01 - A importância de Falar Bem
ü O homem não é valorizado pelo conhecimento que ele
possui armazenado em seu cérebro, mas somente pelo conhecimento que demonstra.
ü
Todos nós temos oportunidades e principalmente
necessidade de falar em público, seja em pequenos grupos, seja em grandes
grupos.
ü Quando
alguém se expressa corretamente desembaraça as
pessoas, passa a ser admirado.Transmite a platéia – conhecimento, segurança, entusiasmo...
Vantagens e Benefícios
ü Uma
grande vantagem de quem se expressa bem é colocar-se em evidencia diante dos
colegas, superiores hierárquicos e subordinados.
ü
Faz de forma sutil sua promoção pessoal,
demonstrando pelo que fala e como fala sua competência.
ü
Consegue persuadir sobre as idéias que pretende
aprovar, desenvolvendo argumentos com mais chances de vitória.
ü A
boa comunicação facilita a entendimento.
ü
Possibilita que ordens, ensinamentos sejam
compreendidas e assimiladas sem esforço.
ü
Uma boa reunião, um vasto material poderá ser
inutilizado se os mesmos não forem aproveitados adequadamente.
Por que devemos se preparar
ü
Atualmente todos os setores exigem habilidades
de comunicação.
ü
Oportunidades para falar estão em todos os
lugares
ü Empresários,
diretores, gerentes, supervisores, chefes, assessores, professores,
sindicalistas, presidentes de clubes, associações, apresentadores, locutores,
políticos, mestres de cerimônias, todas as pessoas na vida profissional, social
e familiar estão constantemente falando.
ü Quanto
mais alguém ascender social e profissionalmente, mais necessitará falar em
público, e mais dependerá da comunicação bem
sucedida. Você será o foco das atenções.
Usamos as palavras para
ü
Dirigir ou participar de reuniões.
ü
Fazer exposições de produtos e serviços.
ü
Proferir palestras e conferencias.
ü
Ministrar aulas.
ü
Presidir solenidades.
ü
Abrir e encerrar: cursos, e convenções.
ü
Recepcionar e apresentar oradores.
ü
Prestar e agradecer homenagens e saudações.
ü
Fazer despedidas.
ü
Dar entrevistas: rádio, TV, revistas.
ü
Motivar e orientar equipes de trabalho.
ü
Fazer entrevistas de emprego.
ü
Defender, acusar e julgar nos tribunais.
ü
Participar de reuniões sociais.
ü
Apresentar trabalhos escolares.
ü
Fazer perguntas em diversas ocasiões.
ü
Conversar com amigos, clientes, gerentes...
ü
Comunicar, esclarecer.
ü
Dar orientações técnicas.
ü
Falar diante de subordinados e superiores.
ü
Falar ao telefone.
ü
Orientar os filhos.
ü
Conquistar a pessoa amada.
ü
Pedir desculpas.
ü
Exigir justiça.
ü
Etc...
A boa comunicação torna a pessoa mais feliz
ü
Sair de uma situação de insegurança, tímida e
até mesmo agressiva, para tornar-se naturalmente mais tolerante, compreensivo,
e participar melhor de todas as situações.
ü
Sentir-se mais integrado ao ambiente que
freqüenta.
ü
Sentir-se mais feliz.
02 – O medo de falar em público
O medo
Ø Do
latim metu – significa - sentimento de grande inquietação ante a noção de um
perigo real ou imaginário.
Ø Uma
reação psíquica e fisiológica frente a uma situação de perigo.
Ø Quando
desenvolvemos reações de medo em situações onde não existem perigos reais, a
esses medos chamamos de Fobias - medos irreais - Ex. altura, escuro, avião, falar em público,
fatos e situações que não oferecem riscos reais.
Entenda o seu medo
O
medo é um mecanismo de defesa que existe para nos proteger de algo que pode
fazer algum mal para nós.
O homem pré-histórico quando
se defrontava com uma situação de perigo, fugia, temendo que algo ruim pudesse
acontecer.
Os tempos passaram e esse
mecanismo natural de defesa sofreu um processo de aperfeiçoamento e o organismo
se adaptou para tornar a fuga mais eficiente. Ao sentir medo de um animal
perigoso, o organismo humano passou a produzir adrenalina, um hormônio produzido
pelas glândulas supra-renais que, introduzido na corrente sanguínea, aumente a
pressão arterial. Esse processo fez com que os músculos se preparassem para a
fuga em condições de se movimentar mais rapidamente, enquanto a adrenalina era
metabolizada. (aditivo de fuga)
Quando temos que falar em
público, nosso medo produz adrenalina, não fugimos e a adrenalina não é
metabolizada. Esse excesso de energia, não consumida, provoca um descontrole
generalizado no organismo, que produz alguns destes sintomas, ou a maioria
deles:
Ø Revolta
no estomago
Ø As
batidas do coração se aceleram e ele fica descompassado.
