De onde vem o medo?
Quem nunca teve medo, que atire a primeira pedra. O ser humano é rico em sensações, ruins, boas. Tudo se é permitido, quando se pode sentir. Mas de onde vem aquele frio na barriga, que muitas vezes enfrentado, trás conseqüências boas, e que para alguns o excesso se transforma em pânico, acabando por caracterizar uma situação ruim?
Somos
racionais, mas não podemos esquecer que como todos os animais temos instintos,
e o medo é a resposta ao instinto de perigo, instinto esse que só passa até que
se prove o contrário.
Em entrevista à jornalista Simone de Oliveira, a psicoterapeuta Olga Inês Tessari conta que ele é um fator de proteção contra os perigos e adversidades que as pessoas adquirem ao longo da vida.
Ter medo, segundo ela, é mais normal do que se pensa, mas a partir do momento que ele começa a tomar conta da vida da pessoa a ponto que ela sinta medo, até de sair de casa, é sinal que algo está errado e aí é preciso procurar um profissional. Segundo Olga, o medo tem seu lado positivo e negativo. O positivo é quando ele serve de defesa para qualquer pessoa, mas se torna negativo quando escraviza quem o sente.
O medo pode ocasionar: descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico, etc...
A partir de quando passamos a ter medo?
Segundo Olga Tessari, só há dois medos que nascem com gente, o medo do barulho e o medo de cair. Os outros são adquiridos. A partir de que momento? A partir do momento que é apresentada está palavra para nós. Quem não se lembra de algum fato quando criança, onde a mãe, ou o pai falaram, “não faça isso senão o bicho papão vai te pegar”. A criança não tem medo. Ela só passa a tê-lo quando um adulto coloca em sua cabeça a palavra medo, associada a algo ruim. O medo passa a caracterizar limites, indiretamente ligado a proteção.
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