Origem
do Teatro
O
Teatro nasceu do instinto de imitação, é uma arte tão antiga como a humanidade
e teve seu maior impulso a partir da exaltação aos deuses. No principio eram
festividades que aos poucos foram sendo aperfeiçoadas chegando a seu atual
estágio.
Não é uma invenção grega, espalhada pelo resto do
mundo. Antes mesmo do florescimento do teatro grego, a civilização egípcia
tinha no teatro uma das expressões de sua cultura. Eram representações de
origem religiosa, destinadas a exaltar as principais divindades, principalmente
Osíris e Isis.
Foi no Egito que o Teatro teve seu florescimento
graças à genialidade dos dramaturgos gregos. Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
Para o mundo ocidental a Grécia é considerada o berço do teatro, ainda que a
procedência seja o Egito.
O Teatro grego teve grande impulso quando um autor e
ator chamado Téspis, começou a percorrer as cidades com uma carroça que fazia o
papel de um palco. Foi o primeiro a romper com as tradições da declamação dos
coros, apresentando papéis destacados, como o protagonista.
Para animar o Teatro foram instituídos os concursos
de Tragédias, por Pisistrato em Atenas, e Téspis foi o vencedor do primeiro, no
ano de 534 a.C.
Considerações Gerais
ü
Ser artista: todos somos artistas, a única diferença é que uns
dizem que são e outros não. Durante um dia quantos papéis representamos?
ü
Medo do público: não existe uma fórmula mágica que resolva, o que
existe é um trabalho e algumas técnicas que ajudam a controlar esse medo. Ao
enfrentar um público esteja certo que se preparou da melhor maneira possível, o
resto é criatividade e imaginação.
ü
Teatro arte coletiva: em teatro todos são importantes, todos dependem de
todos para atingir o objetivo geral que é a comunicação com a platéia.
ü
O teatro amador: (cursos) – somente será bem sucedido se for feito
com prazer. È muito importante que você esteja de bem com você e com o grupo.
Caso contrário é parar e repensar a trajetória.
ü
O instrumento de trabalho: é o seu corpo, é a sua voz é a sua criação.
Portanto exercite-se e pratique.
ü
Talento: será que a mãe natureza, no momento de sua concepção lhe reserva o
destino de talentoso ou não talentoso. 90% trabalho – 10% talento.
ü
O bom teatro: é aquele que consegue convencer o público,
transmitir sua mensagem.
ü
Regra número um: todo ator é um grande observador, um acumulador de
tipos e material para seu uso.
ü
Aplicações: saber se comunicar, ter uma boa memória, ser
criativo, ter uma postura corporal são habilidades úteis mesmo fora do palco.
Piores defeitos
de uma apresentação
ü Corrigir-se em cena.
ü Rir com o público.
ü Uso indevido de material, ou
falha destes.
ü Vozes e barulhos atrás das
cortinas.
ü Apagar as luzes antes de
tudo estar pronto.
O
Público
ü
Público ator e autor – deve existir um equilíbrio entre todos para que
a peça não esteja em desarmonia.
ü
O Público não é uma multidão, é uma alma coletiva. Se o público não
participa o ator certamente sentirá.
ü
A participação do público declinou, fenômeno causado pela TV, que faz
do espectador tudo facilitado, não esforço mental, tudo dirigido e conduzido. (
o pé que aparece no canto da tela).
ü
No teatro deve-se tentar envolver a platéia.
Regras de Palco
ü
Esquerda, direita se referem em relação ao público.
ü
Sempre o mais simples é o mais natural.
ü
Todo movimento começa com os olhos, passa pela cabeça e
termina com o corpo.
ü
Segurança no olhar, não ser vago ou ficar olhando para o
chão.
ü
Procurar estar parado quando fala. Não distrair. (talvez
não)
ü
Entra primeiro o ouvinte, só muda se for uma dama que entra
primeiro.
ü
Movimentos vagos e indecisos tiram a força do diálogo.
ü
Quando sair e logo retornar, deve ser pela mesma porta.
ü
Nunca se aproximar demasiadamente, isto dificulta os
movimentos.
ü
Evitar o alinhamento dos atores.