Ø As
pernas começam a tremer.
Ø As
mãos a suar
Ø As
faces pálidas ou rubras.
Ø A
voz tremula e hesitante.
Ø A
boca fica seca, ou com muita saliva.
Ø Surge
a incapacidade de se concentrar no temas a ser falado.
Ø Um
riso nervoso se instala no semblante
Ø As
palavras saem trucadas ou rápidas demais.
Ø Os
movimentos de braços e de pernas descompassados.
Ø Um
calafrio na espinha
Ø E
outras reações...
03 - Causas do medo
è Sentimos medo de algo que nos possa prejudicar ou, do
que imaginamos que possa nos prejudicar.
è Diante de uma situação que não sabemos o que ocorrerá,
imaginamos a possibilidade que algo pode nos prejudicar e sentimos medo.
è Quando falamos em público, queremos fazer uma
apresentação de boa qualidade, que todos ouvintes gostem e admirem, que nos
proporcione sucesso.O fato de talvez não nos sairmos bem, pode de alguma forma,
nos trazer prejuízos, esta possibilidade que provoca o medo.
è Em geral tememos o desconhecido
Como surgem os medos/fobias
è Morremos
de medo da rejeição e da crítica.
è Racionalização,
vergonha, timidez.
è As
pessoas acham que falam pior do que realmente falam.
è Ao
nos expor - corremos o risco de não agradar, de provocar risos, ironia. Logo
passamos a evitar toda e qualquer situação onde possa existir essa
possibilidade
è De
alguma experiência desagradável.
è Da
nossa imaginação criando situações irreais.
è De
idéias pré-concebidas erradas.
Por que sentimos medo
Nem sempre
temos consciência do fator específico que provoca o medo, mas algumas situações
podem se constituir nas causas do aparecimento do medo.
A – Formação pessoal
Todo individuo é potencialmente capaz de desenvolver
suas habilidades e capacidades mas:
Ø As pressões do meio
Ø Os aspectos culturais
Ø Os valores morais
Ø As condições econômicas
Ø Os processos educacionais
Ø A falta de oportunidades, ocasiões
Tendem sufocar consideravelmente essa potencialidade
B - Não ter prática ou
experiência para falar.
Se não
temos prática ou experiência estaremos desenvolvendo uma atividade que não
dominamos. Essa falta de domínio nos coloca em uma situação desconhecida da
qual não podemos ter certeza se nos sairemos bem.
Surgem
estas possibilidades:
è O auditório ser hostil.
è O auditório ser indiferente ou apático.
è Não termos habilidade para contornar situações
imprevistas.
è Não nos comportarmos convenientemente diante do
público.
è Não sabermos o local correto onde deveremos ficar.
è Passarmos por incompetentes.
è Não entendermos as reações dos ouvintes.
è Não sabermos usar corretamente os recursos
disponíveis.
è Ficarmos na dúvida se ficamos de pé ou sentados.
è Termos dúvidas nos trajem que usar.
è Encontrar pessoas muito importantes na platéia.
è Não correspondermos às expectativas dos nossos
superiores.
è Ficarmos atrapalhados ao chegar ou sair da tribuna.
è Termos problemas durante a apresentação.
è Seremos criticados ou ridicularizados.
è Demonstrarmos nervosismo exagerado.
è Tremermos com o papel utilizado na leitura.
è Sermos atrapalhados com ruídos externos.
C - Não conhecer o assunto
Quando não
dominamos o assunto que vamos expor, sabemos que durante a apresentação,
estaremos caminhando por um terreno desconhecido e sempre haverá possibilidade
de encontrarmos algum obstáculo que nos atrapalhe.
Algumas
dificuldades que podemos encontrar:
è Esquecer ou suprimir algum dado importante.
è Trocar informações indevidamente.
è Não concatenar os diversos itens que compõem o tema.
è Não saber a resposta para possíveis perguntar do
auditório.
è Duvidar da qualidade do seu material.
è Transmitir informações já conhecidas do público.
è Cair em contradições.
è Não despertar o interesse da platéia.
è Não ser eficiente na argumentação
è Não ter informações suficientes para preencher o
tempo.
è Ultrapassar o tempo determinado.
