Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo:
1. Conto de fadas para mulheres do séc. 21
Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos
outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro
carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe
faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e
ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou
sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e
cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como
o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades
ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: -Linda princesa, eu já fui um
príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me
transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar
feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu
poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os
nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a
princesa sorria e pensava:
-Nem mortaaaa!
Material para quem faz algum trabalho com grupos. Podendo ser para quem esteja trabalhando com teatro amador, professores, catequistas, grupos de jovens, reuniões, encontros atividades em empresas e muito mais. Procurei não me preocupar muito com uma seleção, quando acho que algo pode ser interessante estou postando.
domingo, 11 de março de 2018
Um bom texto
Bons
textos
Chorar não
resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não
é egoísmo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência, vontades
efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas
quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase
impossível. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado
tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder para
aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam nos dedos.
Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos.
Eu gosto é de gente esquisita
Eu gosto mesmo é de gente esquisita
POR RUTH MANUS
Gente esquisita, aqui, talvez
seja gente completamente normal. Normal mas não clichê. Normal mas não padrão.
Afinal, será que há gente normal?
Não tem jeito. Eu
gosto mesmo é de gente esquisita. Dos pontos fora da curva, dos que vivem fora
da casinha. Não precisa ter cabelo verde (se tiver, acho ótimo também), mas
acho que gosto de gente inesperada.
Gente esquisita,
aqui, talvez seja gente completamente normal. Normal mas não clichê. Normal mas
não padrão. Afinal, será que há gente normal? Gosto de gente que não tem medo
de destoar, que não se deixa escravizar por regras e aparências. Talvez seja
isso. Gente diferente de mim, diferente de todo mundo.
Talvez não seja
gente esquisita, seja gente de diferente. Não sei. Mas acho simpático ser
esquisito. Gostaria que me achassem esquisita.
Gosto de gente que
trabalha com coisas que eu nunca ouvi falar. Que mora em lugares onde eu nunca
fui. Que me conte histórias que eu nunca ouvi. Gosto de gente que acrescenta.
Gosto de gente que
usa roupa estranha. Roupa completamente fora da moda, ou completamente dentro
dela, mas por escolha. Não por medo de ser julgado, por medo dos olhares
alheios.
Gosto de gente que
não se assombra quando eu digo que adoro passear em cemitérios, sentar num
banquinho, ler um bom livro. Gosto de gente que me deixa surpresa quando me
conta do que gosta e me deixa pensando que talvez seja uma boa ideia tentar. Ou
não.
Gosto de homens de
rabo de cavalo, de mulheres de cabelo curtinho. Gosto de cabelo completamente
descolorido. De moicano. De dreads. De cabelo crespo imenso. De peruca roxa. De
lenço colorido em cima da careca. Também gosto de cabelos comuns, cobrindo cabeças
incomuns.
Gosto de gente que
quase não fala, que parece muda. Que parece esconder segredos e histórias
obscuras. Gente misteriosa. Gosto de gente que fala sem parar, que traz coisas
novas, que eu nunca descobriria sozinha. Gente transparente.
Gosto de gente que
coloca uma mochila nas costas, diz que tá indo e não faz a menor ideia de
quando volta. Gosto de gente que diz que não vai porque precisa ficar aqui
trabalhando num projeto novo no qual se meteu, morrendo de medo e cheio de
coragem.
Gosto de gente que
diz, tranquilamente, que nunca vai casar. Gosto de gente que diz que vai casar
e fazer uma festa estranha com gente esquisita. Gosto de gente que não faz a
menor ideia do que vai fazer. Gosto de gente que decide não ter filhos. Ou que
decide ter 7. Ou que decide ter 2, pelo simples fatos de querer ter 2 e não
porque o senso comum diz que ter 2 é o atual padrão de família sensata.
Gosto de rapazes
que namoram rapazes. De moças que namoram moças. De rapazes que namoram moças e
acham normal que haja rapazes que namoram rapazes. De moças que namoram
rapazes, mas que também já tenham namorado moças. Gosto de moças que parecem
rapazes e de rapazes que parecem moças. Gosto de rapazes e moças que sabem que
não é tão importante classificar as pessoas em rapazes ou moças. Gosto de gente
livre.
Gosto de gente que
come insetos. Que come orelha de porco. Gosto de gente vegana. Gosto de gente
que não come glúten. Gosto de gente que me conte porque optou por ser assim e
que não encha meu saco se eu continuar sendo diferente. Gosto de quem continua
comendo farinha láctea depois de adulto.
Gosto de pessoas
que não têm nada a ver comigo. De pessoas que não têm nada a ver com ninguém.
Ou de pessoas parecidas com todo mundo, mas com ideias que não têm nada a ver
com as que já conheço. Gosto de gente velha com cabeça nova, de gente nova com
serenidade velha.
Gosto de tudo aquilo que não sou eu
Teatro do Oprimido - Augusto Boal
Teatro do oprimido
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teatro do
Oprimido (TO) é um método teatral que reúne
exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Os seus
principais objetivos são a democratização dos meios de produção teatral, o
acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade
através do diálogo (tal como Paulo
Freire pensou a educação) e do teatro. Ao mesmo tempo,
traz toda uma nova técnica para a preparação do ator que tem grande repercussão mundial.
A sua origem
remete ao Brasil das décadas de 60 e 70, mas o termo é citado textualmente pela
primeira vez na obra Teatro do
oprimido e outras poéticas políticas. Este livro reúne uma série
de artigos publicados por Boal entre 1962 e 1973, e pela primeira vez
sistematiza o corpo de idéias desse teatrólogo.
Histórico
No começo
dos anos sessenta, Boal era diretor do Teatro
de Arena de São Paulo. Um dia, durante uma viagem
pelo nordeste, estavam apresentando para uma liga camponesa um musical
sobre a questão agrária que terminava exortando os sem terras a lutarem e darem
o sangue pela terra. Ao final do espetáculo um sem terra convidou o grupo para
ir enfrentar os jagunços que tinham desalojado um companheiro deles. O grupo
recusou e, neste momento, Boal percebeu que o teatro que realizava dava
conselhos que o teatro deveria ser um diálogo e não um monólogo.
Até este
momento tudo não passava de uma idéia a ser desenvolvida. Somente em 1971 no
Brasil, nasceu a primeira técnica do Teatro do
Oprimido: o Teatro
Jornal. Continuando a crescer, o TO desenvolveu o Teatro Invisível na Argentina, como atividade política, e o Teatro Imagem, para estabelecer um diálogo
entre as Nações Indígenas e os descendentes de espanhóis na Colômbia, na Venezuela, no México... Hoje, essas formas são
usadas em todos os tipos de diálogos.
Na Europa, o
TO se expandiu e veio à luz o Arco-Íris do
Desejo —
inicialmente para entender problemas psicológicos, mais tarde para criar
personagens em quaisquer peças. De volta ao Brasil, nasceu o Teatro Legislativo, para ajudar a transformar o
Desejo da população em Lei — o que chegou a acontecer 13 vezes. Agora, o Teatro Subjuntivo está, pouco
a pouco, vindo à luz.
O
TO era usado por camponeses e operários; depois, por professores e estudantes;
agora, também por artistas, trabalhadores sociais, psicoterapeutas, ONGs.
Primeiro, em lugares pequenos e quase clandestinos. Agora, nas ruas, escolas,
igrejas, sindicatos, teatros regulares, prisões...
Além da arte
cênica propriamente, também existe a finalidade política da conscientização,
onde o teatro torna-se o veículo para a organização, debate dos problemas, além
de possibilitar, com suas técnicas, a formação de sujeitos sociais que possam
fazer-se veículo multiplicador da defesa por direitos e cidadania para a
comunidade onde o Teatro do Oprimido está a ser aplicado.
Aplicado no
Brasil, em parceria com diversas ONGs, como as católicas Pastoral Carcerária[1] e CEBs
(Comunidades Eclesiais de Base), ou movimentos sociais, como o MST, as
técnicas de Boal ganharam mundo, sendo suas obras traduzidas em mais de 20
idiomas, e ganhando aplicação por parte de populações oprimidas nas mais
diversas comunidades, como recentemente entre os palestinos[2]
Metodologia
O Teatro do Oprimido é um
método estético que sistematiza Exercícios, Jogos e Técnicas Teatrais que
objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes, e a
democratização do teatro.
O TO parte
do princípio de que a linguagem teatral é a linguagem humana que é usada por todas as pessoas no
cotidiano. Sendo assim, todos podem desenvolvê-la e fazer teatro. Desta forma,
o TO cria condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de
produzir teatro e assim amplie suas possibilidades de expressão. Além de
estabelecer uma comunicação direta, ativa e propositiva entre espectadores e
atores.
Dentro do
sistema proposto por Boal, o treinamento do ator segue uma série de proposições
que podem ser aplicadas em conjunto ou mesmo separadamente.
Cumpre
ressaltar que todas as técnicas pressupõem a criação de grupos, onde o Teatro
do Oprimido terá sua aplicação.
Teatro-Jornal
O
Teatro-Jornal foi uma resposta estética à censura imposta, no Brasil, no início
dos anos 70, pelos militares, para escamotearem conteúdos, inventarem verdades
e iludirem. Nesta técnica, encena-se o que se perdeu nas entrelinhas das
notícias censuradas, criando imagens que revelam silêncios. Criada em 1971, no
Teatro de Arena de São Paulo, esta técnica foi muito utilizada na época da
ditadura militar brasileira, para revelar informações distorcidas pelos jornais
da época, todos sob censura oficial. Ainda hoje é usada para explicitar as
manipulações utilizadas pelos meios de comunicação.[3]
Teatro Imagem
No
Teatro-Imagem, a encenação baseia-se nas linguagens não-verbais. Essa foi uma
saída encontrada por Boal para trabalhar com indígenas, no Chile, de etnias
distintas com línguas maternas diversas, que participavam de um programa de
alfabetização e precisavam se comunicar entre si. Esta técnica teatral
transforma questões, problemas e sentimentos em imagens concretas. A partir da
leitura da linguagem corporal, busca-se a compreensão dos fatos representados
na imagem, que é real enquanto imagem. A imagem é uma realidade existente
sendo, ao mesmo tempo, a representação de uma realidade vivenciada.[4]
Teatro Invisível
O
Teatro-Invisível que, sendo vida, não é revelado como teatro e é realizado no
local onde a situação encenada deveria acontecer, surgiu como resposta à
impossibilidade, ditada pelo autoritarismo, de fazer teatro dentro do teatro,
na Argentina. Uma cena do cotidiano é encenada e apresentada no local onde
poderia ter acontecido, sem que se identifique como evento teatral. Desta
forma, os espectadores são reais participantes, reagindo e opinando
espontaneamente à discussão provocada pela encenação.[5]
A preparação
do Teatro Invisível deve ser como a de uma cena normal, reunindo os principais
elementos: atores interpretando personagens com caracterizações, idéia central;
deve haver um roteiro pré-estabelecido, apresentando princípio, meio e fim e
que deve ser ensaiado. A diferença consiste em ser uma modalidade que não
revela ao público tratar-se de uma representação.
Pode ou não
ser uma representação pessoal, variando em vários aspectos como econômico e
social.