ü
Não encobrir e não ser encoberto.
ü
Ao andar, não dobrar demasiadamente os joelhos, não mover
os ombros, tocar primeiro a ponta dos pés depois o calcanhar.
ü
Não se afastar da iluminação – maior cuidado com os focos.
ü
O comportamento deve corresponder à época da obrar.
ü
As sentar as mulheres devem manter os joelhos colados e os
pés ligeiramentes abertos.
ü
Para cair dobrar primeiro o joelho e cair apoiando a mão.
ü
Ao se abaixar dobrar os joelhos.
ü
Se ficar muito tempo sentado mudar de posição.
ü
Aquele que espera para entrar deve evitar ser visto ou
projetar sombra no palco.
Movimentos em palco
ü
Movimentos despropositados distraem a atenção da platéia.
ü
Movimentos Fundamentais – são aqueles que a peça exige, entradas e
saídas, tiros, escrever uma carta, devem acontecer no instante preciso.
ü
Movimentos secundários – complementos das palavras, mover-se de acordo
com o personagem, assimilar emoções, não distrair.
Movimentos
de braços
ü
Os braços devem ser esquecidos s só usar quando necessário.
ü
Poucos gestos, mais significativos.
ü
Evitar movimentos supérfluos.
ü
Evitar permanecer com os cotovelos colados ao corpo.
ü
Evitar mover os braços juntos e iguais – simetria.
ü
Não repetir os movimentos.
ü
Encobrir-se com o próprio braço, use o lado do palco não da platéia.
Uso
de adereços
ü
Os objetos não devem servir para o ator como um salva-vidas, os mesmos
devem ter sua função específica de cena.
ü
Os usos de utensílios devem ser ensaiados com exatidão, o comer, o
beber, o fumar.
ü
A precipitação em cena causa muitas vezes efeitos desagradáveis.
ü
Antes de iniciar o espetáculo verifique se todos os objetos estão em
seus devidos lugares e verifique se estão funcionando.
O Ator
ü Para que haja
teatro são necessárias duas pessoas: um ator e um espectador.
ü O ator é um
homem que quer se exibir.
ü O ator não pode
estar em dois locais ao mesmo tempo. O pintor pode estar em vários locais com
sua obra.
ü O ator de teatro
sente a falta do contato direto com seu público.
ü O ator fica
sozinho no palco depende de seus próprios recursos.
ü Seu corpo é um
meio de comunicação.
ü O talento não é
o suficiente para que o ator apareça em cena e interprete um papel.
ü O ator necessita
de uma técnica e um treinamento, não pode depender da inspiração, tem hora
marcada para estar no palco.
Regulamentação
da profissão: Lei 6.533 de 24.05.78 Decreto n0 82.385 de 05.10.78
A profissão de ator é regulamentada em nível de 2º grau - em Curitiba
existe no Co1égio Estadual do Paraná que oferece o curso profissionalizante de
ator. A FAP oferece curso mais para formação de professores.
Definições
ü Cria, interpreta,
representam uma ação dramática baseando-se em textos estímulos visuais, sonoros
ou outros, previamente concebidos por um autor ou criados através de
improvisações individuais ou coletivas, utiliza-se de recursos vocais,
corporais e emocionais, aprendidos ou intuídos, com o objetivo de transmitir ao
espectador o conjunto de idéias e ações dramáticas propostas, ensaiadas,
buscando aliar a sua criatividade a do diretor.
ü Aquele que interpreta um texto em público.
ü Representa em público o que o autor criou.
ü A minha definição – Cabeça, corpo e voz.
Ø Cabeça –
para criar os personagens, enfrentar as situações inesperadas de palco,
imaginar, criar, observar, agilidade mental.
Ø Corpo – é
preciso de um corpo preparado para representar os mais diversos tipos de
personagens, saber que em teatro a linguagem corporal é muito importante.
Ø Voz – o ator
deve ser entendido por todos que estão na platéia. Uma boa voz é fruto de
treinamento.
O ator no
palco
ü
Comedimento nos gestos - a atuação um ator que se perde num emaranhado
e na multiplicidade de gestos em muito se assemelha a uma folha cheia de
borrões. O uso excessivo de gestos dilui um papel.
