7 Técnicas de Movimento para Atores
POR KC WRIGHT
O grande treinamento de atores se concentra em todo o
instrumento: voz, mente, coração e corpo. Embora não possamos chegar longe sem
técnica vocal, destreza intelectual e habilidades de trabalho de texto, uma
forte presença física é crucial para o ator profissional. Com isso em mente,
aqui estão sete métodos baseados em movimento que todos os atores devem
estudar.
Técnica
Alexander
A Técnica Alexander aplica estratégias
especializadas de consciência corporal para corrigir tensões desnecessárias em
atores e não atores. O orador Frederick Matthias Alexander desenvolveu a
técnica no final de 1800 como uma forma de combater seus próprios problemas vocais
e rapidamente descobriu que desaprender certos hábitos de respiração e postura
era a chave para maximizar sua própria funcionalidade física. A abordagem
cresceu tremendamente no último século; A Técnica Alexander é ensinada (e
praticada) em programas de treinamento em todo o mundo, e muitos atores juram por ela como uma solução para
restrições físicas, vocais e até mentais.
Jacques
Lecoq Técnica de Movimento
Este
renomado ator e professor usou uma mistura de mímica, trabalho com máscaras e outras técnicas de
movimento para desenvolver a criatividade e a liberdade de expressão
dentro de seus alunos. L'École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq, a
escola parisiense que ele fundou em 1956, ainda é um dos centros de treinamento
físico mais proeminentes do mundo, desenvolvendo artistas de todos os tipos
através de seu conservatório de dois anos e uma variedade de oficinas
especializadas. O trabalho é em grande parte baseado em improvisação e se baseia em movimentos
históricos como Commedia Dell'arte e trabalho de palhaço, bem como a famosa
técnica de máscara neutra de Lecoq e exercícios psicológicos envolvendo
elementos, cores e estações.
Mímica
Corpórea
De acordo
com o grande Étienne Decroux, "Uma das características do nosso mundo é
que ele está sentado. A mímica corpórea se levanta." O famoso ator
desenvolveu a técnica como um contra-argumento à pantomima, usando seus movimentos
expressivos para ilustrar conceitos abstratos – não apenas como um espaço
reservado para ações cotidianas. A técnica funciona do avesso como um modo de
expressão, "tornando visível o invisível". Teatros físicos em todo o mundo usam
mímica corpórea para explorar (e ilustrar) os recessos internos da emoção
humana, transformando pensamentos e sentimentos em visuais dignos de palco.
Vista
Como a
mímica corporal, Viewpoints explora a emoção humana em relação ao espaço, tempo
e forma, mas com parâmetros específicos desenvolvidos pela coreógrafa Mary
Overlie e pelas professoras de atuação Anne Bogart e Tina Landau. Como uma
técnica teatral, Viewpoints é usado para criar uma história no palco através do
tempo (tempo, duração, resposta cinestésica e repetição), espaço (relação
espacial, topografia, arquitetura, forma e gesto) e som (altura, volume e
timbre). Essa abordagem esteticamente focada é ensinada a atores e diretores e
foi adotada por grandes teatros internacionais, incluindo a renomada companhia SITI em Nova York, co-fundada
por Bogart e Tadashi Suzuki.
O Método
Suzuki de Atuação
O grande
diretor japonês Tadashi Suzuki criou esse regime extremamente físico, que
treina os atores para trabalhar a partir de seu núcleo e constrói disciplina,
força e foco. A prática rigorosa baseia-se em influências de artes marciais e
as do japonês Noh, Kabuki e do coro grego antigo. Suzuki ensina que a atuação
"começa e termina com os pés"; Inúmeros exercícios incluem formas
controladas (e repetitivas) de pisar e agachar que criam um centro conectado e
levam o corpo à beira da exaustão. O método originado
na SCOT (Suzuki Company of Toga, Japão), é ensinado em todo o mundo, e é
praticado na empresa SITI ao lado dos Mirantes de Bogart.
A Técnica Williamson
Criada pelo
ator e professor Lloyd Williamson como uma espécie de acompanhamento físico
para a formação intelectual de Sanford Meisner, essa técnica é conhecida como
o "processo físico de comunicação na atuação". Baseando-se nos cinco
sentidos, Williamson ensina que a consciência da estimulação sensorial cria
experiência para o ator; Ao praticar flexibilidade e conexão física, o ator
pode começar a criar comportamentos alinhados com essa experiência. A teoria
baseia-se em si mesma; A observação sensorial cria experiência, a experiência
inspira comportamento, o comportamento cria novos estímulos sensoriais e o
ciclo continua.
Análise do
Movimento Laban
Tanto uma linguagem para
observar o movimento quanto uma técnica de atuação dedicada, a abordagem
científica de Rudolf Laban divide o movimento em quatro categorias: corpo,
esforço, forma e espaço. Aplicada ao treinamento teatral, a análise do movimento de Laban revela pequenas nuances
por trás do comportamento, examinando desde movimentos dramáticos (se jogar em
uma sala) até gestos cotidianos (tirar um pedaço de fiapos do ombro) e
maximizar a especificidade a cada ação.