terça-feira, 15 de setembro de 2020

O QUE VOCÊ QUER DO TEATRO?

 

O QUE VOCÊ QUER DO TEATRO?

 

 Muita gente anda procurando o teatro como um meio de conseguir um lugar na televisão, acho isso até interessante, pelo menos é uma forma de aprender um pouco sobre o que se quer fazer. O problema é que muitos já chegam querendo fazer o papel principal, mas não duram mais do que quatro ou cinco ensaios, isto quando não desistem assim que o diretor lhes dá um papel que para eles seja de pouco destaque.

 Acho que muitos jovens andam equivocados com a questão do “fazer” teatro, pois, muitos vão atrás de algo que dificilmente encontrarão fazendo teatro. É óbvio que quem tem talento, se sobressai, e consegue até ter uma certa fama, obtendo o respeito e a admiração da classe.

Só que o interesse pela fama, tem causado grandes dificuldades para quem quer fazer teatro. Estou cheio de histórias de diretores que não conseguem realizar um trabalho por falta de elenco, principalmente no meio amador, e isso se deve por conta de algumas pessoas, que simplesmente, querem do teatro, somente a oportunidade de poderem inflar seus egos e mostrar-se perante a alguns amigos, mas, não hora do vamos ver, correm do pau.

Tenho notícias que algumas cidades estão passando por uma crise, principalmente com os grupos amadores de teatro, com muitos mostrando uma enorme falta de qualidade, e um total despreparo de algumas pessoas envolvidas, que acham que só porque já subiram em um palco, são demais! E até se arriscam a dirigir, a escrever e a atuar, sem ter um mínimo de noção do que estão fazendo.

É louvável que muitas pessoas até se esforcem para fazer um trabalho digno, mas o problema, está no propósito. O que você quer do teatro? Com certeza, muitos não saberão responder essa pergunta, e com isso, o que se apresenta como teatro, não passa de um arremedo de caras e bocas, e de uma tentativa frustrante de se mostrar algo que não é merecedor de ser visto.

E quem sofre? Quem realmente leva o teatro a sério, pois acaba sendo colocado no mesmo balaio de gatos, sofrendo as conseqüências, como as críticas generalizadas, a falta de público, até o desdém da população sobre a arte que se faz com todo empenho e dedicação.

Vocês hão de concordar comigo, que não temos como impedir isso, porque cada qual é livre para fazer o que quiser, então, que pelo menos, as pessoas que se acham as tais, procurem obter um pouco mais de informação, se interessem um pouco mais em aprender, e nos façam acreditar naquilo que eles fazem, pois aquele que acha que já sabe tudo, nunca saberá o quanto deixou de aprender.

Ah, quanto o que eu quero do teatro, bom, eu quero no mínimo, poder sentar em um teatro e assistir um espetáculo de verdade, e não, brincadeiras de faz de conta.

 

Escrito por Paulo Sacaldassy

 

Colaborou: Oficina de Teatro; Registro de uma das 5 partes de “Os Sertões – O Homem II”, do Teatro Oficina, em sua temporada no Rio de Janeiro. Fotografado no Rio Cena Contemporanea, 2007.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Teatro para quem nunca fez teatro

 Teatro Para Quem Nunca Fez Teatro

(Tenê de Casa Branca

Teatro amador e suas frustrações internas

 

TEATRO AMADOR E SUAS FRUSTRAÇÕES INTERNAS

 

Escrito por Betho Ragusa

Diante dos artigos publicados aqui no Oficina de Teatro e a vasta informação que eles transmitem, posso dizer-lhes que aplico na vida pessoal e na minha pequena Cia de Teatro Amador. E por falar em teatro amador, já li aqui vários artigos que falam sobre isso, seu valor não reconhecido, a escassez de dinheiro entre outros obstáculos.