ü Não depender da
inspiração
- outros artistas, o pintor, escultor, poeta podem criar sempre que estejam sob
a influencia da inspiração. O ator é obrigado a evocar a inspiração no momento
exato em que deve entrar em cena. Nossa arte não pode depender do acaso,
esperar o santo baixar, a boa interpretação é fruto de um bom trabalho,
partindo da análise do texto, criação do personagem e muito ensaio.
ü Expressão
corporal -
em geral as pessoas não sabem como utilizar a estrutura física com que foram
dotados pela natureza. Não sabem como desenvo1ve-1a, nem como manter o corpo em
sua plenitude. No nosso cotidiano talvez não seja importante ter um corpo bem
preparado, mas ao subir no palco muitas imperfeições atraem imediatamente a
atenção do público. O treino expressivo do corpo inclui ginástico, dança,
acrobacia, esgrima, postura. É preciso um perfeito controle do seu corpo.
ü O rosto - as expressões faciais são
provocadas de forma espontânea e natural, sendo decorrência da intuição e dos
sentimentos interiores. Sua eficácia pode ser aumentada através do exercício e
do desenvolvimento da flexibilidade dos músculos faciais.
ü Voz - o trabalho de colocação de
voz consiste basicamente no desenvolvimento da respiração e na vibração das
cordas vocais. É importante que o ator saiba trabalhar num tom médio que não
prejudique a suas cordas vocais.
Linguagens do
Teatro
Em Teatro tudo é linguagem,
as palavras, os gestos, tudo serve para exprimir, para significar, para
comunicar ao público a mensagem do autor/diretor.
A Fala
ü Não esquecer a entonação e
ondulação da voz.
ü Não usar a voz ao seu
extremo.
ü Uma boa voz é proveniente de
uma boa respiração.
ü A fala da vida a palavra o
autor.
ü Evite o mesmo tom. Ser
monocórdio cansa a platéia.
O gesto
ü É toda atitude corporal.
ü O gesto só é dramático na
medida que vem do interior do personagem.
O Movimento
ü Movimentos despropositados
distraem a atenção do público.
ü Movimentos fundamentais são
aqueles que devem acontecer, tais como: um tiro, entradas e saídas, escrever
uma carta. Devem acontecer no momento exato.
ü Movimentos secundários são
aqueles que preparam os movimentos fundamentais.
ü Todo movimento deve ter um
objetivo. Pegar uma caneta – escrever uma carta.
Mímica facial
ü A linguagem fisionômica, as
expressões assumidas pelo rosto.
ü Dependem muito do tamanho do
teatro. Muito longe do público se perdem.
ü A iluminação é importante
que ilumine o rosto do ator.
A caracterização
ü Procurar valorizar o rosto
do ator.
ü Uma maquiagem clara aumenta
o rosto, aproxima o público.
ü Tons escuros produzem o
efeito de aprofundamento.
ü A maquiagem do palco deve
ser mais forte que a normal. Exagero.
ü Saiba qual a luz utilizada.
O penteado
ü Deve contribuir para indicar
os gostos do personagem.
ü Indicar a idade.
ü Indicar a classe social e o
local em que vive o personagem.
ü Indicar estados
psicológicos.
Adereços
ü Os adereços matem estreitas
relações com o ator que as usa.
ü Bengalas, cachimbos, pentes,
etc.
Iluminação
ü A principal finalidade é
iluminar o ator.
ü A deverá vir de cima para
evitar sombras nos cenários.
ü Deverá cria o ambiente da
peça.
ü Apagar lentamente a luz da
platéia e dar um tempo para começar o espetáculo.
A música e os
sons
ü Servem para realçar uma
situação ou um estado psicológico.
ü Definir ambientes e criar
atmosferas
ü Pode sublinhar as relações
entre os personagens.
Cenários
ü Orienta o público o local
onde o ator está.
ü O colorido do cenário define
o clima da peça.
ü Grandes relógios, tochas,
animais vivos distraem a atenção do público.
ü Procurar eliminar os
excessos de mudanças de cenários.
ü Devem ser fácil mudança,
transporte e armazenagem.
