço.

Quando uma técnica teatral ou convenção de palco é vista como um ritual e a razão para sua inclusão na lista das habilidades do ator é perdida, então ela se torna inútil. Uma barreira artificial é estabelecida quando as técnicas estão separadas da experiência direta. Ninguém separa o arremesso de uma bola de jogo em si.

Quando a forma de uma arte se torna estática, essas “técnicas” isoladas, que se presume constituam a forma, estão sendo ensinadas e incorporadas rigidamente. O crescimento tanto do indivíduo como da forma sofre, consequentemente, pois a menos que o aluno seja extraordinariamente intuitivo, tal rigidez no ensino, pelo fato de negligenciar o desenvolvimento interior, é invariavelmente refletida em seu desempenho.

Pois através da consciência direta e dinâmica de uma experiência de atuação que experimentação e as técnicas são espontaneamente unidas, libertando o aluno para o padrão de comportamento fluente no palco. Os jogos teatrais fazem isso.

 (Constantin Stanislavski “A prearação do ator” Pág  44/45) Para estudar a nossa arte, temos de assimilar a técnica psicológica de como viver um pa­pel e que isto nos ajudará a alcançar o nosso objetivo principal, que é o de criar a vida de um espírito humano porem o nosso objetivo é não somente criar a vida de um espírito humano, mas, também, exprimi-la de forma artística e bela. 

O ator tem obrigação de viver interiormente o papel e depois dar à sua experiência uma encarnação exterior. Peço-lhes sobretudo, que reparem que a de­pendência do corpo em relação à alma é de particular importância em nossa escola de arte. A fim de exprimir uma vida delicadíssima e em grande parte subconsciente, é preciso ter controle sobre uma aparelhagem física e vocal extraordinariamente sensível, otimamen­te preparada. 

Esse equipamento deve estar pronto para reproduzir, instantânea e exatamente, sentimentos delicadíssimos e quase intan­gíveis, com grande sensibilidade e o mais diretamente possível. É por isso que o ator do nosso tipo precisa trabalhar tão mais que os ou­tros, tanto no seu equipamento interior, que cria a vida do papel, como, também, na sua aparelhagem exterior, física, que deve repro­duzir com precisão os resultados do trabalho criador das suas emo­ções. Até mesmo a externalização de um papel é muito influenciada pelo subconsciente. Com efeito, nenhuma técnica artificial, teatral, pode sequer comparar-se às maravilhas que a natureza produz.

(Constantin Stanislavski “A prearação do ator Pág 52/53) "Não pode haver arte verdadeira sem vida. Ela começa onde o sentimento assume os seus direitos. E a atuação mecânica Começa onde a arte criadora acaba. Na atuação mecânica não há lugar para um processo vivo, e quando este ocorre, é só por acaso.

 "Compreenderão isto melhor quando chegarem a identificar as origens e os métodos da representação mecânica, que nós chamamos de carimbos. Para reproduzir os sentimentos há que saber reco­nhecê-los pela experiência própria. Não os experimentando, os ato­res mecânicos são incapazes de reproduzir seus efeitos externos.

"Com o auxílio do rosto, da mímica, da voz e dos gestos, o ator mecânico apenas oferece ao público a máscara morta do sentimento inexistente. Para tanto, foi elaborado um grande sortimento de efei­tos pitorescos que pretendem representar toda espécie de sentimen­tos por meio de recursos exteriores. "Alguns desses clichés estabelecidos se tornaram tradicionais e são transmitidos de geração a geração, como, por exemplo, es­palmar a mão no peito para exprimir amor, ou escancarar a boca para dar a ideia de morte. Outros são tomados, já prontos, de atores contemporâneos de talento (como esfregar a testa com as costas da mão, tal qual fazia Vera Komissarjevskaia nos momentos trágicos). Outros, ainda, são inventados pêlos atores para seu próprio uso.

"Há modos especiais de recitar um papel, métodos de dicção e de fala. Por exemplo: usar tons exageradamente agudos ou graves nos momentos críticos do papel, executando-os com um tremolo especificamente teatral ou com especiais adornos declamatórios.

Há, também, processos de movimentação física (o ator mecânico não anda; desfila pelo palco), de gestos e ação, de movimentação plásti­ca.

Há métodos de exprimir todos os sentimentos e paixões humanas (mostrar os dentes e revirar o branco dos olhos quando se tem "ciúmes ou esconder os olhos e o rosto entre as mãos em vez de cho­rar; quando desesperado, arrancar os cabelos). Há modos de imitar toda espécie de tipos e pessoas de diferentes classes sociais (os cam­poneses cospem no chão, assoam o nariz na aba do paletó; os milita­res fazem tinir as esporas; os aristocratas ficam brincando com as luas lorgnettes). Alguns outros caracterizam épocas (gestos operisticos para a Idade Média, passinhos miúdos para o século XVIII). Esses métodos mecânicos já prontinhos podem ser facilmente adquiridos por meio de exercícios constantes, de modo a se tornarem uma segunda natureza.