Teatro-Fórum
A
dramaturgia simultânea era uma espécie de tradução feita por artistas sobre os
problemas vividos pelo povo. Aí nasceu o Teatro-Fórum, onde a barreira entre
palco e platéia é destruída e o Diálogo implementado. Produz-se uma encenação
baseada em fatos reais, na qual personagens oprimidos e opressores entram em
conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. No
confronto, o oprimido fracassa e o público é estimulado, pelo Curinga (o facilitador
do Teatro do Oprimido), a entrar em cena, substituir o protagonista (o
oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado.[6]
Arco-Íris do Desejo
Nos
anos de 1980, na França, Augusto Boal e Cecília Boal se deparam com opressões
ligadas à subjetividade, sem relação com uma agressão física ou um impedimento
concreto na vida cotidiana. Um arsenal de técnicas que analisam os opressores
internalizados, o Arco-Íris do Desejo, foi a resposta a esta demanda. Conhecido
como Método Boal de Teatro e Terapia, é um conjunto de técnicas terapêuticas e
teatrais utilizadas no estudo de casos onde os opressores foram internalizados,
habitando a cabeça de quem vive oprimido pela repercussão dessas idéias e
atitudes.[7]
Teatro Legislativo[
Início
– 1993
Hoje,
aos dezesseis anos de idade, se pode exercer um dos principais direitos da
cidadania: VOTAR. Mas em 1973 um jovem que completasse dezoito anos só poderia
tirar o Título de Eleitor (idade mínima na época), mas não poderia votar . Foi
o que aconteceu comigo! Porque no Brasil desse período, esse e tantos outros
direitos estavam impedidos por uma ferrenha e cruel ditadura militar. Não havia
espaço para discutir a política em geral, nem a partidária. De fato não havia
partidos políticos. Em 1981 foi iniciada a chamada “abertura lenta e gradual”.
Debater e votar mesmo com toda liberdade só a partir de 1989, com a eleição
para presidente da República.
O
resultado de 25 anos sem exercitar plenamente esse direito criou um vácuo que
ainda hoje tem reflexos na falta de politização da grande maioria da população.
Consequência de 25 anos amordaçada, engessada de um direito fundamental,
estabelecido e reconhecido desde a Grécia de Platão. Que levou à cassação do
primeiro presidente eleito após o período de ditadura. Mas durante a
movimentação popular, e por causa dela, no período da campanha de cassação
desse presidente, surgiu algo novo na política brasileira e, podemos até dizer,
mundial: O TEATRO LEGISLATIVO. Que sabemos, até agora a única experiência de um
grupo teatral tomar assento no Legislativo.
“O
Teatro Legislativo é um novo sistema, uma forma mais complexa, pois inclui
todas as formas anteriores do Teatro do Oprimido e mais algumas, especificamente
parlamentares. Espero que esta experiência sirva, além do nosso mandato, além
do nosso partido, além da nossa cidade, muito além. Espero que seja útil”
Augusto Boal – Livro Teatro Legislativo
E
tudo começou em 1992 quando Augusto Boal, teatrólogo, diretor de teatro e
escritor – criador da Metodologia do Teatro do Oprimido – convencido por cinco
tenazes Curingas (versão tupiniquim dos Três Mosqueteiros) do Centro de Teatro
do Oprimido – CTO, e mais alguns grupos de alucinados praticantes de Teatro-Fórum
(inclusive eu e Helen Sarapeck, que também é da equipe do CTO até hoje, que na
época integravamos o grupo Ararajuba na Moita, formado por ativistas do
Movimento ambientalistas do Rio de Janeiro) o convenceram a candidatar-se a
Vereador nas eleições municipais daquele ano.
Boal
disse que aceitaria ser candidato se esses grupos e pessoas praticantes do
Teatro do Oprimido aceitassem participar da campanha eleitoral para fazermos
como ainda não houvera: uma campanha teatral.
“E também porque
eu não corro o menor risco de ser eleito, mas se fosse levaríamos o Teatro do
Oprimido para o Legislativo”.
A Campanha
Político Teatral Augusto Boal foi às ruas do Rio e… Augusto Boal foi eleito! E
a citação inspirou o nome de mais uma técnica do Teatro do Oprimido: TEATRO
LEGISLATIVO.
Então,
em 1 de janeiro de 1993, teve início essa inusitada e ousada experiência que se
concretizou através de um trabalho integrado entre um grupo teatral formado por
biólogos, químicos, sociólogos, universitários, bancários, artistas plásticos,
donas de casa, estudantes secundaristas e assessores legislativos. Com direção
artística de um ex-químico industrial já reconhecido mundialmente como
teatrólogo e criador da Metodologia do Teatro do Oprimido. E, a partir desse
mandato de vereador, também mentor do Teatro Legislativo. Que em sua essência
procura devolver o teatro ao centro da ação política – centro de decisões.
Fazer teatro
como política e não apenas teatro político já realizado intensamente ao longo
dos séculos 19 e 20, inclusive no Teatro de Arena de São Paulo, onde Boal foi
diretor.
No
Teatro Legislativo (TL) a atividade política é exercida para transformar em lei
a necessidade expressa e debatida de forma lúdica através da cena de
Teatro-Fórum. Ou seja, é fazer política mesmo por pessoas que declaram que “não
querem saber de política”. Frase que expressa o descontentamento com a atuação
de representantes eleitos. Com o TL as pessoas percebem que fazer política é da
própria natureza humana. Que tudo é uma ação política, inclusive dizer que não
quer saber de política. Porque quem diz isso faz a ação política de recusar-se
a fazer algo para mudar alguma situação que a oprime.
Assim,
para mudar esse formato, no início do Mandato Político Teatral Augusto Boal,
com o lema “Coragem de Ser Feliz”, a equipe de Curingas (especialistas no
Teatro do Oprimido) do Centro de Teatro do Oprimido partiu para a prática
através da formação de grupos de Teatro-Fórum em comunidades, escolas,
associações de moradores, igrejas, estudantes negros universitários,
trabalhadoras domésticas, trabalhadores rurais sem terra, pessoas portadoras de
deficiência física, jovens que viviam nas ruas, etc. Uma lista completa pode
ser consultada no livro Teatro Legislativo.
A
Prática
Chegamos
a formar 60 Núcleos de Teatro do Oprimido dos quais 33 permaneceram estáveis.
Para se ter uma idéia mais precisa da forma como trabalhávamos, reproduzo a
descrição da página 66 do livro Teatro Legislativo sobre como o Mandato
Político Teatral Augusto Boal trabalha em conjunto com a população:
“O Rio é uma
cidade de contrastes: extrema riqueza à beira da praia, pobreza extremada no
alto dos morros – cidade espremida entre a montanha e o mar.
Nessa cidade
organizamos uma rede de parceiros, “Núcleos” e “Elos”, tendo cada qual a sua
importância e especificidade.
Um
Elo é um conjunto de pessoas da mesma comunidade e que se comunica
periodicamente com o Mandato, expondo suas opiniões, desejos e necessidades.
Essa relação pode-se dar através da presença na Câmara Municipal, na comunidade
ou em outros locais onde se realizem atividades do Mandato. Pode-se dar
pessoalmente, através da Câmara na Praça ou da Mala Direta Interativa.
Um
Núcleo é um elo que se constitui em grupo de Teatro do Oprimido e, ativamente,
colabora com o Mandato de forma mais freqüente e sistemática.”
Como
essa experiência era única, as dificuldades também. Porque era o
desenvolvimento de uma ideia cuja pesquisa e a prática aconteciam ao mesmo
tempo e com prazo de validade para apresentar resultados concretos. E muitas
descobertas reveladoras de como a cidadania pode ser praticada com intensidade
por toda a população. É só ter oportunidade. Por exemplo:
Durante
o Mandato realizávamos diversas atividades para incentivar esse protagonismo:
através das cenas de Teatro-Fórum (TF) dos grupos populares às Sessões de
Teatro Legislativo. Até a Câmara na Praça, quando um dos grupos apresentava sua
cena de TF na calçada em frente ao prédio da Câmara dos Vereadores, na
Cinelândia. As escadarias serviam de arquibancada e uma lona para o chão e uma
estrutura de fundo (que chamávamos de “palquinho”) delimitavam o Espaço Cênico.
A(o)s
vereadora(e)s eram convidada(o)s a participarem porque a ideia era reproduzir
na rua o que acontecia (ou deveria) no plenário. No máximo contávamos com a
presença de 4 ou 5 (cerca de 10%), porque não era fácil para a grande maioria
ficar frente a frente a eleitora(e)s em geral, para debaterem problemas e
votações muitas vezes polêmicas.
E
se era dia de votação no Plenário, as pessoas eram convidadas a entrar. Quase a
totalidade jamais havia entrado sequer no prédio, muito menos para acompanhar
uma votação. E ficavam surpresas ao convidarmos. Muitas entravam e depois
diziam que gostariam de retornar. Faziam questão de pegar os contatos do
Mandato e algumas vezes perguntavam o que era necessário para terem uma oficina
de TF em sua comunidade ou bairro.
Essa era uma das
formas do Teatro Legislativo ativar o EXERCÍCIO PLENO DA CIDADANIA.
Através
dessa verdadeiramente Revolucionária iniciativa foram aprovadas 13 Leis Municipais,
e vários outros Projetos de Lei que não foram aprovados porque a maioria da(o)s
vereadora(e)s não comungavam da mesma prática do Mandato Boal de incentivar a
CIDADANIA PLENA.
Também foi
originada a proposta que resultou em 1997, após o final do Mandato, na Primeira
Lei brasileira de Proteção às Testemunhas de Crimes, que veio a inspirar a Lei
Federal de Proteção às Testemunhas.
O
Desafio – 1997
Em
dezembro de 1996 terminou o Mandato Político Teatral Augusto Boal, que devido a
riqueza da experiência motivou novamente outros quatro novos Curingas, mais
Claudete Felix oriunda do primeiro grupo de multiplicadora(o)s formada(o)s por
Boal em 1986, a continuarem a trabalhar com essa ideia de Exercício Pleno da
Cidadania agora com o desafio de fazer o Teatro Legislativo sem a ligação
orgânica com um vereador, que existia até então.
Assim,
o CTO foi registrado como Pessoa Jurídica na forma de Associação Sem fins
Lucrativos, para criar as condições jurídicas necessárias na busca de apoio a
projetos que possibilitassem a equipe do CTO, com Augusto Boal como Diretor
Artístico mais a(o)s Curingas Bárbara Santos, Claudete Felix, Geo Britto, Helen
Sarapeck e Olivar Bendelak, vencer esse Desafio. Exceto Claudete, éramos
oriundos de Grupos de Teatro-Fórum.
Em
1998 conseguimos apoio da Fundação Ford que possibilitou a criação de sete
novos grupos populares de Teatro-Fórum, com temáticas sobre gravidez precoce;
prevenção às DST/AIDS; homossexualidade; direitos da(o)s trabalhadora(e)s
doméstica(o)s; preconceito com moradora(e)s de comunidades e problemas para
manter um pré-vestibular comunitário. Com esses grupos continuamos a fazer
apresentações das cenas e a recolher Propostas de Lei das platéias.
Agora que não
tínhamos mais os Assessores Legislativos do Mandato de vereador, começamos a
fazer contato com os gabinetes de vereadora(e)s e deputada(o)s estaduais em
busca de parlamentares interessada(o)s em fazer parceria para continuarmos com
o TL.
Poucos
tinham interesse em apoiar essa iniciativa que de fato incentiva o EXERCÍCIO
PLENO DA CIDADANIA, já que marcávamos reuniões nos gabinetes e no CTO, entre
a(o)s parlamentares e sua(e)s assessora(e)s com a(o)s integrantes dos grupos
populares. Além de solicitarmos suas presenças nas apresentações para
presenciarem como apareciam as Propostas de Lei da platéia.
Após
uma das reuniões no gabinete de um deputado estadual, uma jovem integrante de
um grupo popular de TF de uma comunidade da Zona Norte da cidade expressou sua
alegria e admiração:
“Eu achava que
nem passaríamos da sala de espera do gabinete e fomos recebida(o)s pelo próprio
deputado, dentro da sala dele para debatermos as Propostas de Lei que
recolhemos.”