ü Não esquecer a marcação do
local dos cenários, pois toda a luz será afinada em função do cenário.
Indumentária
ü Abrange todos os objetos que
revestem o ator.
ü Evitar o excesso de
realismo.
ü Trabalhar com o simbolismo
de cores.
ü Treinar as roupas, torças e
uso.
ü Não ter absoluta certeza que
não atrapalham.
Interpretação
A interpretação é uma arte na qual o ator usa a si mesmo,
seu corpo sua voz, como instrumento de expressão. O ator toma de um texto um
personagem e os comentários do autor sobre esse personagem. A imaginação do
autor somada a sua técnica e ao seu trabalho de criação.
Não se interpreta um personagem sem um trabalho minucioso
de criação, um trabalho precipitado sobre o texto lança o ator num espaço sem
referencias, conseqüentemente sua interpretação será em cima de gestos e falas
sem emoções.
Para interpretar um personagem não basta apenas decorar o texto. O
personagem necessita de uma história para sobreviver no palco, ele é
constituído de um presente, um passado e de um futuro. Relaciona-se com outros,
têm sentimentos, recordações, saudades, medos e alegrias. É criado pelo autor
no texto e recriado pelo ator no palco.
Não
existem fórmulas prontas para interpretação e criação do personagem, para saber
como se tornar um grande ator ou representar este ou aquele papel. Muitos são
os passos necessários para se chegar em cena com um verdadeiro estado criador.
Personagem
O Processo de criação e suas diferentes formas
ü Cada um tem a sua forma
ü Um e frio e detalhista.
ü Outro usa o subconsciente e intuição
ü O texto defeituoso e preciso ser mais trabalhado
ü Segurança no texto, conhecer os personagens e seus
relacionamentos.
ü O ator não sofre com o personagem. (caso do choro)
ü Stanilavski - as ações só tem valor se estimuladas
interiormente.
ü Agir como se fosse a situação.
ü Circunstancias propostas.
ü Desenvolver a capacidade de observação, a fantasia, a
imaginação.
ü O ator deve saber o que esta fazendo, não improvisar
ou depender da inspiração.
ü Se entregar ao papel e ir
além e dominar o resultado seria bom.
Estágios do
personagem
ü Na primeira leitura ficar com as primeiras impressões,
como se fosse o publico.
ü O ator não deve aprender seu papel nos ensaios.
ü Por falta de memorização não mudar o texto
ü (cada um tem seu método de
memorização. Fotográfica – auditiva – primeiras palavra.
ü Toda apresentação deve ter
algo de novo. Não cair na rotina.
Como definir um caráter teatral
ü Corpo - Qual
aspecto físico? Qual a cor dos cabelos? Seu número de sapato? Seu andar? Seu
estado de saúde?...
ü Social - A
que classe pertence? Sua vida familiar? Seus recursos econômicos? Credo
religioso? Estudos? Interesses? Trabalho?
ü Psicológico
– Seu temperamento? Como se comunica? Extrovertido? Seus amigos? Reações
calmas, violentas? Tem ambições?
Não
importa fazer uma análise clínica, mas sim fornecer subsídios para o personagem
sobreviver no palco. Reagir e não ficar apenas numa faceta do personagem.
Caracterização e
desenvolvimento de personagem
ü Só o essencial, característico, representativo, não
sobrecarregar o personagem.
ü Economia no gesto e no tom, saber dosar o personagem.
ü Valorizar os pequenos papéis podem ser muito complexo.
ü Toda entrada e saída devem ser lógicas, com uma
finalidade.
ü Onde a autora falha cabe ao ator saber preencher estas
falhas.
ü Não existe um personagem totalmente bom ou totalmente
mal.
O personagem nunca é igual
do começo ao fim, ele se modifica conforme a ação.
Método Stanilavski
Constantin Stanislavski -(l863-l938) - durante seu
trabalho no teatro de Arte de Moscou desenvolveu um método de interpretação.
Escreveu três livros - A Construção do Personagem, Preparação do Ator e Minha
vida na Arte. Em linguagens simples e acessíveis são leituras obrigatórias por
todos que se interessam pela arte do teatro, eis um pouco de seu método:
ü Todo personagem parte de uma Situação Proposta pelo
autor. Procure descobrir a partir do texto todos os elementos que constituem o
meu personagem.