 

Há seis anos iniciamos (digo iniciamos porque são três os responsáveis pela Cia desde então) um trabalho teatral na cidade de São João da Boa Vista, interior de São Paulo e não é crítica, mas levar o público para o teatro em minha cidade é uma missão quase impossível, portanto sempre produzimos comédia. Nossas técnicas ainda primárias vão sendo aprimoradas através de workshops, palestras, o Projeto Ademar Guerra muito conhecido no Estado de São Paulo, o Festival de teatro que acontece sempre no mês de agosto de cada ano com a presença de jurados que criticam, elogiam, trazem idéias e fornecem material de pesquisa para os grupos participantes e claro, a necessária prática, se é que esta nos leva realmente a perfeição.

 

Como amante da arte, minha preocupação é sempre levar para o palco comédias inteligentes sem a necessidade de usar palavrões que automaticamente arrancam risadas da platéia.

 

Neste mês, exatamente no dia vinte e três fazemos seis anos e o problema principal além de tantos outros que conhecemos de um grupo amador é a falta de comprometimento dos atores. Com o tempo descobrimos que muitos entram na Cia para aparecer, exibir um talento circense ou para perder a timidez, tem ainda aqueles que entram porque a mãe ou pai viram nosso trabalho e pedem para que o filho freqüente nossos ensaios e muitos outros motivos que acabam desestruturando o elenco.

 

Isso me entristece porque fico o ano todo pesquisando outras peças e me inspirando para escrever algo teatralmente decente. Quando chega à época que iniciamos o próximo projeto do ano, todos estão animados, fazem testes e aquele ator fica com a responsabilidade de interpretar tal personagem. Teoricamente é isso que deveria acontecer, mas faltando três meses para a estréia ele chega e diz que foi promovido no trabalho e que de agora em diante não poderá mais comparecer aos ensaios. Outras desculpas também são declaradas como “o namorado não deixa mais”, “minha mãe não pode mais ficar sozinha” e “não estou tendo tempo para nada”.

 

Respiro fundo, restam sete integrantes que ainda levam a sério e é preciso remanejar, alterar texto de uma forma geral e se adequar ao elenco restante. Nessa hora também é injetada altas doses de criatividade, coisa que diga se de passagem nada difícil para um ator e finalmente aquela lacuna é preenchida.

 

Tudo tem o lado bom e ruim e a melhor parte é que nestes anos nunca cancelamos sequer uma apresentação por causa desses faltosos e irresponsáveis para com a arte, afinal, ela deve ser levada a frente e nosso trabalho tem que continuar.

 

E mudando de assunto, espero que eu não tenha saído tão mal em meu primeiro artigo.

 

O amador é quem faz o teatro

 

O amador é quem faz o teatro

 

Escrito por Paulo Sacaldassy

Por mais que procurem não dar importância e, às vezes, até menosprezar o teatro feito de forma amadora, é preciso deixar claro que se comete a maior das injustiças, pois é justamente entre os amadores, que a arte de fazer de Teatro, respira e se revigora dia-a-dia. É no Teatro amador que a arte se preserva e onde se é capaz de ver brotar novos atores de verdade.

 Porque é no teatro amador que se vive de fato, toda a dificuldade que se tem para colocar um espetáculo em cartaz, a necessidade de se custear a produção, de viabilizar a montagem, muitas vezes com recursos ínfimos e escassos e compartilhados pelos integrantes do grupo. E é no teatro amador que se aprende a abdicar da própria vida em favor da arte.

 

Não podemos renegar, diminuir, ou até mesmo desdenhar de quem faz teatro de uma forma amadora devemos sim, louvá-los, pois, todos eles, são desprendidos de quaisquer outros valores, e, levam muito mais em conta a coisa artística do que o lado financeiro, e, em nome do teatro, preocupam-se apenas em mostrar a grandeza na arte de interpretar, esperando apenas alguns sinceros aplausos.