Essa jovem
começava a perceber que Exercia Plenamente sua Cidadania.
Quanta(o)s
eleitora(o)s no Brasil já entraram em um gabinete parlamentar para debater
Propostas de Lei, que ela(e)s própria(o)s recolheram, de alternativas aos seus
problemas?
Posso dizer que,
desde 1997, centenas de pessoas que integram os grupos populares de TF, se
ainda não fizeram isso, sabem que podem fazê-lo.
Desafio vencido – 2001
E
de uma alternativa do grupo popular de TF Corpo EnCena, de uma comunidade do
Rio, que ainda não havia encontrado alternativas para ter professora(e)s
voluntária(o)s em seu Pré-Vestibular Comunitário surgiu A PRIMEIRA LEI ESTADUAL
DO TEATRO LEGISLATIVO.
O
que comprovava que era possível continuar a fazer TL mesmo sem ter mais um
parlamentar ligado diretamente, como era Boal quando vereador.
E
como que para reafirmar essa possibilidade, em 2004 tivemos uma segunda Lei
Estadual aprovada, originada das apresentações do grupo Panela de Opressão, de
comunidade da Zona Oeste do Rio, sobre obrigatoriedade de camisinhas femininas
em motéis, hotéis e similares. Essa cena também deu origem a um Projeto de Lei
Municipal que não teve maioria em votação no Plenário da Câmara Municipal.
Para
levar essa riquíssima experiência de uma Sessão Solene Simbólica de Teatro
Legislativo ao público em geral o CTO realizou no Rio cinco edições do FESTEL –
Festival de Teatro Legislativo, com apresentações de grupos do Rio, São Paulo e
Recife. Onde todas as quatro noites aconteceram apresentações de cenas de
Teatro-Fórum com as Sessões de TL. Com a presença de Assessores Legislativos e
pessoas conhecedoras da temática da cena, para que se possa debater e
esclarecer sobre as Propostas escritas pela platéia (em uma Sessão solene
escolhemos duas propostas que sejam as mais objetivas e representativas) para
que se faça a votação. Para isso são distribuídos a cada pessoa da platéia um
cartão Verde (Aprova), um Vermelho (Rejeita) e um Amarelo (abstenção).
As
propostas aprovadas é que são encaminhadas ao Legislativo ou a para uma Ação
Social Concreta Continuada, caso o problema não requeira uma lei e sim uma
mobilização – indicação que pode aparecer na intervenção da platéia (Fórum) e
por escrito.
Por
exemplo: caso o problema seja dotar o Posto de Saúde da Comunidade de
equipamentos novos. Para isso não é necessária uma lei, mas a mobilização da
Comunidade para pressionar a Secretaria Municipal de Saúde. E para isso a cena
de TF pode ser apresentada em frente a essa Secretaria para pressionar que o
Secretário de Saúde receba o grupo e representantes da Comunidade e se
comprometa, com prazo determinado, a resolver a situação.
Um
novo marco – CLP
Até
2005 tínhamos mais de cem (100) Propostas de Lei e algumas eram, de acordo com
as assessorias de veradora(e)s e deputada(o)s então parceira(o)s, de cunho
Federal. Já havíamos encaminhado a um deputado federal, mas sem conseguir ter
retorno efetivo.
Essa
necessidade nos levou a começar a visitar a página da Câmara dos Deputados
Federais. Foi assim que descobrimos que existia a Comissão de Legislação
Participativa – CLP, canal efetivamente democrático para a população brasileira
propor leis sem depender da intermediação de um(a) deputado(a) específico(a).
As Sugestões Legislativas (denominação utilizada pela CLP) podem ser
apresentadas por qualquer instituição brasileira que seja registrada
juridicamente, como o Centro de Teatro do Oprimido, por exemplo. Assim, enviamos
as Propostas de Lei e atualmente temos três Projetos de Lei federais em
tramitação na câmara dos Deputados e uma transformada em indicação ao
Executivo.
Em
duas oportunidades foi agendada uma Audiência Pública na Câmara dos Deputados,
através da CLP, sobre o Teatro Legislativo com foco no Teatro do Oprimido nas
Prisões. As duas tiveram que ser canceladas, por problemas de greve na aviação
e convocação para votação urgente na Câmara.
Pretendemos
fazer essa audiência em nova oportunidade para que o Teatro Legislativo seja
debatido e mais conhecido no Congresso Nacional.
O
Teatro Legislativo difundido no Brasil
A
partir do projeto Teatro do Oprimido nas Prisões, desde sua primeira etapa
iniciada em 2003 em cinco Estados do Brasil, o Teatro Legislativo começou a ser
difundido para além do Rio de Janeiro. Nas Mostras Estaduais e Regionais desse
projeto a equipe do CTO começou a realizar Sessões Solenes Simbólicas de Teatro
Legislativo, que originaram Propostas de Lei, algumas de âmbito federal. O que
originou dois Projetos de Lei Federais e a indicação ao Executivo.
Atualmente,
com os projetos Fábrica de Teatro Popular Nordeste (em três Estados) e Teatro
do Oprimido de Ponto a Ponto (em 18 Estados) o TL se expande ainda mais através
das Sessões Simbólicas realizadas nas Mostras desses projetos.
Desafio
maior
Comprovamos
que é possível a aprovação de leis mesmo sem um parlamentar ligado diretamente
ao TL, mas também essa experiência nos mostra que a MOBILIZAÇÃO é essencial
para que o acompanhamento de todas as etapas SEJA EFETIVO, desde o acolhimento
de uma proposta por um(a) parlamentar ou pela CLP – Comissão de Legislação
Participativa (no caso da Proposta ser de âmbito federal) até se tornar um
projeto de Lei e daí para a aprovação como Lei.
Quando
o grupo popular já participa e/ou realiza mobilizações para lutar por seus
direitos a motivação para acompanhar e pressionar até o final, que pode ser a
aprovação de uma lei, é mais natural.
Quando
ainda não existe essa ativação política é que se apresenta o desafio para que o
grupo perceba que só haverá o avanço se houver a mobilização. Como escreveu o
poeta: “Caminhante, não há caminho, ele se faz ao caminhar.”
Também
é importante que a(o)s praticantes de Teatro-Fórum percebam que para se fazer o
Teatro Legislativo não é necessário fazer uma Sessão Simbólica de Teatro
Legislativo. O principal é recolher Propostas de Lei por escrito em cada
apresentação, debatê-las com o grupo popular, fazer contato com especialistas
no tema e assessores legislativos para ver quais podem originar Projetos de
Lei. Foi assim com as duas leis estaduais do Teatro Legislativo no Rio de
Janeiro: do Corpo EnCena e do Panela de Opressão.
Conclusão
É
fato comprovado que o TEATRO LEGISLATIVO promove de fato o Exercício pleno da
Cidadania, que em si é um exercício que deve ser permanente. Ou seja, o
exercício do Teatro-Fórum nos leva ao Teatro Legislativo, que leva às Leis, que
nos garantem o exercício da Cidadania. Mas esta só é alcançada se exercitarmos
cotidianamente esse possibilidade de ser cidadã(o), através da busca por
alternativas para nossos problemas, que começa quando saímos da passividade.
Como
Augusto Boal escreveu, praticou e lutou incansavelmente, desde 1992 até maio de
2009, com a equipe do Centro de Teatro do Oprimido que o ajudou no nascimento e
desenvolvimento do Teatro Legislativo: “Cidadão não é aquele que vive em
sociedade - é aquele que a transforma!”[8]
Evolução: a
Estética do Oprimido]
As
iniciativas de Boal e do CTO-Rio, dentro dos propósitos do Teatro do Oprimido
vêm sendo ampliadas constantemente. Assim, integrando o Sistema, está sendo
desenvolvida a "Estética do Oprimido". Esta tem por fundamento a
certeza de que somos todos melhores do que pensamos ser, capazes de fazer mais
do que realizamos, porque todo ser humano é expansivo.
A
proposta é promover a expansão da vida intelectual e estética de participantes
de Grupos Populares de Teatro do Oprimido, evitando que exercitem apenas a
função de ator, que representa personagens no palco. Os integrantes desses
grupos são estimulados, através de meios estéticos, a expandirem a capacidade
de compreensão do mundo e as possibilidades de transmitirem aos demais membros
de suas comunidades - bem como aos de outras - os conhecimentos adquiridos,
descobertos, inventados ou re-inventados. (2007).
Notas]
·
BOAL, Augusto - Teatro do
oprimido e outras poéticas políticas. Rio de
Janeiro. Civilização Brasileira. 2005. Edição revista; (ISBN 85-200-0265-X)
·
BOAL, Augusto - "Técnicas
Latino-Americanas de teatro popular: uma revolução copernicana ao
contrário". São Paulo: Hucitec, 1975.
·
BOAL, Augusto - "Stop:
ces’t magique". Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1980.
·
BOAL, Augusto - "O
arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia". Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1990.
·
BOAL, Augusto - "Teatro
legislativo", Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
·
BOAL, Augusto - "Jogos
para atores e não-atores". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
·
BOAL, Augusto - "O teatro
como arte marcial". Rio de Janeiro: Garamond, 2003.
·
BOAL, Augusto - "A
Estética do Oprimido". Rio de Janeiro: Garamond, 2009.
0000
Apostila teatral - Prof Ulisses Sanches
TEATRO EM EDUCAÇÃO
Introdução
O teatro de muitas
maneiras pode contribuir com o educador na sua luta diária, tanto como forma de
disciplinar aos alunos, como dando -lhes criatividade e heurística em relação
ao estudo, bem como forma de desconcentração do professor no que tange a sua
jornada estressante e desestimulante.
O teatro pode
servir como motor das atividades de sala de aula, ora através de apresentação
de peças criadas pelos próprios alunos, ora com seus exercícios e técnicas para
estimular a criatividade e a auto-estima destes mesmos alunos.
Todo exercício
teatral trabalha com a necessidade de ajudar a compor a personagem, criar
confiança, dar sensibilidade, expressar -se melhor tanto pela voz, como pela
face, pelo corpo ou até pelo jeito de olhar e também da discussão e decisão em
grupo, coisa muito interessante de ser conseguida pelo professor em sala de
aula.
Portanto os jogos
teatrais podem e devem se tornar mais uma ferramenta, mais um recurso no
caminho do professor para trabalhar e bem com seus alunos ou até mesmo para
elevar sua auto-estima.
Teatro como ferramenta da Educação
O teatro é uma
ferramenta excelente no que tange a educação, tanto na função de representação
que lhe é peculiar, bem como no estimulo a criatividade, concentração,
relaxamento de professores e alunos que ficarão demonstrados nos exercícios a
seguir.
Todos exercícios e
técnicas terão uma análise pela sua característica teatral e também no que pode
contribuir na Educação, sendo que os principais exercícios e técnicas teatrais
são:
a) Exercícios de
Aquecimento;
b) Exercícios de
Relaxamento;
c) Exercícios de Confiança;
d) Exercícios de
Sensibilidade;
e) Jogos Teatrais;
f) Pantomima;
g) Improvisação;
h) Criação Coletiva
*1
A) EXERCÍCIOS DE
AQUECIMENTO
Todo exercício de
aquecimento serve para duas coisas: 1ª) o aquecimento dos músculos do corpo como
próprio nome diz e 2ª) estimular a concentração dos atores, uma vez que cada um
dos exercícios trabalha com a postura, o olhar, o andar e os gestos feitos na
perspectiva de além aquecer, fazer concentrar os atores. Os principais
exercícios de concentração são:
a-1) Movimentar o corpo em Circulo (girando em quatro pontos) ou
Triângulo (girando em três pontos) - O exercício consiste em girar no sentido
horário e voltando no sentido anti-horário (em quatro ou em três pontos) todas
as juntas do corpo (1º) um pé e depois outro; 2º) as mãos e depois a outra; 3º)
o quadril; 4º) a cabeça, pode-se rodar também os cotovelos) (duração - de 10 a
15 minutos).