ü Em seguida faça as perguntas. Quem? Quando? Onde?
Como? - respondendo a estas perguntas daremos ao personagem material para
que ele esteja no palco com um conteúdo interno e externo.
ü Visualização,
no palco tudo é simbologia, veja o ambiente como se fosse real, veja os detalhes,
sinta o ambiente.
ü Fé cênica -
acredite naquilo que esta fazendo. Um pedaço de madeira é uma criança, uma
situação irreal deve ser como se fosse real. Pois só assim também o público vai
acreditar
ü Quando tiver alguma duvida sobre o sentimento, o comportamento,
a atitude do personagem pergunte a você mesmo. Se eu fosse - ele como
iria. Reagir, o que faria.
ü Em momento algum o ator deve se desligar da cena,
mesmo que ele não fale ou participe da cena. Para que isto se torne mais fácil
ele deve ficar conversando consigo mesmo – Monólogo interior - também
pode ser chamado de Sub-texto, é o ator descobrir as entrelinhas do
texto.
ü Ação exterior –
deve acontecer naturalmente, se seguirmos todos os itens anteriores a isto
chamamos de interpretação de um personagem.
ü Ao subir no palco não chore por chorar. Chore porque
teu personagem sofre, ou sofreu, ou sofrera. Lembre do banho de água fria, de
um momento que você chorou. De sentimentos para o personagem, não fale por
falar, interprete.
Estágios da
Ação
ü A ação é lógica - ao fazer uma cena veja se está'
sendo lógico. Veja os mínimos detalhes, não procure simplificar uma cena.
ü A ação é contínua – o nosso
hoje é apenas o resultado do momento de ontem em direção do amanhã. O personagem veio de um lugar e vai e vai para
outro.
ü Ação posterior e anterior, cuidar com as entradas e
saídas do personagem.
Interpretação
verbal do papel
ü Procurar o correto
pronunciar das palavras.
ü Reticências... meio da frase
suspense, final da frase um corte brusco.
ü Definem a entonação da
frase: o próprio sentido da frase, o caráter do personagem e as circunstancias
que se encontram os personagens.
ü Evitar o tom único. O
personagem não é o mesmo do começo ao final da peça.
ü
Finalidade – dar vida à palavra do dramaturgo.
ü
O ator não deve seguir a pontuação do texto:
ü
A virgula nem sempre é uma pausa.
ü
Não existe a marcação das pausas.
ü
O ponto não deve ser uma baixa do tom da voz.
ü
Falta com freqüência o ponto.
ü
Os cortes devem acontecer no momento exato, isto não significa
violentar a frase e nem pisar na anterior (buracos e brancos).
ü
Cuidar com o final das frases.
ü
Faltam os sinais de interrogação e exclamação.
ü
Não devemos forçar a voz, trabalhar no seu limite, estar tenso.
Fatores que definem a entonação
ü
O próprio sentido da frase.
ü
O caráter do personagem que a pronuncia.
ü
As circunstancias em que se encontram os personagens.
ü
Além de interpretar as idéias do dramaturgo terá que seguir
as orientações do diretor.
Interpretação
plástica do papel
ü Sempre o mais simples é o
mais natural e fácil de se executar.
ü Segurança no olhar, não
olhar vago ou somente para o chão.
ü Procurar estar parado quando
fala, os movimentos podem distrair.
ü Nunca se aproxime
demasiadamente do outro, isto dificulta os movimentos.
ü Ensaiar o uso dos materiais
de palco, conferir antes de começar.
ü Evitar o alinhamento de
atores no palco.
ü Não encobrir e não ser
encoberto por outros atores.
ü Reagir depois de ouvir ou
ver.
ü Aquele que espera para
entrar não deve ser visto pelo público.
ü Não se afastar da
iluminação. Cuidar principalmente com os focos.
ü Cuidar com as entradas e
saídas.
Personagem histórica e seus problemas de criação
ü
Pesquisa não é tudo.
ü
Figuras conhecidas devem ser elaboradas com muito cuidado e pesquisas,
para que o público gosto.