Não é de nossa tradição de preparo e de formação do ator, um aprimoramento da dança, do canto, da voz e dos malabarismos corpo­rais. Os nossos atores, salvo abençoadas exceções, se dançam, não cantam, se são bons intérpretes são péssimos cantores ou, se dançam bem, são verdadeiras catástrofes na interpretação de um texto. Dentro deste quadro, o ator, solicitado aos mais variados espetáculos, usarecursos próprios de desenvolvimento pessoal, quase intuitivos e de pouca fundamentação científica, o que acarreta, na maioria das vezes, problemas de saúde,

Por outro lado, o ator é um verdadeiro mestre em descobrir e mostrar as emoções do espírito humano e, às vezes com perfeição, passa das emoções sutis e delicadas aos sentimentos grosseiros e violentos.

Mas, quase sempre, encontra-se o ator bastante alienado dos processos psíquicos que desencadeia durante a busca e a vivência cênica das emoções que as suas personagens exigem.

Em muitas circunstâncias, atira-se a laboratórios, em busca de uma verdade emocional cênica, ou participa de experiências as mais disparatadas, na ânsia de encontrar a emoção adequada e ideal ao movimento-vida da personagem. Na maioria das vezes, no entanto, isso é feito leigamente, sem o controle de profissionais preparados e responsáveis que possam prever, preparar ou reajustar um proceder mais delicado, tornando o trabalho do ator mais seguro, mais humano, permitindo retomar o seu equilíbrio psico­ lógico após a jornada de trabalho.        

Também não é de hábito monitorar o ator com esclarecimentos sobre anatomia humana, fisiologia básica, as leis que regem o movi­mento, o som, a acústica e demais elementos científicos com que — por força da lide profissional — ele é obrigado a conviver no dia-a-dia, mas sem grandes conhecimentos.

Nossa tradição de encenação prevê, apenas, a figura do encenador ou diretor que, via de regra, chega a essa função nem sempre pelas portas de uma escola preparatória e adequada, percorrendo, isto sim, caminhos os mais diversos e passando por formações muitas vezes desconcertantes. O fato é que o diretor ou encenador, salvo raras opor­tunidades, é o único responsável pelo elenco e só a ele cabe a orienta­ção geral e particular de sua equipe cénica.

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Fique por dentro

Não se sabe ao certo qual foi a primeira peça teatral

Nenhuma teoria sobre a origem do teatro pode ser comprovada, pois existem poucas evidências. Especulações afirmam que o primeiro evento similar ao teatro data de 2.500 AC no Egito Antigo e se trata de um diálogo sobre o mito de Osíris e Ísis.

“Merda” é o equivalente a “boa sorte”

Antes de entrar em cena, é comum que os profissionais desejem e agradeçam “merda” uns aos outros. Essa tradição está relacionada ao período Elisabetano (1558-1625) em que as pessoas iam de carruagem assistir às peças, portanto, quanto mais cavalos (e, consequentemente, suas necessidades fisiológicas), melhor.

O teatro é reflexão

O teatro é uma das mais reflexivas expressões artísticas existentes, justamente porque os atores precisam estar de corpo presente e em dialética com o público para despertar as distintas reações humanas, muitas vezes subversivas, perturbadoras e infames.

No Brasil, o teatro já foi censurado

A partir da década de 60, o país viveu um ápice criativo no fazer teatral, e justamente foi isso foi censurado no período da Ditadura Militar. Na época, relatos de peças invadidas pela polícia, agressões e sequestros de atores eram comuns.

Apesar de perseguido, o teatro teve o papel fundamental na resistência cultural, tornando-se cada vez mais compromissado com assuntos sociais e políticos. Os grupos Teatro de Arena, Teatro Oficina e Opinião foram os que mais lutaram contra a repressão.

O teatro já foi adaptado para o rádio

Em 1922 foi ao ar a primeira dramatização radiofônica. Ela foi transmitida pela rádio WGY, de Nova York, e a peça era “O lobo”, de Eugen Walter. No Brasil, essa arte só estreou em 1937, na Rádio Nacional o Teatro em Casa, antes mesmo das famosas radionovelas.

Não é preciso querer ser ator profissional para fazer teatro

Em sua essência, o teatro é a arte de representar o espírito humano no palco, catalisando o aprimoramento pessoal, a fuga dos medos e o exercício da empatia, práticas essenciais para a vida. Qualquer pessoa pode praticar as artes cênicas, e quanto mais cedo é o início, melhor para a aquisição dos conhecimentos.

O teatro pode ajudar a sua carreira

Profissionais de qualquer área que estão estagnados ou em dúvida sobre as suas competências podem recorrer ao teatro para adquirir habilidades de valor no universo corporativo, como a comunicação eficaz, a postura corporal pró ativa e a libertação da criatividade.