Observação - Este
exercício pode ser feito em pé ou sentado (neste caso para mexer os pés e as
mãos há ajuda das mãos) (com as mãos, sua duração é de 15 a 20 minutos).
a-2) Atingir o objetivo I -
O ator anda tal qual um manequim (peito para fora, barriga para dentro, ombros
retos, pé ante pé, braços em movimentos regulares, cabeça virada para frente e
o ator tem um andar firme e preciso), olhando para um ponto, indo até ele, e ao
atingi-lo, fixar-se em outro ponto, e ao chegar a este, fixar-se em outro e
assim por diante.(duração - 10 minutos)
Observação - O
ator não deve conversar, olhar para o lado, fazer curva ou desviar de seu
caminho, quando tiver cruzando com outro ator deve esperar, dando uma parada
estratégica, que o outro passe para continuar a sua rota.
a-3) Atingir o
objetivo II - Segue o exemplo do exercício acima em quase tudo somente
difere do outro, porque ao invés de atingir o objetivo, quebra-se na metade do
caminho, portanto o ator se fixa num objetivo e anda até a metade deste e
quebra para esquerda ou direita, então se fixa em outro objetivo e quebra na
metade para esquerda ou direita e assim por diante.(duração - 10 minutos)
a-4) Jogar luvas e sapatos - Os atores
fingem que estão chegando em casa e fingem que jogam luvas e sapatos
continuamente.(duração - 10 minutos)
a-5) Quebrar Tudo - Os atores fingem se
encontrar numa loja de cristais cujo dono se odeia muito, então cada ator
começa a destruir através de gestos esta loja fictícia (pedem-se gestos
bastante fortes e que cada ator reproduza o som do cristal que se quebra). Este
exercício coloca toda agressividade para fora e tem como função até acalmar ao
ator.(duração - 10 minutos)
a-6) Abecedário em movimento - Os atores vão
se movimentando, pronunciando as letras e fazendo estátuas. Este é um exercício
co algum grau de dificuldade, uma vez que deve se associar o tom da voz com
onde se produz à estátua (embaixo, no meio ou em cima), isto tudo em movimento,
com paradas quase imperceptíveis, somente para se compor à estátua. Este é um
exercício que trabalha muito forte com a concentração e com a coordenação
motora fina.(duração - 10 minutos ou
pelo menos umas três vezes cada grupo de alunos)
a-7) Quem quiser do frio se esquentar - O
exercício consiste em fazer uma roda, uma canção (quem quiser do frio se
esquentar, preste atenção no que eu vou falar) que é repetida pelo mestre de
cerimônia (o professor ou aluno indicado por ele) e associada a esta repetição
mexe-se alguma parte do corpo ou se faz algum exercício (um pé, depois outro,
uma mão, depois outra, pulando, mexendo a cabeça, se agachando, fazendo
polichinelo, etc). (duração - de 10 a 15
minutos)
B) EXERCÍCIOS DE
RELAXAMENTO
Se o exercício de aquecimento dos músculos do
corpo é necessário, o mesmo provoca o endurecimento do mesmo e para se ter uma
boa representação teatral se faz necessário o corpo estar completamente
relaxado, ou seja, sem tensão, para que o ator não entre duro no palco.Como
disse numa entrevista ao Jô Soares, o ator Juca de Oliveira, o ator relaxado
não e´ notado pelo público, é como estivesse invisível. Os principais
exercícios de relaxamento são:
1) VIAGEM IMAGINÁRIA - Os atores deita-se de costas no chão, braços
de lado, sem cruzar as pernas, de olhos fechados. O professor deve pedir que
imaginem que seus corpos estão muito pesados, afundando no chão. Deve mencionar
lentamente as diferentes partes do corpo, todas elas se tornando mais e mais
pesadas: dedos, tornozelos, pulsos, unhas, pescoço, cabelo, pálpebras. Deve
pedir que imaginem estar numa praia de areia macia e quente, num dia
ensolarado. Deve pedir que se imaginem cercados de sons do mar – ondas
arrebentando na praia, gaivotas gritando ao longe. Então, quando se sentirem
prontos, os atores levantam-se vagarosamente e abrem os olhos, permanecendo
quietos. E o professor deve dizer que a partir daquele momento os alunos já
podiam iniciar a viagem imaginária.
1.1) VIAGEM IMAGINÁRIA I – Após os atores se levantarem, o
professor deve pedir-lhes que imaginem e interpretem o seguinte: afastam-se da
praia, sobre dunas de areia e grama alta. Entram numa floresta sombria que se
espalha por todas as direções. Depois do calor da praia, a floresta está fria e
escura. Percebem que não sabem mais onde estão e começam a ouvir sons
estranhos, assustadores, que vêm de todas as direções. Procuram cada vez mais
freneticamente por sinais reconhecíveis. Então, através da escuridão crescente,
avistam uma outra pessoa (outro ator) na floresta. Sentem-se aliviados por se
encontrarem e dizem um ao outro, em pantomima, como se perderam. Continuam
juntos. Enquanto isso, os sons ficam mais próximos, parecendo mais perigosos; a
noite torna-se mais fria e assustadora. Cada par de atores encontra um outro
par; trocam histórias, em pantomima, e continuam juntos como quarteto.
Descobrem uma escarpa rochosa que se eleva sobre ambos os lados, a perder de
vista. Um membro do grupo encontra uma abertura sob a escarpa, larga suficiente
para uma pessoa passar rastejando. Os membros do grupo ajudam-se mutuamente
para atravessarem a abertura, encontrando-se então de volta a quentura e à luz
do sol.
b-1.2) VIAGEM IMAGINÁRIA II - Após os atores se levantarem, o
professor deve pedir-lhes que imaginem e interpretem o seguinte: eles vêem e
sentem o sol se escondendo atrás das nuvens; o vento ficando cada vez mais
forte. Começa a cair à chuva – a princípio, somente alguns pingos isolados,
transformando-se logo após num aguaceiro frio fustigado pelo vento. Recolhem
seus pertences na praia e correm para se abrigar numa pequena choupana nas
redondezas. Entram e encontram lenha para acender o fogo. Quando o fogo começa
a arder, os atores se aquecem, até que se sintam novamente confortáveis. Olham
através da janela e vêem o sol se abrir novamente. Tentam abrir a porta e
descobrem que
não podem sair. Forçam-na e
empurram-na, em vão. Ouvem, de repente, um som agudo que lhes fere os ouvidos.
Silêncio então. Tentam sair novamente à porta ainda está trancada. Olham em
volta e vêem outra porta, uma porta muito pequena. Tentam abri-la e ela se
abre, revelando uma passagem estreita. Entram no corredor, que é frio e cheio
de obstáculos. Ele se torna úmido e lamacento, ficando depois empoeirado, cheio
de teias de aranha, morcegos voando e ratos correndo. A passagem fica cada vez
mais estreita, tornando-se, por fim, tão estreita que os atores não podem se
mover. Empurram as paredes, mas, misteriosamente, elas se movem em direção a
eles. Os atores descobrem uma corda que pende do teto e a puxam. De repente
estão livres. A luz é tão forte que seus olhos doem. Descobrem estar numa sala
grande e bonita, a sala mais bem, mobiliada em que jamais estiveram, com
janelas altas, cortinas, lareira, tapetes persas. Percebem que estão
elegantemente trajados. Encontram comidas – as suas prediletas – em um bufê.
Vêem amigos na sala e os cumprimentam calorosamente, em pantomima. Contam, em
pantomima, suas aventuras. O tempo passa; os convidados ficam cansados e se
vão.
1.3) VIAGEM IMAGINÁRIA III – Após os atores se levantarem, o
professor deve pedir-lhes que imaginem e interpretem o seguinte: caminham por
uma pequena estrada que vai da praia até uma cidadezinha. O dia ainda está
lindo e ensolarado e eles muito felizes. Cada ator vê alguém que conhece;
formam pares. Cumprimentam -se e contam um ao outro, em pantomima, algo
maravilhoso que lhes ocorreu neste dia. Os atores devem estar atentos para
fazer pantomima do ouvir e do reagir, assim como do falar. Os pares separam-se
e os atores continuam andando individualmente pela cidadezinha. Os ânimos
modificam-se no que eles caminham para mais longe. Os atores olham para seus
relógios: estão atrasados para um compromisso importante! Ao andarem pelas ruas
lotadas, todos os outros parecem ir muito devagar. Esbarram em bons amigos;
cumprimentam-se cordialmente, mas com pressa explicam, em pantomima, as razões
por estarem tão apressados, pedem desculpas pela afobação e partem. Continuam a
correr para o seu compromisso e descobrem, quando lá chegam, que a porta está
trancada - saíram cedo para almoçar. Os ânimos modificam-se novamente.
Sentem-se irritados, frustrados. Caminham pela cidade, com raiva do mundo. Vêem
conhecidos de quem não gostam, mas com quem sentem que devem agir cordialmente.
Formam pares e trocam cumprimentos com relutância, explicando, em pantomima,
seu mau humor. Separam-se. Ao continuarem sua mal-humorada trajetória, avistam
subitamente um cartaz de “liquidação” – 50% de desconto em algo que querem há
muito tempo. Novamente, o humor transforma-se. Conferem em suas carteiras-sim,
há dinheiro o suficiente! Entram na loja e compram o objeto. Saem, carregando
alegremente sua nova aquisição. Encontram com amigos e contam, sempre em
pantomima e nunca falando, sobre sua boa sorte. Convidam -se para um
refrigerante ou um sorvete numa lanchonete próxima.
b-1.4) VIAGEM IMAGINÁRIA IV – Após os atores se levantarem, o
professor deve pedir-lhes que imaginem e interpretem o seguinte: vagueiam pela
praia até a base de belas montanhas cobertas de neve. Observam por algum tempo
as montanhas que agora cercam em todas as direções. Decidem preparar um lanche
para um piquenique e sair para umaCaminhada. Escolhem cuidadosamente frutas e
bebidas de um armário que acaba de se materializar; fazem sanduíches grandes e
cortam fatias de seu bolo predileto, embrulham tudo e colocam em cestas.
Começam então a subir as montanhas. A trilha fica cada vez mais tortuosa,
fazendo zigues-zagues. Param ocasionalmente para olhar a maravilhosa paisagem,
tomando fôlego e enxugando a testa. Na trilha, cada um encontra um amigo.
Contam, em pantomima, seus planos para o dia e decidem continuar junto. Sobem
cada vez mais, ajudando-se nos trechos mais íngremes. Ficam cansados. O dia
está quente e ensolarado. Encontram um local para o piquenique e sentam-se,
admirando a vista. Desembrulham seus sanduíches. Está quente e o silêncio é
grande. Subitamente, ambos pensam ouvir algo, algo incomum. Viram-se um para
outro, questionando-se com os olhos. Não ouvem mais nada e retomam o
piquenique. De repente ouvem outra vez o som mais alto: percebem estar ouvindo
o som de uma avalancha. Reagem – Como? Agarrando-se um ao outro? Correndo?
Tentando se esconder?