è Julgamos que os ouvintes estejam mais preparados que
nós.
04 - Vencendo o medo
Entendemos
o mecanismo do medo de falar, identificamos as suas causas e como se
manifestam, agora vamos estabelecer metas de conduta para vencer o medo de
falar em público.
Aprenda controlar seu medo
ü Vencer o medo não significa extermina-lo, isso é quase
impossível.
ü O medo excessivo e descontrolado é negativo, limita a
capacidade de comunicação e impede que se use sua plenitude. Mas elimina-lo por
completo é também prejudicial, pode ficar tão confiante que pode se tornar
negligente.
ü Domine o medo e não o elimine. Sempre alerta, não se
descuidando da preparação do assunto.
Seja você mesmo
ü
Não tente ser
nada além de você mesmo.
ü
Não faça piadas
se você naturalmente não é engraçado.
ü
Não ande pelo
palco se isto não é confortável para você.
ü
Não se leve muito
a sério, se você cometer um erro, não será o fim do mundo.
Seja positivo
ü Antes de qualquer apresentação sempre imaginamos o que
poderá ocorrer de ruim. Nem sempre isto acontece.
ü Dirija seus pensamentos para imagens positivas de uma
apresentação positiva.
ü Pense no prazer que sentirá fazendo uma boa
apresentação imagine os aplausos, o sucesso, o elogio, faça tudo parecer uma
tarefa agradável e prazerosa.
Trabalhe sua auto-estima
Um
recurso útil e que costuma dar ótimos resultados para combater o medo é
relacionar aspectos positivos da nossa vida.
ü Nossas vitórias.
ü Os momentos difíceis que conseguimos superar.
ü Os elogios que recebemos.
ü Os bons trabalhos que executamos.
ü Os planos que criamos e conseguimos realizar.
ü As boas iniciativas que tomamos.
ü Outras apresentações que saímos bem.
Saiba onde vai pisar
ü Qual o local da apresentação
ü Se você será o único a se apresentar
ü Qual a ordem das apresentações
ü Se haverá um espaço para perguntas e respostas
ü Para quem você irá falar
ü Quanto tempo você terá
ü Quais os instrumentos disponíveis
Pare de criar monstros
ü Pense que nem sempre o seu medo poderá ser percebido
pela platéia.
ü Ficar mais nervoso nos momentos em que antecedem a
apresentação e nos primeiros momentos é natural.
Comece devagar
No
inicio, o medo está mais atuante e o nervosismo é mais acentuado porque a
descarga de adrenalina é maior. Este momento de insegurança e desequilíbrio
emocional é que precisa ser contornado.
ü Não fale no início da apresentação com muita
intensidade de voz, executando gestos largos.
ü Ao estarmos mais calmos devemos falar com um volume de
voz moderado, um pouco mais devagar, respirando a cada pausa.
ü Não fale logo que chegar a tribuna, porque esse é o
momento em que a adrenalina esta fervendo no sangue. Respire fundo, ajuste com
calma o microfone, acerte as folhas, beba um gole de água. Aja com
naturalidade.
ü Ao cumprimentar a platéia, respire e aproveite para
por oxigênio no organismo. Senhoras, (respire) Senhores, (respire) caros
colegas (respire).
Relaxe
ü Exercícios de relaxamento são excelentes para combater
os efeitos do medo e preparam o nosso organismo para falar.
Seja Breve
ü Não canse seu público. Ele vai ficar inquieto e você
mais nervoso ainda.
ü Se for depois ou antes de um jantar, economize
palavras.
ü Se tiver outros além de você seja breve.
ü A concisão é uma grande virtude.
ü É muito difícil fazer um mau discurso de um discurso
pequeno. Portanto não canse sue público.
05 - Combata as
causas do medo
Formação
pessoal
ü
O aprendizado não advém apenas da disposição de
ler ou escutar, provém sim da ação, do fazer, a prática leva a perfeição.
ü Vivemos na era dos enlatadas onde tudo já vem pronto
para o consumo. Cada vez mais a tendência é a acomodação, buscamos sempre o caminho do mais fácil e com
isto deixamos de pensar, de criar, inovar, modificar, fazer...
ü Desenvolva atividades que estimulem o desenvolvimento
de suas potencialidades, habilidades e capacidades, tais como: criatividade,
observação, memorização, expressão corporal, expressão vocal, ritmo...
ü Nada está na inteligência que não tenha passado pelo
sentidos – São Thomaz de Aquino.