Nelson Rodrigues é o percussor do teatro moderno brasileiro

Foi com a estreia de “Vestido de Noiva”, que conta a história de uma jovem atropelada que relembra os conflitos com a irmã, peça teatral de Nelson Rodrigues, que a crítica considerou o início do teatro moderno no Brasil, em 1943.

A grande novidade proposta pelo autor foi a montagem, que misturava os tempos presente, passado e futuro. Além disso, o diretor polonês Ziembinski trouxe de fora elementos novos, como a iluminação, o cenário e a interpretação expressionista-naturalista.

“Romeu e Julieta” é a peça de teatro mais famosa do mundo

O clássico de William Shakespeare é o mais lembrado quando se fala em teatro em todo o mundo. Uma curiosidade sobre teatro: a peça não é apenas sobre uma história de amor impossível entre dois jovens, mas também sobre a razão filosófica e os prazeres mundanos. Já a peça mais montada é o clássico Hamlet, também de Shakespeare.

A respiração é muito importante para o ator

A respiração materializa e requalifica o sentido da palavra proferida pelo ator, pois os seres humanos possuem padrões respiratórios que variam conforme seu estado. A respiração, portanto, abre possibilidades expressivas para o ator, e é por isso que é tão estudada nas artes cênicas.

São Paulo tem, em média, cem espetáculos em cartaz por vez

A cidade de São Paulo é um verdadeiro polo cultural, inclusive para a dramaturgia nacional e internacional. A cidade concentra uma vasta diferença de olhares para o teatro que dá à programação uma força mobilizadora impressionante.

O tempo entre escrever e encenar uma produção teatral pode ser breve – ou não

Na busca pelos caminhos de encenação, há diretores que constroem longo processos de pesquisa para texto, elenco e produção que podem levar meses ou anos para chegar aos palcos. Em outras linhas de trabalho mais diretas, é possível fazer tudo isso, mantendo a primazia que o teatro pede, em poucas semanas.

Stanislavski deixou como legado o mais importante sistema ensinar para as artes cênicas

O diretor pedagogo russo Konstantin Stanislavski sistematizou, no século XX, um método que permite aos atores acessar a sua segunda natureza, transformando-se organicamente no personagem interpretado. Atores como Jack Nicholson e Johnny Depp usaram o método para encarar grandes personagens de suas carreiras.

O teatro tem um dia só para ele

Em 27 de março é celebrado o Dia Mundial do Teatro. Essa efeméride foi criada em 1961 pelo Instituto Internacional de Teatro da Unesco e todo ano a data é celebrada junto com uma mensagem que reflete sobre essa forma de expressão artística.

O objetivo desse dia é incentivar governos, entidades e pessoas comuns a celebrar, seja por meio uma ida ao teatro, da recepção para os atores ou descobrindo curiosidades sobre teatro.  

Existem mais de 1.200 teatros no Brasil

De acordo com o relatório Cultura em Números, do Ministério da Cultura, em 2010 a maior parte dos teatros se concentrava na região Sudeste, no eixo Rio-São Paulo. No entanto, todo o país conta com locais que são referência para essa arte, como o Theatro Municipal de São Paulo, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Teatro Amazonas e o Teatro Ópera de Arame em Curitiba.

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A essencia do Teatro - aqui e agora

 

A essência do Teatro

 

Que compreende o autor, o texto e o público, acontece no chamado fenômeno teatral, ou seja, o espetáculo. Por sua vez, o espetáculo é uma arte do aqui-agora porque ele só acontece, de verdade, com a presença, ao vivo, do ator e do público.

 

O Teatro, pela relação atores-público, representa uma espécie de cerimônia simbólica. Portanto, o público e os atores sabem-se separados, pelas funções diferentes, mas ligados pela mesma experiência, que é o espetáculo.

 

Afinal, Teatro é um jogo entre o público e os atores.

 

Quando o espetáculo é bom e tudo funciona, o público se entrega a ele. Há uma atmosfera de respeito e silêncio, de total aceitação. É como se o público e os atores “respirassem juntos”.

 

Em Teatro, tudo se passa ao mesmo tempo. Quando, por exemplo, um ator erra ou esquece o texto, quando um refletor de luz não funciona, quando um ator tem um “ataque de riso” imprevisto, quando a trilha sonora não entra no momento certo não há como corrigir o imprevisto.

 

Não é possível voltar atrás.

 

Nesses momentos, cabe ao ator improvisar e assumir aquilo que não estava previsto ou disfarçar e fingir que nada aconteceu.

 

No primeiro caso, quando se improvisa, é bastante comum acontecerem momentos memoráveis de cumplicidade na parceria atores/público. Ao aproveitar-se do erro, o ator pode brincar e estimular de modo mais efetivo a participação do público. Afinal, Teatro é um jogo entre o público e os atores.