OBSERVAÇÃO – Você poderá desenvolver com facilidade as viagens
imaginárias ou poderá deixar que os próprios atores (ou alunos?) as escrevam e
conduzam. O requisito principal é que as situações sejam exageradas o
suficiente para poderem ser imaginadas e respondidas rapidamente em pantomima,
e que haja um mínimo de interação entre os atores.
b-2) RELAXAMENTO A
TRÊS (para adolescentes e adultos) - A pessoa deita respirando
profundamente, enquanto as outras duas testam suas articulações, ao mesmo tempo
em que controlam sua respiração. Quem relaxa não deve colaborar em nada com
seus relaxadores, deve brincar de "morto". Os relaxadores devem
descobrir as tensões e fazer com que elas se desfaçam, com toques suaves nas
articulações. Olhos fechados e respiração profunda devem ser uma constante na
pessoa que relaxa. Cinco minutos são suficientes para um treinamento inicial, e
logo esse relaxamento poderá ser substituído por jogos de relaxamento de
caráter mais lúdico.
b-3) RELAXAMENTO NA
CADEIRA - O participante senta-se na cadeira, totalmente relaxado, outro
integrante testa o seu relaxamento tocando nas articulações dos braços, pernas
e cabeça. De três a cinco minutos é tempo suficiente para tempo inicial. Esta
variante pode ser utilizada quando as condições do chão não permitem deitar, ou
como parte do processo de relaxamento em diferentes posições.
b-4) PENDURADOS NO
ESPAÇO - (domínio do movimento) - Há um fio que nos prende verticalmente em
alguma parte do corpo, essa, por sua vez, irá sendo sugerida pelo coordenador.
Toda a tensão ficará nessa parte do corpo, enquanto as outras partes permanecem
no mínimo de tensão, apenas o necessário para o corpo ficar na vertical, com o
máximo de relaxamento, como uma marionete pendurada, as partes sugeridas são:
mão, cotovelo, um ombro, dois ombros, costas, bumbum ou barriga. Pode -se usar
uma música, com movimentação por todo espaço.
NOTA: este
exercício aparece aqui em função de que o domínio do movimento e o relaxamento
estão intimamente ligados. Ele pode, inclusive, anteceder o jogo das
marionetes.
b-5) MARIONETES -
Este é um tipo de relaxamento onde nossa imaginação é mais ativa, mas também
representa um grande desafio à nossa perseverança. O participante deve imaginar
que é uma marionete, dirigida por um marionetista que não conhece o seu ofício.
Deve ser executado sem ansiedade e sem preocupação com os resultados finais,
colocando toda ênfase em descobrir o peso e o relaxamento dos membros. A
repetição permanente pode ser um bom caminho para obter bons resultados. os
fios da marionete podem ser na cabeça, pulsos, ou cotovelos, sendo que será
pendurada por um fio na base do pescoço e outro no cóccix, devendo caminhar a
partir de fios no quadril e nos joelhos. Quando já existe um domínio da
marionete poderão ser sugeridas motivações, e criadas diferentes situações para
estes marionetes.
b-6) TENSÃO E
RELAXAMENTO - Deitados no chão, bem relaxamento, respirando profundamente.
O coordenador dá o sinal "Tensão", e todo o corpo se contrai fazendo
uma figura rígida a partir do chão, por uns segundos, e mantendo o equilíbrio
dessa figura. Ao sinal de "Relaxa" a pessoa solta todo o corpo,
caindo relaxada. O importante desse exercício é sentir através do
"choque", a tensão e o relaxamento em forma extrema.
b-7) ESPREGUIÇAR
SOLTANDO A VOZ-Após o relaxamento deve-se esticar os músculos do corpo e
espreguiçar, em voz alta, sem tensionar o pescoço, mas tencionado só as partes
que se esticam. o objetivo desta ação é usar como provocação, um tabu social,
transformando-se em exercício de expressão. Espreguiçar em sentido vertical, horizontal
e no chão, esgotando todas as possibilidades.
b-8) CHUÁ - Este
exercício é de fácil realização. O aluno que vai ser relaxado é envolto por
três ou quatro relaxadores que colocam as duas mãos sobre sua cabeça e ao sinal
do orientador descem as duas mãos rapidamente pelo corpo do aluno a ser
relaxado, dizendo chuá, como se fosse um "passe" de Umbanda. Deve-se
repetir por umas três vezes este exercício em cada pessoa, para que ocorra o
efeito esperado de relaxamento.
b-9) A REDE -
Este exercício segue os mesmos princípios do exercício da viagem imaginária, ou
seja, os alunos devem deitar-se de costas no chão, braços de lado, sem cruzar
as pernas, de olhos fechados. O professor deve pedir que imaginem que seus
corpos estão muito pesados, afundando no chão. Deve mencionar lentamente as
diferentes partes do corpo, todas elas se tornando mais e mais pesadas: dedos,
tornozelos, pulsos, unhas, pescoço, cabelo, pálpebras. Deve pedir que imaginem
estar numa praia de areia macia e quente, num dia ensolarado. Deve pedir que se
imaginem cercados de sons do mar – ondas arrebentando na praia, gaivotas
gritando ao longe. Então, quando se sentirem prontos, os atores levantam-se
vagarosamente e abrem os olhos, permanecendo quietos. Após esta fase inicial
igual, o exercício começa a se diferenciar, quando o professor pede para que os
alunos comecem a imaginar que existe uma rede embaixo deles nesta praia e que
esta rede começa a subir e passar dentro dos seus corpos e retirar todas as
impurezas de suas vidas: Toda maldade que houverem praticado, todo medo que
tiveram, toda inveja que tenham tido, toda briga com amigos ou familiares, toda
intriga que praticaram, toda discórdia que
realizaram e que a cada coisa que esta rede está retirando
eles ficariam mais leves, cada vez mais leves e que quando a rede saísse de
seus corpos eles começariam a flutuar e pegariam esta rede e a enrolariam e a
levariam voando para dentro do mar, cada vez mais longe, cada vez mais longe,
até chegarem no meio do oceano, onde não existe nada mais do as ondas com suas
perfeições. Então cada um deveria jogar sua rede nestas ondas e veria nestas
ondas perfeitas todas suas maldades, todos seus medos, todas suas invejas,
todas suas brigas com amigos ou familiares, todas suas intrigas, todas suas discórdias
se dissiparem nestas ondas. E ao terminar, o orientador diria: “- Vocês vão
voar de volta à praia da qual saíram e lá encontrarão com os outros alunos e
retornarão a pé de mãos dadas para este bairro (bairro em que se localiza a
escola), para esta escola, para este local. Quando todos abrirem os olhos,
passa-se a fase dois. O orientador realiza uma série de atividades (frases e
gestos) e depois que todos façam-nas com todos os outros. As atividades - 1º)
Cada um aponta para si e diz - Tudo de bom para mim! 2º) Cada um aponta para o
outro e diz - Tudo de bom para você; e por fim 3º) Um aponta para o outro e se
braça dizendo - Tudo de bom para nós. Este exercício é recomendado para unir
uma classe ou um grupo de teatro.
C) EXERCÍCIOS DE
CONFIANÇA - A princípio os alunos podem ter alguma dificuldade em relação
ao exercício, afinal todos nós temos dificuldade de liberar o impulso interior,
uma vez que não queremos ser expostos, sentimos colocados numa vitrine,
expostos aos companheiros, sendo, portanto, vários os objetivos dos exercícios
de confiança "variando de acordo com a experiência e composição do grupo,
mas em todos aqueles que praticam pela primeira vez vão causar diversas
sensações, indo do assombro à descoberta. Assombro diante da nossa permanente
capacidade de brincar, e a gostosa descoberta de nossas possibilidades e
limites, quando confiamos que somos capazes de fazer, então serve para que cada
aluno adquira confiança em si mesmo e no grupo, uma vez que para existir uma
peça e esta alcançar seus objetivos, deve haver confiança mutua entre seus
membros, principalmente se este grupo for amador." Então serve para que o
aluno adquira confiança em si mesmo e no grupo, uma vez que para existir uma
peça e esta alcançar seus objetivos, deve haver confiança mutua entre seus
membros, principalmente se este grupo for amador.
C-1) JOÃO, O BOBO -
Um jogo mais do que conhecido e que, na simplicidade, soube atravessar o tempo
e o espaço. um jogo quase universal e também um típico exercício de confiança, tanto
em si próprio, como nos dois parceiros que integram o jogo. lembremos da
dinâmica - Três participantes, dois que seguram e impulsionam o corpo do
terceiro, que deverá estar localizado entre ambos. aquele que fica no centro
deve manter o corpo firme (nem relaxado, nem tenso), os braços junto ao corpo e
os olhos fechados: os braços daquele que empurra devem seguir o ritmo natural
do peso em direção ao outro companheiro. na medida em que a confiança cresce
pode-se variar a distância do corpo que é jogado e segurado. Na medida em que
se trata de um jogo para firmar a confiança, é fundamental transmitir para os
participantes esse sentimento de confiar, em si próprio e nos companheiros.
C-2) CONTRA A PAREDE
- Esta é uma variante do anterior, também com dois participantes. Um deles de
frente para parede, o outro pronto para segurar e empurrar o companheiro contra
essa parede. aquele que está na frente inicia o jogo deixando cair o corpo
contra a parede, e utilizando seus braços como molas, impulsionando o corpo
para trás quando será segurado pelo parceiro, que o empurrará novamente contra
a parede. Quando a confiança cresce o exercício pode ser realizado de olhos
fechados.
C-3) DEIXAR O CORPO
CAIR - Utilizar uma mesa firme, sobre a qual os participantes ficarão de
pé, de costas aos outros companheiros que permanecerão no chão, aproximadamente
oito pessoas. os parceiros que estiverem no chão formarão duas fileiras
paralelas (quatro de frente para outros quatro), braços estendidos para segurar
o corpo que cairá. esses braços que seguram deverão estar livres, já que cada
um deles atua como mola. Aquele que cair deverá estar com o corpo firme, com os
braços junto ao corpo, isso é fundamental. Quando o coordenador der a voz para
deixar cair o corpo, todos os participantes deverão gritar simultaneamente:
"OOOO!!!!!ooooooooo!!!!". Estas ações conjuntas criam uma gostosa
sensação de confiança, mesmo que na primeira vez os participantes sintam uma
certa apreensão. É bom persuadir a todos os participantes que realizem esse
exercício, logo na primeira vez. Encorajar sem criar constrangimento.
C-4) DEIXAR CAIR O
CORPO EM CÍRCULO - É uma variante do anterior. O grupo permanecerá no
centro. Este, com o corpo firme, será jogado em diferentes direções, caindo
sobre os braços dos companheiros que atuam como molas impulsoras. Os olhos
fechados criam uma sensação muito interessante e prazerosa.
C-5) LEVANTAR O CORPO
- Produzindo um pequeno murmúrio, o grupo levanta um companheiro de cada vez,
fazendo girar seu corpo sobre as mãos. Os corpos devem permanecer bem juntos,
procurando que o máximo de mãos segurem aquele que está suspenso. Sem parar de
murmurar o companheiro do alto será trocado, até que todos participem.
D) JOGOS DE
SENSIBILIZAÇÃO OU AUTOCONHECIMENTO - Estes jogos são recomendados para
pré-adolescentes e jovens, já que a partir de nossas lembranças e sensações
deixamos nossas emoções mais à flor da pele. Essas sensações e emoções também
precisam de um treino, na medida em que serão as matérias-primas que usaremos
para dar vida e sentido de verdade a nossas personagens e situações. Os
principais exercícios são estes:
D-1) CONHECIMENTO DO
ESPAÇO - É realizado por duas pessoas, uma delas com os olhos fechados e o
outro membro auxiliando-a no reconhecimento de objetos através do tato, assim
como cheiros, texturas, temperaturas e formas. Uma variante do jogo pode fazer
com que as pessoas, também de olhos fechados, reconheçam um parceiro somente
por meio do tato (para grupos mais adiantados).