Pratique e adquira experiência
ü Elimine ou reduza ao mínimo a possibilidade de se
defrontar com algum dado desconhecido e com o qual não esteja familiarizado.
ü A falta de experiência também gera insegurança. E a
melhor forma de supera-la é enfrentar as situações que aparecem.
ü Experiência com o público - conheça o seu público,
estude suas características gerais e aprenda aproveita-las a seu favor.
ü Hostilidade, apatia, críticas, etc...
Conheça o assunto
ü Conheça o assunto com a maior profundidade que puder
sobre o assunto que ira expor.
ü Não tenha dúvidas sobre o conteúdo e estude as
respostas adequadas para cada uma.
ü Prepare a matéria procurando saber mais do que irá
expor, esse conhecimento adicional aumentará a sua confiança.
ü Descubra o que os ouvintes já sabem sobre o assunto.
ü
Procure entrar em
contato com a atividade sobre a qual ira apresentar em visitas aos locais.
(exemplo – fábricas, hospitais, asilos, etc.). Ter experiência no assunto, ter
casos para contar é um diferencial.
ü
Nunca ache que
você já sabe tudo. É importante sobrar informações. Se você irá falar 15
minutos se prepare para 30 minutos.
ü
Faça uma ficha
memória e leve-a como roteiro e fonte de consulta para ter a certeza da
seqüência e dos temas importantes.
ü
Cronometre o seu
treinamento para ter uma idéia do tempo necessário, principalmente para
iniciantes.
ü
Prepare-se para
todo tipo de perguntas. Se você realmente dominar o assunto tem como prever
muitas objeções e perguntas possíveis.
06 – Recomendações para controlar o medo
Quando
o medo aparecer, encare-o normalmente.
ü
Você não é o único que sente medo. A grande
maioria sente, muitos não confessam.
ü
Não entre em pânico quando o medo aparecer. Ele
é normal e com o tempo você poderá domina-lo.
Controle seu nervosismo
ü
Não sofra antecipadamente, isto somente alimenta
mais seu nervosismo.
ü
Fumar em demasia, roer unhas, cruzar de maneira
descontrolada, braços e pernas, somente aumentam seu nervosismo.
ü
Procure uma posição de relaxamento para seu
corpo, respire profundamente, solte braços e pernas.
Tenha uma atitude correta
ü
Os nossos gestos revelam nosso comportamento
interior.
ü
Normalmente nossos gestos são inconscientes.
ü
Procure conhecer suas maneiras e gestos.
ü
Demonstre pela sua postura um comportamento
confiante e seguro, faca-o sem hesitar.
Antes de pensar como, saiba o que
falar
ü
Prepare seu tema com pesquisas, material de
apoio e não se esqueça que uma grande exposição será completada com observações
tiradas do momento da apresentação. Um incidente, uma coisa fora do normal.
ü
Não esqueça que apresentar um assunto que não
foi convenientemente preparado é como andar num campo minado, cada passo teme
pisar em uma bomba.
ü
Além de tirar sua tranqüilidade, é um risco que
não se deve correr.
Não pinte o diabo mais feio do que
é
ü
Não tire conclusões antecipadas.
ü
Enquanto aguardar sua vez não fique criando
monstros imaginários.
ü
Enganar-se na pronuncia, trocar palavras, perder-se
durante a exposição, podem ocorrer, normalmente não acontece com que esta
devidamente preparado.
ü
A mensagem sendo boa a platéia será benevolente.
Não adquira vícios
ü
Mexer em botões, lápis, giz, folha de papel, fio
do microfone...
ü
Tudo isto distrai a atenção do público e suas
palavras ficaram em segundo plano.
ü
Acostume-se desde cedo a não colocar os
cotovelos sobre a mesa ou tribuna.
ü
Segurar objetos, se apoiar ora numa perna ora
noutra...
Chame sua voz com a respiração
ü
Normalmente a primeira alteração em uma pessoa
nervosa é percebida pela sua voz.
ü
O nervosismo deixa a voz enroscada, a frase é
pronunciada com dificuldade.
ü
Tossir, pigarrear, além de ser desagradável a
platéia, não resolve os problemas, somente agrava.
ü
Respire profundamente e em seguida a voz voltara
ao estado normal.
A prática irá proporcionar-lhe o
reflexo
ü
Mesmo ocorre quando se aprende a dirigir.
ü
Com o passar dos tempos vamos superando etapas e
detalhes antes não percebidos passam a ganhar valor.
ü
Com o tempo você agira por reflexo, repetição,
então poderemos dizer que você está mais bem preparado, confiante como um velho
motorista.