 

Muito me entristece quando desqualificam e diminuem os esforços destes “dom quixotes” do teatro, pois não leva-se em conta, nem mesmo a boa intenção de mostrar a arte do Teatro. É claro que muitos tem defeitos e mostram deficiência nas suas apresentações, mas, precisamos aprender a enxergar em cada uma dessas apresentações, a semente do teatro germinado, que, por certo, mante-rará viva a cultura teatral.

 Seja na escola, na igreja, na associação de classe, a iniciativa de levar a arte do teatro para as pessoas, deve ser respeitada, pois, mesmo que não haja a mesma qualidade que se espera e que se encontra em produções de quem vive da arte do Teatro, a intenção de preservar a magia que a arte de interpretar desperta nas pessoas, precisa ser levada em conta.

 Somente com a preservação do Teatro amador, onde se planta a semente do fazer teatral, que o Teatro sobreviverá. Quem achar que a má qualidade de quem produz teatro de forma amadora pode contribuir para a desvalorização da arte, pode estar comentando um grande equívoco, pois, que atire a primeira pedra, aquele que hoje é um artista famoso, que no início de sua carreira, não fez parte de um grupo amador.

 O Teatro amador precisa ser respeitado e incentivado, ao invés de ser desqualificado e desprestigiado. Quem sabe, a contribuição dos que hoje já são unanimidades do meio teatral, não venha fortalecer e fazer com que o Teatro Amador continue sendo o grande celeiro de novos talentos do teatro nacional?

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Voe Alto


Voe Alto
Logo após a primeira Guerra Mundial, De Haviland, jovem piloto inglês, experimentava o seu frágil avião monomotor numa arrojada volta ao redor do mundo.
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos na Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás de seu assento. Logo percebeu que havia um RATO a bordo e que este poderia roer a cobertura de lona, destruindo seu frágil avião.
Ele poderia voltar ao aeroporto para livrar-se de seu incômodo, perigoso e inesperado companheiro de viagem. Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.
Voando cada vez mais alto, percebeu, pouco a pouco, que cessaram os ruídos que quase punham em risco sua viagem.
Assim é a vida...
Quando "RATOS" ameaçarem destruir você por inveja, calúnia ou maledicência , voe mais alto !
Se lhe agridirem... voe mais alto !
Se lhe ofenderem... voe mais alto !
Se lhe acusarem... voe mais alto !
Se lhe criticarem... voe mais alto !
Se lhe cometerem injustiças... voe mais alto !
Lembre-se: "ratos" não resistem às alturas.
Autor Desconhecido
Contribuição de Nádia Oliveira

Você e o seu chefe


Você e o seu chefe

O diretor de produção, o diretor de marketing, e o presidente de uma empresa estacionam o carro e estão a caminho de uma reunião. Ao atravessarem um parque, encontram uma lâmpada antiga. Esfregam, esfregam e de repente aprece um gênio.
-          Só tenho três desejos. Cada um só pode fazer um pedido e nada mais.
O diretor de produção diz:
-          Caribe, iate, muitas loiras, morenas e ruivas e muito dinheiro na conta.
Puff!!Partiu.
-          Agora eu, agora eu, grita o diretor de marketing.
-          Quero estar no Taiti, belas mulheres, muitos drinques exóticos e dinheiro na conta.
Puff!! Partiu.
-          É a sua vez, chefe.
-          Cancele os pedidos deles, imediatamente. Quero os dois cretinos de volta ao trabalho agora. O que é que estão pensando?

Moral da história
Não seja idiota. Deixe sempre o chefe falar primeiro.

Parábola do cavalo


1560A Parábola do cavalo

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O poço era muito profundo e seria extremamente difícel tirar o cavalo de lá. O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se que o animal não se havia machucado. Mas, pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate. Tomou, então, a difícel decisão: Determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito: Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo. Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo.
Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguiu sair!

Moral – Aprenda a se bater pois mesmo mas maiores adversidades você pode se sair muito bem.
-  Não substime uma situação talvez aquela sua solução não seja a única.
-  Saiba valorizar as pessoas mais velhas quem sabe a resposta para seus problemas elas talvez já