D-2) REENCONTRAR
PARCEIROS - Formar grupos de três parceiros, pedir para que todos se
observem bem. Logo, caminhar em todas as direções separadamente, firmemente,
olhando para frente em movimentos rápidos. Parar. Fechar os olhos e procurar as
duas pessoas do grupo usando o tato, sempre de olhos fechados e em movimentos
lentos, SEM FALAR NUNCA. Tateando tudo (mãos, camiseta, calça, rosto, etc) até
descobrir seus parceiros. Após o encontro os três devem se dar as mãos e
afastam-se até um local, já combinado com o coordenador. Em seguida abrem os
olhos.
D-3) RECONHECER
OBJETOS RAROS - Pedir para cada participante trazer de sua casa um objeto
difícil de se reconhecer tatilmente. Formam-se duas turmas uma fica de olhos
fechados, ou vendados, e outra oferece um objeto para cada participante, para
que esse reconheça. Cada um irá descrevendo, sensorialmente, como imagina o
objeto em questão, seu cheiro, gosto, cor, som, textura e peso, tentando
descobrir o que é para que serve. Terminada a descrição deve -se abrir os olhos
e conferir.
D-4) RECONHECER OS
CHEIROS DO ESPAÇO - O coordenador pede aos participantes que deitem no
chão, mantendo os olhos fechados e o corpo bem relaxado. Solicita que
distingüam os cheiros desse espaço, classificando-os. o objetivo é
sensibilizar, o olfato do aluno.
D-5) OUVIR O ESPAÇO I
- O coordenador pede aos participantes que deitem no chão, mantendo os olhos
fechados e o corpo bem relaxado. solicite que distingüam os sons desse espaço,
classificando-os. O objetivo é sensibilizar, ainda mais a audição do
aluno.
D-6) OUVIR O ESPAÇO
II - O coordenador pede aos participantes que deitem no chão, mantendo os
olhos fechados e o corpo bem relaxado. Solicite -lhes, então, que eles escutem
os sons do espaço interno e, também, do extremo, tratando de classificá-los.
Exemplo: Escutamos o som de uma conversa, fora do espaço, e o participante se
pergunta, quem são? sexo, idade, por que conversam? Nossa proposta é
sensibilizar o ouvido e a memória auditiva.
D-7) VARIANTE -
Escutamos o espaço. Solicitamos aos participantes que fechem os olhos e
relembrem uma situação, onde também estavam de olhos fechados e escutavam sons
vindo de fora. o participante deverá relatar em voz alta, como num sussurro,
essa experiência anterior.
E) JOGOS DRAMÁTICOS -
É uma forma de arte por direito próprio: não é uma atividade inventada por
alguém, mas sim o comportamento real dos seres humanos, segundo Peter Slade *2. Estes jogos não têm como
finalidade, portanto, a representação diante da platéia.
Devem-se evitar
as qualificações de aprovação ou desaprovação nestes exercícios, deve se ater à
questão da intensidade, já que um trabalho pode ser mais ou menos intenso,
deve-se valorizar o esforço, a dedicação, estimular o exercício da crítica nos
grupos participantes,
sobre o trabalho dos companheiros, de maneira que,
paulatinamente, desenvolvam critérios estéticos sobre forma e conteúdo, numa
forma natural e pela própria vivência desses jogos.
Os jogos
teatrais abrem a possibilidade das crianças apreendem que o mesmo impulso que
as leva a jogar, leva-as a descobrir, a pensar, a objetivar, a refletir, a
adquirir a noção numérica, quantitativa e dimensional, a ampliar seu vocábulo e
a relacionar -se com as pessoas, demonstrando assim a importância destes
exercícios como estímulos ao aprendizado.*3
e-1) TEATRO
INSTANTÂNEO - Chamamos de teatro instantâneo à dinâmica que desenvolvemos
em nossa metodologia de trabalho, com jogos de curta duração, de grande
intensidade, fácil compreensão e que permitem um grande número de componentes.
Este trabalho procura ajudar ao professor trabalhar num curto espaço de tempo
com o aluno (15 minutos). Trabalhar a partir de, e não apesar de.
e-2.1) JOGO DE
ESPELHOS - Dois participantes sentam-se frente a frente, um deles é quem
olha o espelho, devendo fazer movimento com o rosto, o outro é o espelho e
imita esses movimentos. Passado algum tempo o coordenador diz
"troca", mudando assim os papéis. O importante nesse jogo é a
concentração e integração dos participantes, o coordenador não deve perceber
quem é o espelho e quem se olha. este jogo dá origem ao jogo das
transformações.
e-2.2) JOGO DO
ESPELHO DE PÉ - Dois participantes, também de frente um para o outro,
repetem a experiência do espelho com todo o corpo, acrescentando sons, falas e
barulhos, também criando personagens e situações.
e-2.3) JOGO DE
ESPELHO EM CÍRCULOS - Todos os atores ficam em círculo. Fingem estar
olhando para um grande espelho circular. Um ator é selecionado como pessoa; os
outros são reflexos. Após cerca de 30 segundos, diz-se, "Imóveis!", e
nomeie outra pessoa. Iniciando a partir de suas posições estáticas, os atores
imitam então os gestos do novo líder. Este exercício ajuda na concentração de
grupo.
e-3.1) JOGOS DE
ESTÁTUAS (STOP) - O grupo se movimenta em todo o espaço com o corpo
descontraído. A um sinal, dado pelo coordenador, cria uma estátua individual, procurando fazer com que
todo corpo participe expressivamente. O coordenador deverá observar cada
estátua, orientando para que eles procurem dar um novo caráter, uma nova
motivação, utilizando todas as dimensões do espaço: no meio e no chão.
O jogo poderá ter
várias variantes: estátuas em duplas, três ou cinco pessoas, etc.
Estátuas com
motivação do coordenador: alegre, triste, etc.
Estátuas formando
situações: dança, ópera, jogos, na praia, no campo, na escola, etc.
e-3.2) JOGO DAS
ESTÁTUAS, OU FIGURAS EM TEMPO - Caminha-se em todas as direções e a um
sinal em qualquer espaço e nível. O coordenador fala: "trocamos de
tempo", por exemplo, 4, 5, 6, etc. Com isso a figura do participante vai
se modificando, como se fosse uma seqüência fotográfica. Deve dar-se muito
destaque à última figura, que será mais intensa.
VARIANTE:
Caminha-se em todas as direções e a um sinal do coordenador, o grupo pára. cada
participante deve fazer uma estátua para um parceiro, motivação é no estilo
"como se fosse dizer alguma coisa para outra pessoa". A outro sinal
continuam caminhando e se repete o exercício.
e-4) JOGOS DOS
ANIMAIS - Formar, com todo grupo, um círculo de costas para o centro. Um
elemento diz o nome o nome de um animal (ex. gato), bate palmas e todos imitar
o gato. Não é necessário miar ou andar de quatro, deve-se procurar fazer algo
que o gato faça, procurar suas atitudes. Cada um deve trabalhar individualmente,
sem observar seu colega, cada um é um gato só. Exemplo: cachorro, urso,
galinha, sapo, cobra, garça, etc.
VARIANTE:
Criam-se situações simples, de duração curta. Como exemplo do tema: um
açougueiro que parece um porco, falando com um banqueiro; mulheres fofocando
num cabeleireiro, feito galinhas ou a mulher "serpente venenosa"
jogando sua "rede" para conquistar algo.
e-5) JOGO DOS QUADROS
- A turma é dividida em dois grupos 9um representando e outro assistindo)
e, com um material de apoio, que pode ser um banco ou uma mesa firme, ou ainda
outro material que propicie a exploração dos diferentes níveis de altura em
dois pontos da sala ou palco, o grupo realiza uma estátua sem um tema proposto.
em seguida, em câmara lenta, os integrantes, num murmúrio constante, vão-se
encaminhando para outro ponto de apoio, enquanto o dirigente propõe temas.
Exemplo:
- Posando para uma
foto de casamento
- Recreio no hospício
- Testemunhas de um
assalto
- A estátua da
liberdade
- Um grito de agonia
- Anjos celestiais
- Despedida de um
amigo
- Cegos perdidos na
tempestade
Todos irão se
colocando numa melhor posição, sempre dentro do que o tema sugere, e a um sinal
do dirigente se imobilizam. Novamente em câmara lenta volta-se para o outro
ponto, sendo motivados por um novo tema, e assim várias vezes. OBSERVAÇÃO - Nesse exercício pode ser
explorado como tema os quadros de pintores famosos; analisam-se os personagens,
suas expressões, os detalhes do quadro, e depois se representa em forma de
estátua.
Neste jogo é interessante
destacar a importância dos detalhes, um participante trabalhando
displicentemente, junto a companheiros que se expressem intensamente, destoaria
tanto quanto uma tampinha de coca-cola numa obra de Leonardo da Vinci, ou seja,
todos os participantes são muitos importantes, não interessando o número de
participantes.
e-6) MASSA E ESCULTOR
- Formam-se duas fileiras, sendo que uma das fileiras será o escultor e a outra
será a massa. A fileira de escultores monta estátuas com os membros da outra
fileira. Deve-se esclarecer que o escultor para montar a escultura precisa
pegar no corpo da "massa" e que a "massa" deve respeitar a
posição e o gesto que foi implementado pelo "escultor". Ao terminar a
escultura, o orientador pede que as estátuas permaneçam paradas, através do
grito: Stop! E depois avalia conjuntamente com escultores estas estátuas. Após
esta avaliação, inverter os papéis, quem era "massa" passa a ser
"escultor" e vice-versa, e recomeça-se a atividade.
f) PANTOMIMA - É
um exercício como Maria C. Novelly*4
que tem finalidade “Não transformar atores iniciantes em miniaturas de Marcel
Marceau, mas para dotá-los de meios para desenvolver confiança e técnicas de
palco. A visibilidade, gesticulação, expressão, absorção e energia são o que há
de mais importante em pantomima, sendo que atores iniciantes podem se
concentrar totalmente nessas qualidades, sem peso da preocupação com diálogo,
da projeção e do uso de acessórios de mão “e também ' A ênfase dessas
atividades não é dada à precisão da mímica, mas sim à comunicação de uma idéia
e à precisão da mímica, mas sim à comunicação de uma idéia e à prática de
técnicas de palco. Apesar de você poder demonstra as técnicas da mímica (subir
em escada, puxar corda, etc), será quase impossível treinar atores nessa
prática a não ser que você trabalhe com um grupo pequeno, dedicado e
talentoso”.
PROPRIEDADES BÁSICAS
DA BOA PANTOMIMA
Mesmo sem muito
tempo ou treino, você pode ressaltar três propriedades necessárias para
realizar pantomima:
1. consistência:
os objetos representados devem manter o mesmo tamanho. Um volante não pode
diminuir e aumentar; os copos não podem pairar no ar, devem ser colocados em
algum lugar; um cabo de vassoura não é um macarrão escorregadio,
2. resistência
exagerada: se na mímica empurramos uma porta, puxamos uma corda, levantamos uma
mala, apertamos um botão, colhemos uma flor, batemos em uma porta, levantamos
um peso, apertamos um parafuso, pregamos um botão ou representamos uma outra
ação qualquer, a resistência contra o objeto deve ser exagerada e
"maior" do que na vida real. Colher flores pode não exigir esforço
algum, mas na pantomima o ator deve praticar a ação mais definida, mais
pronunciada, maior.