ü
É necessário saber o que se passa na época, os costumes, moral, moda,
etc...
ü
Existem diretores que atualizam o texto.
A comédia e os seus problemas de representação
ü
Toda comédia é um tema sério que deve ser tomado pelo lado do humor.
ü
Atuação deve ser realista, desprovida de ênfase.
ü
As frases engenhosas devem ser ditas sem vacilação.
ü
A repetição de palavras sempre é cômica.
ü
O tempo de uma comedia é mais ligeiro. O ator deve saber acelerar ou
retardar o ritmo.
ü
O personagem tanto mais sério, mais cômico será.
ü
O ator deve saber respeitar o riso do público, não interromper este
riso. Retomar a fala quando o riso se abrande.
ü
Existe o risco do ator se animar com o riso e exagerar.
ü
A comicidade não necessita de palavras.
ü
Exige muita disciplina e ensaio, as improvisações demasiadas podem ser
perigosas.
ü
Este tipo de teatro exige muito ensaio, é necessário saber prever a
reação do público.
ü
Grande trabalho para caracterização e trabalho de corpo.
O drama e os seus problemas
ü
A atuação com ênfase contida – isto não significa que seja uma coisa
fria e sem vida.
ü
Uma grande tensão dramática se oculta por baixo de um dialogo
aparentemente ocasional.
Quem é quem
ü Assistente de
Direção -
auxilia e assiste o diretor em todas as suas atribuições. Nos ensaios; na
ausência do diretor pode assumir a função.
ü Camareira – encarrega-se da conservação das peças de vestuário
utilizadas no espetáculo, organiza o guarda-roupa, auxilia os atores a
vestirem-se.
ü Cenógrafo – cria, projeta,
supervisiona, de acordo com o espírito da obra, dirige a preparação, montagem,
desmontagem e remontagem das diversas unidades do trabalho.
ü Cenotécnico - planeja, coordena,
constrói, adapta e executa todos os detalhes de material, serviços e montagem
dos cenários, seguindo maquetes e plantas fornecidas pelo cenógrafo.
ü Contra-regra - executa tarefas de colocação dos objetos em cena e
decoração dos cenários, guarda-os em locais próprios, cuida de sua manutenção,
é encarregado pelos efeitos e ruídos na caixa do teatro, segundo as exigências
do espetáculo.
ü Coreógrafo - cria obras coreográficas, movimentações
cênicas, utilizando-se dos recursos humanos, técnicos e artísticos
utilizando-se das músicas, do texto ou de qualquer outro estímulo.
ü Diretor - cria elabora e coordena a
encenação do espetáculo a partir de uma idéia, texto ou roteiro, ou qualquer
outro estímulo. Define com os outros elementos da equipe quais as melhores
soluções para o espetáculo, preservando assim a unidade do mesmo.
ü Diretor de cena – encarrega-se da disciplina e andamento do
espetáculo durante os ensaios e apresentações, faz cumprir as normas e horários
para o bom andamento do trabalho.
ü Figurante - participa, individual ou coletivamente, de espetáculo como
complementação de cena.
ü Figurinista – cria e projeta os trajes e complementos usados nos
espetáculos, indica os materiais a serem usados.
ü Iluminador - cria e projeta a
iluminação do espetáculo em consenso com a equipe de criação, indica o
equipamento necessário, elabora o plano geral de iluminação, cuida da afinação
dos equipamentos, prepara um roteiro para o operador da mesa.
ü Sonoplasta - elabora o fundo musical ou
efeitos sonoros especiais, ao vivo ou gravados, selecionando músicas, efeitos
adequados ao texto e de comum acordo com a equipe de criação.
Temos estas e muitas outras funções dentro de um espetáculo, o ideal seria
poder trabalhar com tolos estes profissionais, mas por questões financeiras e por falta de pessoas capacitadas muitas vezes, e na
maioria das vezes dentro do teatro amador quem assume estas funções é o próprio
grupo.
Termos Teatrais
ü
Acessórios – aquilo que é suplementar, adicional,
complementação dos cenários, exemplos: cubos, quadros, placas.