3. expressão e
gestos exagerados: se na mímica apontamos para alguém, choramos, rimos, ficamos
alegres ou tristes, reagimos com espanto, horror ou felicidade, os gestos e
expressões faciais usados devem ser exagerados, tornados maiores, do que na
vida real.*5
FUNDAMENTOS DE UM
HISTÓRIA EM PANTOMIMA
Segundo diz
Maria C. Novelly*6 "Além das
técnicas de mímica, as pantomimas devem - apesar de não nos exercícios iniciais
- contar uma história e manter o interesse do público". Eis aqui alguns
destes fundamentos:
1. Torne a coisa
simples: em pantomima, a seqüência da história deve ser simples, se quisermos
que o público compreenda. O processo de observar uma pantomima bem executada é
gratificante; um enredo complicado simplesmente confunde a ação.
2. Conte uma história:
ao inventar uma seqüência da história, os atores devem pensar em termos de uma
situação inicial (início), as complicações e problemas que surgem da situação
(meio) e a solução para esses problemas (fim).
3. Use a
fantasia: em pantomima, as complicações e as soluções podem ser menos reais,
mais criativas e mais fantasiosas do que aquelas improvisações realísticas ou
em diálogos. É fácil e divertido apresentar, por meio de mímica, uma cena em
uma loja de sapatos em que estes estão, primeiro, muito apertados, depois,
muito largos, muito altos, muito pesados e, por fim, adequados, porém muito
caros, com o comprador finalmente se decidindo a ir embora descalço. (Esta
situação é, logicamente, uma exceção à regra da consistência do objeto em
pantomima.) *7
F-1) TIPOS DE
PANTOMIMAS - Eis aqui alguns dos tipos mais comuns de pantomimas:
f-1.1) PANTOMIMA SOLO
DE IMPROVISO - Esta pantomima tem somente alguns minutos para ser
planejada, o ator faz pantomima de uma atividade simples e a platéia após
assistir à encenação, passa a narrar os detalhes da encenação, adivinhando a
pantomima. Eis alguns exemplos de Pantomima de improviso:
. jogar numa posição
de futebol
. procurar água no
deserto
. passear com um
cachorro
. andar enquanto
dorme
. escrever uma carta,
fechá-la e selá-la
. atirar com uma arma
ou rifle
. trocar um pneu
furado
. escovar os dentes
. preparar a mesa
. molhar o jardim
f-1.2) PANTOMIMA SOLO-
O que difere desta Pantomima para a outra é o tempo de preparação e a
dificuldade dos exercícios que deixaram de ser corriqueiros, há dificuldades
maiores quanto à interpretação. (tempo de preparação - 10 minutos no mínimo)
IDÉIAS PARA
ATIVIDADES PARA A PANTOMIMA
- Ter uma dor de dente
- Ir ao médico
- Invadir uma casa
- Roubar uma loja
- Ver uma nave espacial
- Pintar uma casa
- Estar com o carro quebrado
- Ser seqüestrado
- Assistir a TV
- patinar no gelo
II - IDÉIA ESCOLHIDA
Assistir à TV
III. DEZ IDÉIAS PARA DESENVOLVER A CENA
1. após a escola
2. pegar algo para beber
3. ter que fazer lição de casa
4. olhar o guia da TV
5. ligar a TV
6. mudar de canal
7. assistir entusiasmado
8. derramar refrigerante no livro
9. problemas com a recepção
10.decidir fazer a lição de casa
IV - RESUMO DA CENA
Chego em casa e
começo a fazer a lição de casa. Está chato, então ligo a TV e assisto a um bom
programa. Ouço minha mãe chegar em casa. Desligo o aparelho e começo a fazer a
lição.
V - ACESSÓRIOS
A. Acessórios imaginários: televisão, livros, lápis, guia de
TV.
B. Acessórios de cenário: duas cadeiras, mesa pequena
VI - TÍTULO
"Trabalhando duro"
VII. PLANTA BAIXA
(linha sólida para os
acessórios reais; linha pontilhada para os acessórios imaginários)
f-1.2.1) PANTOMIMA
SOLO COM MÚSICA- Nesta Pantomima,além do tempo de preparação maior, por
causa da dificuldade dos exercícios há a associação com um tema musical. (tempo
de preparação - 40 minutos no mínimo)
CINCO IDÉIAS PARA
MÚSICA
- "Cloudburst" - escalar montanhas
- "Welcome back, Kotter" - professor da escola
- "Quinta Sinfonia de Beethoven" - trocar fraldas
- "Junk Food Junkie" - atacar a geladeira
- “1980”- levantar pesos
II - CANÇÃO ESCOLHIDA
"1980" - levantar pesos
III. DEZ IDÉIAS PARA DESENVOLVER A CENA
1. deixar cair pesos nos dedos dos pés
2. usar pesos de mãos pequenos
3. segurar peso grande com uma mão
4. exercícios de aquecimento
5. dar pulos levantando pesos
6. usar pesos "de extensão"
7. ganhar um prêmio
8. mostrar que sou o máximo
9. escolher um peso
10. cair para trás
IV - INFORMAÇÃO DA CENA
A. Personagem - eu mesmo
B. Localização - sala de musculação
C. Acessórios imaginários - pesos, corda para pular
D. Acessórios de cenário - nenhum
E. Título - "Campeão"
V. PLANTA BAIXA
f-1.3) PANTOMIMA
FANTÁSTICA EM DUETO - Dois alunos encenam pantomimas que tendem ao
fantástico, ao inusitado, ao inacreditável.
I - IDÉIAS PARA
SITUAÇÕES NORMAIS COM DOIS PERSONAGENS E UMA MUDANÇA FANTÁSTICA (cinco por
pessoa)
1. dois jardineiros plantam uma árvore; ela brota e cresce
imediatamente;
2. caixa de banco e ladrão: dinheiro é falsificado;
3. babá e bebê; chupeta não sai da boca do bebê;
4. senhora e chofer; o carro anda por si só - voa, navega;
5. dois lenhadores: ao cortar uma árvore percebem que é de
borracha e se dobra;
6. piloto e co-piloto: asas caem do avião;
7. adolescente: assiste à TV e o personagem sai do aparelho;
8. homem e macaco no zoológico: o homem observa o macaco,
entra na jaula e trocam de roupas;
9. dois pizzaiolos fazem pizzas, jogando-as para cima e elas
não voltam;
10. dois adolescentes andam na montanha russa: ela se
desmancha.
II. IDÉIA ESCOLHIDA
babá e chupeta
III. IDÉIAS PARA DESENVOLVER A CENA
(acontecimentos e
detalhes que podem ocorrer na cena; cinco por pessoa).
1. despedir-se dos pais
2. bebê começa a chorar
3. babá tenta algum alimento ao bebê
4. o bebê recusa-se a comer
5. bebê joga comida no chão
6. babá dá brinquedos ao bebê; ele os joga longe
7. a babá enfia a chupeta na boca do bebê
8. a chupeta fica entalada
9. babá tenta tirar com pé de cabra, cordão, alicates
10. bebê engole a chupeta
IV. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
Babá chega, encontra
o bebê, despede-se dos pais. A babá inicia o serviço de casa e o bebê começa a
chorar. Comida e brinquedos não ajudam. Por fim a babá dá uma chupeta para o
bebê. O bebê pára de chorar e vai dormir. a babá tenta tirar a chupeta, mas ela
não sai. O bebê acorda, olhos escancarados. A babá força a chupeta com uma faca
- sem sorte. Bebê engole a chupeta e começa a chorar novamente.
V. ACESSÓRIOS IMAGINÁRIOS
chupeta, porta, comida, colher, prato, brinquedos, faca
VI. TÍTULO
"O bebê quieto"
f-1.4) PANTOMIMA EM
GRUPO - Nestas pantomimas deve haver um trabalho em grupo, cerca de quatro
a cinco pessoas, onde cada pessoa constitue parte de um animal, de um aparelho
doméstico, de um veículo, ou são pessoas reais ou imaginárias de uma cena de espelho.
É um exercício mais difícil, porque deve haver cooperação do grupo todo, já que
todos devem realizar bem sua parte, afinal desta atuação excelente depende a
atuação dos colegas. As principais pantomimas em grupo são:
f-1.4.1) PANTOMIMA EM
GRUPO - ESPELHO - Nesta pantomima, dois alunos são as pessoas reais da cena
e outras duas são suas imagens. Este exercício se difere do exercício de
espelho do jogos dramáticos, porque na pantomima se deve contar uma história, e
no outro não.
I - IDÉIAS PARA PANTOMIMA
COM ESPELHO (duas por pessoa)
1. barbeiro e cliente;
2. esteticista e cliente;
3. dois garotos limpando espelhos em casa;
4. cliente experimentando chapéus e vendedor;
5. cliente experimentando casacos e vendedor;
6. estrelas do rock se maquiando;
7. estrelas de cinema sendo maquiada como monstro;
8. estudante e professor de balé na barra.
II. IDÉIA ESCOLHIDA
Bette e Amy - professor e estudante / Kate e Robin - imagens
no espelho
III. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
O professor está se
aquecendo. A estudante entra. O professor demonstra passos de balé e a
estudante os repete
f-1.4.2) PANTOMIMA EM
GRUPO - FOCO - Nesta pantomima há a preocupação de se olhar e como se olhar
para algo ou alguém.
I - IDÉIAS DE COISAS
PARA SE OLHAR (três por pessoa)
1. espaçonave aterrissando;
2. feiticeira voando;
3. pássaros;
4. jogando tênis;
5. lançamento de dardo;
6. tubarão nadando nas proximidades;
7. desastre de avião;
8. rinoceronte atacando;
9. amigo saindo do avião;
10. Amigo indo embora de carro;
11. filme desgastado;
12. estrela cadente;
13. arco-íris;
14. caronistas vendo carros passar;
15. esperando ônibus;
16. árvore caindo.
II. IDÉIA ESCOLHIDA
Dizendo adeus e vendo o amigo ir embora
III. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
Apertamos as mãos do
amigo imaginário, colocamos as bagagens no carro, abrimos a porta, observamos o
amigo dar a partida e ir embora, enquanto acenamos.
V. FOCO IMAGINÁRIO
O carro será o
calendário da parede.
f-1.4.3) PANTOMIMA EM
GRUPO - EM UM VEÍCULO - Nesta pantomima, os alunos se comportam como se
estivessem dentro de um veículo. Devem, portanto, chacoalhar e balançar tal
qual o veículo e deve haver também todos os barulhos pertinentes a este
veículo.
I - IDÉIAS PARA VEÍCULOS (duas a três por
pessoa)
1.planador
2.elefante;
3. ônibus;
4.avião;
5.carroça coberta;
6.trem ;
7.limusine;
8.submarino;
9.barco;
|
10.tapete voador;
11.barco e remo;
12.carro de polícia;
13.teleférico;
14.balão;
15.metrô;
16.riquixá
17.diligência
18.tanque
|
II. IDÉIA ESCOLHIDA
diligência
III. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
Um condutor ajuda os
três passageiros a subir na diligência, enquanto outro acomoda as bagagens e
afaga os cavalos. Os condutores sobem na parte anterior e partem. Somos
atacados por índios e morremos
V. ACESSÓRIOS IMAGINÁRIOS
chapéus, chicote,
bagagem, arma, lenço
f-1.4.4) PANTOMIMA EM
GRUPO - SER UM VEÍCULO - É uma pantomima em que cada um dos quatro
elementos, forma uma parte deste veículo. Não se deve esquecer do barulho
pertinente ao veículo apresentado e uma das pessoas pode vir a ser a pessoa que
controla (o motorista, o piloto, o maquinista) o tal veículo.
I - IDÉIAS PARA VEÍCULOS (três por pessoa)
1. moto
2.caminhão basculante;
3.ônibus;
4.avião;
5.disco voador;
6.trem ;
7.helicóptero;
8.trator;
|
9.barco;
10. betoneira;
11.carro de batida;
12.carro de corrida;
13.escavadeira;
14.bicicleta;
15.metrô;
16.avião de caça.
|
II. IDÉIA ESCOLHIDA
helicóptero
III. PAPÉIS
dois atores: cabine e hélice
um ator: hélice detrás
dois atores: fuselagem e efeitos sonoros
IV. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
O helicóptero está
parado. As portas se abrem para os passageiros. O helicóptero decola, voa e
aterrissa. As portas se abrem novamente para os passageiros saírem.
f-1.4.5) PANTOMIMA EM
GRUPO - SER UM APARELHO DOMÉSTICO - É uma pantomima em que cada um dos
quatro elementos, forma uma parte deste aparelho doméstico. Não se deve
esquecer do barulho pertinente ao aparelho doméstico apresentado e uma das
pessoas pode vir a ser a pessoa que controla (o jardineiro, o cozinheiro ou a
cozinheira, um homem ou uma mulher ao despertar, um jovem ou uma jovem ao
telefone, etc) o tal aparelho doméstico.
I - IDÉIAS PARA APARELHOS (duas a três por
pessoa)
1.torradeira
2.máquina de costura
3. secadora
4.aspirador de pó
5.lavadora de roupas
6.aparelho de som
7.abridor de latas
8.escova de dentes elétrica
|
9.despertador
10.lavadora de pratos
11.cortador de grama
12.televisão
13.liquidificador
14.máquina de escrever
15.secador de cabelos 16.telefone
|
II. IDÉIA ESCOLHIDA
máquina de costura
III. PAPÉIS
um ator: agulha
dois atores: parte da frente da máquina
dois atores: parte de trás da máquina
IV. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
A máquina começa a
funcionar. Costura em linha reta, faz então zigue-zague; acelera e pára, porque
a agulha quebrou.
f-1.4.6) PANTOMIMA EM
GRUPO - SER UM ANIMAL - É uma pantomima em que cada um dos quatro
elementos, forma uma parte deste animal. Não se deve esquecer dos coachos,
zurros, miados, latidos, e outras linguagens animais pertinentes ao seu animal
representado e peculiaridades deste, quanto aos gestos, andares e olhares, etc.
I - IDÉIAS PARA ANIMAIS (duas a três por
pessoa)
1.elefante
2.cachorro
3. gato
4.ameba
5. pulga
6.águia
7.camelo
8.tubarão
|
9. cobra
10.dragão
11.borboleta
12.hipopótamo
13.sapo
14.tartaruga
15.coelho
16.galinha
|
II. IDÉIA ESCOLHIDA
camelo
III. PAPÉIS
dois atores: a corcova e o meio
um ator: cabeça e pescoço
quatro atores: pernas e rabo
IV. RESUMO DA AÇÃO
(três a quatro frases)
O camelo está
abaixado, dormindo. Levanta, primeiro, as pernas detrás. Bebe bastante água e
inicia uma jornada.* 8
g) IMPROVISAÇÕES
- Após algumas sessões de pantomimas, iniciam-se os exercícios de improvisações
que tendem a ser emocionantes e criativos, porque trabalham com a intuição, com
astúcia e preparam o aluno para motivações de vertigem (fazendo com que o aluno
tenha reação ao comando de voz, aos gestos ou qualquer outra deixa visual e
sonora sem que o ator pense naquilo que esteja fazendo) ou como diz na apostila
da APEOESP, CENP e Grupo PERSONA.”Por
Improvisação chamamos a todo um conjunto de exercícios que tem por finalidade
desenvolver a espontaneidade e a criatividade" *9 e diz ainda que "Pode ser ainda a metodologia a seguir para
a montagem de exercícios dramáticos e peças curtas, com a finalidade de não ser
se fixar na decoração de textos, o que poderia trazer como conseqüência a
transformação do jogo numa obrigação, tirando-lhes o prazer da inovação e da
descoberta, o que contraria o espírito fantástico da criança, de transferir
para todas as suas atividades o imaginário que vive na sua fantasia” *10
TIPOS DE IMPROVISAÇÕES
Há inúmeras
possibilidades de improvisações através de textos jornalísticos, de histórias
infantis, de histórias em quadrinhos, a partir de temas propostos, a partir de
estátuas, a partir de início de histórias ou qualquer outra coisa deste gênero
inventada pelo professor. Eis aqui alguns exemplos de Improvisações:
g-1) Congele e Vá -
Encenação - dois atores vão ao palco. O líder ou outro ator os
"congela" em posição de ação. Os dois atores permanecem congelados
por cinco segundos e começam então a representar uma cena até sua conclusão. As
posições retratando conflito ou atividades, níveis de atitudes completamente
diferentes são as que iniciam as cenas mais interessantes.
Variação - são
fornecidos aos atores idades e tipos de personagens diferentes antes do início
da cena*11;
g-2) Cena de
Continuação - Encenação - um ator vai ao palco e organiza os objetos
disponíveis (por exemplo, três cadeiras) para compor o cenário. Senta-se ou
fica em pé em uma posição neutra. Um segundo ator entra e começa a cena
totalmente improvisada. O primeiro ator deve reagir e representar de acordo.
Após a cena ter sido representada durante algum tempo, entra um terceiro ator
reagindo e acrescentando a ação ao palco. Logo após, o primeiro ator deve
encontrar um meio lógico de abandonar a cena, deixando o segundo e o terceiro
atores no palco. Estes dois continuam, entra um quarto ator; sai o segundo.
Esse processo continua até o último ator ir ao palco. A cena então deve ser
concluída.
Variação - siga o
mesmo procedimento, com exceção de que o primeiro ator põe a cena em movimento,
em vez de se manter neutro*12;
g-3) Teatro com
Jornal - Dividir a classe em grupos de
5, 6 ou 7 participantes, e cada
grupo pega um jornal diferente. Previamente já deve ter explicado a estrutura
de um jornal, como encontrar as reportagens, os temas, os editoriais, etc. O
grupo começa a trabalhar com o jornal marcando as notícias que mais lhe chamam
atenção, discutem e escolhem uma para ser encenada.
Em relação à
encenação deixamos essas possibilidades para o grupo: Encenação do passado,
presente e futuro da notícia. Ex. Trombadinha é morto num assalto. Passado:
a vida dele com a família,
problemas de marginalidade, etc.
Presente: o assalto e a morte. Futuro: o problema familiar, os irmãos, a
violência na cidade, sua causa, etc; B) Encenação da notícia de maneira mais
realista; C) Adoção de um estilo: sátira, humor negro, tragédia ou comédia.
Após a
encenação, o grupo abre um debate com os outros grupos, lendo a notícia em voz
alta.*13
Variação 1 - Os
atores podem desenvolver o final da notícia não como este ocorreu, mas como
deveria ter ocorrido;
Variação 2 - Ao
invés de usar uma notícia de jornal pode ser usada uma notícia de uma outra
mídia (de uma revista, de rádio, de televisão), ou ainda pode ser usado outro
tipo de gênero (conto de fadas, fábula, poesia, crônica ou qualquer outro
similar)*14;
g-4) Criação Coletiva
- As criações coletivas podem ter as mais diversas origens e movimentações,
podem acontecer a partir de uma idéia, individual ou grupal, a partir de um
texto ou uma música. O mais importante é construção de um roteiro de trabalho,
que não representa outra coisa senão a sucessão de situações e acontecimentos,
no tempo e no espaço. Fazer com que nossos alunos decorem textos pode resultar
numa obrigação, e não num jogo, e a espontaneidade dá espaço ao
exibicionismo...
Nos adolescentes, o
texto chegará como conseqüência do desenvolvimento do grupo, surgindo o momento
em que eles solicitarão. Já os mais novos precisam de ajuda do coordenador na
construção da dramatização, e as motivações poderão ser variadas. Por ex. o
bater de um pandeiro poderá lembrar a marcha de um trem, "Como anda o
trem?" "Qual o som do trem?" Essa criação seria o começo de uma
criação coletiva.
CITAÇÕES
*1- Exercícios estes tirados basicamente de dois
lugares "Jogos Teatrais -
exercícios para grupos e sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994-
Coleção Ágere e "Teatro como
instrumento de Educação - um roteiro de trabalho para o professor - Apeoesp,
CENP, Grupo Persona"- junho de 1986.
*2 - in
"Teatro como instrumento de Educação - um roteiro de trabalho para o
professor - Apeoesp, CENP, Grupo Persona" - pág.19- junho de 1986.
*3 – uma análise pessoal do trecho sobre jogos
dramáticos, teatro instantâneo e improvisação in "Teatro como instrumento de Educação - um
roteiro de trabalho para o professor - Apeoesp, CENP, Grupo Persona" -
pág.19- junho de 1986.
*4 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos e
sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere - pág.
43.
*5 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos e
sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere - pág.
44.
*6 - ibidem a anterior
*7 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos e
sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere - pág.
45.
*8 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos e
sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere - das
paginas 42 a 72 e das páginas 127 a 137.
*9 -in "Teatro como instrumento de Educação - um
roteiro de trabalho para o professor - Apeoesp, CENP, Grupo Persona" -
pág.32- junho de 1986.
*10 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos
e sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere -
pág. 91.
*11 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos
e sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere -
pág. 96.
*12 - in "Jogos Teatrais - exercícios para grupos
e sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus, 1994- Coleção Ágere -
pág. 96.
*13 -in "Teatro como instrumento de Educação - um
roteiro de trabalho para o professor - Apeoesp, CENP, Grupo Persona" -
pág.33- junho de 1986.
*14 - Adaptações minhas - Professor Ulisses Sanches -
do exercício anterior
*15 -in "Teatro como instrumento de Educação - um
roteiro de trabalho para o professor - Apeoesp, CENP, Grupo Persona" -
pág.33- junho de 1986.
BIBLIOGRAFIA
"Jogos Teatrais
- exercícios para grupos e sala de aula", Novelly, Maria C. - ed Papirus,
1994- Coleção Ágere, Campinas, São Paulo
"Teatro como
instrumento de Educação - um roteiro de trabalho para o professor - Apeoesp,
CENP, Grupo Persona" - junho de 1986 – São Paulo – São Paulo.
RECOMENDAÇÕES DE
LIVROS
- Barreto, Leite
Luiza ... Teatro é Cultura... Ed. Brasília – RJ
- Brook Peter ... O
Teatro e o seu espaço. Ed. Vozes – SP
- Bretch, Berthold
... estudo sobre Teatro ... Ed. Nova Fronteira
- Coste, Jean Claude
... La Psicomotricidad ... editorial Huemul
S. A.
- Courtney, Richard
... Jogo, Teatro & Pensamento ... Ed. Perspectiva – SP
- Chalanguler, Claude
e ... A Expressão Corporal ... Ed.
Entrelivros – RJ
- Chancerel, Leon ... El Teatro Y La Juventud
... Cia General Fabril Ed.
- Grotowsky, Jerzy
... hacia un Teatro Pobre ... Siclo Veintuno Ed. México
- Helthmon, Roberto
... El Método Del Actors Studio ... Ed. Fundamentos
- Magaldi, Sabato ...
Iniciação ao Tearo ... Série Fundamentos – Ed. Ática – 1985
- Porcher, Louis ...
Educação Artística Luxo ou Necessidade ? ... Summus Editorial
- Peixoto, Fernando
... O que é Teatro em São Paulo ... Brasiliense Ed. – 1980
- Reverbel, Olga ...
Teatro em Sala de Aula ... José Olympio Ed.
- Spolin, Viola ... Improvisação para o
Teatro ... Ed. Perspectiva
- Stanislavsky,
Constantin ... Um Actor se prepara ... ed. Constância
- Slade, Peter ... O
Jogo Dramático Infantil ... Summus Editorial
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