ü Adereços – enfeite, adorno, objeto
de uso pessoal, leque, jóias, óculos, armas.
ü
Afinação – ato de aprimorar. Operação de ajuste de qualquer
peça do cenário, ou do equipamento de iluminação. É bom marcar no piso com uma
fita onde cada objeto vai ficar no palco.
ü Antagonista - principal opositor do
protagonista.
ü
Arena - tipo de teatro em que a área, de representação fica cercada pelo
público.
ü
Ato - a maior subdivisão de uma peça. Uma convenção de uma interrupção do
espetáculo.
ü Balcão - parte elevada localizada
acima dos camarotes. Lugar da classe média.
ü
Bambolina - tira de pano que atravessa o palco. Servem para
esconder o urdimento e varas de iluminação.
ü
Bastidor - ficam nas laterais do palco e servem para
regula-lo.
ü
Bife – gíria – significa um texto longo a ser enunciado por um único ator.
ü
Boca de cena – moldura formada pelo regulador mestre conjugada
pela bambolina mestre.
ü
Branco – gíria – significa um lapso de memória, um
esquecimento.
ü
Caco – gíria - pequena improvisação verbal feita pelo ator durante o
espetáculo.
ü
Camarim - local onde os atores se preparam para o
espetáculo.
ü
Camarote - pequeno compartimento em torno da platéia. Para
classe rica e autoridades.
ü
Canastrão - tipo de ator que interpreta na base de truques,
de gesticulação e inflexões.
ü
Cena – etapas que subdividem a ação de uma peça.
ü
Ciclorama – fundo curvo. Geralmente pintado de cor clara,
sobre o qual são projetadas tonalidades de luzes que possibilitam a criação de
efeitos. Podem ser fixos ou móveis.
ü
Cortina de ferro - placas de ferro que isolam o palco da platéia.
ü
Coxias - localizada nas laterais do palco. Servem para
entradas e saídas dos personagens.
(bastidores)
ü
Deixa -indicação visual ou sonora que permite ao ator identificar o momento
de entrar, falar, ou agir.
ü
Ensaio - fase de preparação do espetáculo. Treinamento.
ü
Espetáculo - representação teatral. Peça.
ü
Fala - parte do diálogo de cada um dos personagens.
ü
Gambiarra - seqüência de luzes coloridas enfileiradas numa
calha suspensa acima do palco.
ü
Indumentária - a arte do vestuário em relação à época e povos.
ü
Maquinista – operário encarregado da operação da maquinaria do
teatro. Inclui montagem e funcionamento do cenário.
ü
Merda – gíria - usada entre atores para desejar boa sorte no início do
espetáculo.
ü
Monólogo – tipo de peça estruturada em torno de um único
personagem.
ü
Música incidental – escrita especialmente para acompanhar uma peça de
teatro.
ü
Palco – nome genérico dado ao local onde se realiza a
representação teatral.
ü
Papel – designação da parte do ator que ele desempenha num espetáculo.
ü
Ponta – gíria – papel pequeno, sem falas geralmente.
ü
Ponto - aquele que antigamente lia em voz baixa as falas que deveriam ser
repetidas pelo ator.
ü
Pernas - nome dado ao bastidor que é feita apenas de
tecido sem moldura.
ü
Produtor – responsável pela parte administrativa e financeira
de uma produção teatral.
ü
Proscenio - a parte do palco localizada entre a boca de cena
e a platéia.
ü
Refletor – Spot – equipamento de iluminação.
ü
Repertório – vários espetáculos que o grupo mantém prontos.
ü
Ribalta - equipamento de iluminação que consiste numa
fileira de luzes coloridas localizadas na borda do proscenio.
ü
Rotunda - cortina, geralmente preta, que cobre o fundo do
palco.
ü
Rubrica - qualquer palavra escrita de um texto que não faça
parte do diálogo. Comentário explicativo.
ü
Sonoplastia - qualquer som ou ruído relacionado ao enredo de
uma peça.
ü
Urdimento - nome dado à parte da caixa de cena localizada
acima do palco, servem de apoio para todo efeito cênico.
ü
Vara - peça roliça de madeira ou ferro onde são fixados os equipamentos de
luz.
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