terça-feira, 30 de agosto de 2016

Dez coisas que levei anos para aprender

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.


10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

Luiz Fernando Verissimo

Exigências da vida moderna

EXIGÊNCIAS DA VIDA MODERNA
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo - e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher... na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.
E já que vou, levo um jornal... Tchau!

Viva a vida com bom humor!!!

Luiz Fernando Verissimo

A vida do brasileiro no exterior

A vida do brasileiro no exterior

12 – Agosto

Hoje me mudei para minha nova casa no estado da Pensylvania.
Que paz tudo aqui é tão bonito.
As montanhas são tão majestosas. Quase não posso esperar para vê-las cobertas de neve.
Que bom ter deixado para trás o calor, a umidade, o trafego, a violência, a poluição e aqueles brasileiros mal educados.
Isto sim que é viver

14 - outubro
Pensylvania é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o laranja.
Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e pela primeira vez vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes é um dos animais mais vistosos que jamais vi.
Isto deve ser o paraíso.
Espero que neve logo.
Isto sim que é viver.

11 – novembro
Logo começara a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Já chegou o inverno.
Espero que neve logo.
Isto sim é que é viver.

02 - Dezembro
Ontem a noite nevou. Despertei encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal...uma foto.
Saí a tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada. Rolei nela e logo tive uma batalha de  bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei)e quando uma niveladora de neve passou tive que voltar a passar a pá.
Que bonita a neve. Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que visão tão bonita.
Pensyulvania sim é que é vida.

12- Dezembro
Ontem a noite voltou a nevar. Que encanto. A niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom..que vamos fazer, de todas as maneiras insto sim que é vida.
Passar a pá nessa neve. Droga a niveladora esta voltando. Mas que vida.

22 – Dezembro
Ontem a noite voltou a cair neve, ou melhor digo.. merda branca.
Tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia desde a esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá parar passar. Vá para puta que pariu.


 25 – Dezembro
Feliz Natal branco, mas branco de verdade, porque está cheio de merda branca. Viado, se pego o filho da puta que dirige esta niveladora, te juro que te mato, não entendo porque não usam mais sal para derreter a neve das ruas, este gelo de merda.

27 – Dezembro
Ontem a noite ainda caiu mais dessa merda branca. Já são três dias direto que não consigo sair de casa. Nada mais faço senão passar a pá na neve, depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum. O carro esta enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. O noticiário disse que esta noite vai cair umas 10 polegadas a mais de merda branca., Não posso acreditar.

28 – Dezembro
O idiota do noticiário se equivocou outra vez.
Não foram 10 polegadas de neve... caíram 34 polegadas mais dessa merda branca. Vai tomar no cu.
Seguindo assim, a neve se derreterá nem no verão. Agora resulta que a niveladora quebrou perto daqui e o filho da puta do motorista veio me pedir uma pá. Que descarado. Disse-lhe que havia quebrado 6 pás limpando a merda que ele havia deixado diariamente. Assim quebrei a pá na cabeça daquele imbecil. Que bosta, que saco, caralho...

04 – Janeiro
finalmente hoje pude sairde casa. Fui buscar comida e um cervo de merda se meteu diante do carro e o atropelei. Caralho, o conserto do carro vai me sair uns três mil dólar. Estes animais de merda deveriam ser envenenados. Oxalá os caçadores tivesse acabado com eles o ano passado.

15 – Março
Escorreguei  no gelo que ainda há nesta puta cidade e quebrei uma perna.
Ontem a noite sonhei que estava sob uma palmeira.

03 – Maio
Quando tiram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o assoalho estava todo enferrujado por causa do sal de merda que jogaram nas ruas. Será que estes cornos não tem outra forma de tirar a neve

10 – Maio
Mudei de volta para o Brasil. Isto sim que é vida.Que delicia.
Calor, umidade, trafego, violência, poluição e falta de educação...


Isto sim que é vida....

A Função do Ator - Grotovski

Função do Ator - O Ator Santo

Jerzi Grotowski


O ator é o homem que trabalha em público com seu corpo, oferecendo-o publicamente. Se seu corpo se restringe a demonstrar o que é - algo que qualquer pessoa comum pode fazer - ele não é, então, um instrumento obediente capaz de realizar um ato espiritual. Se ele é explorado por dinheiro e para ganhar os favores da platéia, então a arte do ator beira a prostituição. É fato que durante muitos séculos o teatro esteve associado à prostituição num sentido da palavra ou n'outro. As palavras "atriz" e "cortesã" foram sinônimas. Hoje são distintas por uma linha algo mais clara, não pela mudança no mundo do ator, mas porque a sociedade mudou. Hoje, é a diferença ente a mulher respeitável e a cortesã que ficou obscurecida.

O que choca quando se olha o trabalho de um ator como é praticado hoje em dia é a miséria dele: a barganha de um corpo explorado por seus protetores - diretor, produtor - criando em volta uma atitude de intriga e revolta. Justamente porque apenas um grande pecador pode se tornar um santo de acordo com os teólogos (Não esqueçamos a Revelação: "Porque és morno e não frio nem quente, eu te vomitarei de minha boca"), da mesma maneira a miséria do ator pode transformar-se numa espécie de santidade. A história do teatro tem numerosos exemplos disso.

Não me interpretem mal. Falo de "santidade" como um ateu. Quero dizer "santidade secular". Se o ator, ao se desafiar publicamente desafia outros, e através do excesso, profanação e sacrilégio ultrajante se revela, deixando cair sua máscara cotidiana, torna possível ao espectador empreender um processo similar de auto-penetração. Se ele não exibe o corpo, mas aniquila-o, fá-lo queimar, liberta-o de toda resistência a qualquer impulso físico, então ele não está vendendo seu corpo, mas sacrificando-o. Ele repete a expiação, está próximo da santidade. Se tal ato não é algo passageiro e fortuito, um fenômeno que não pode ser previsto no tempo ou no espaço, se desejamos um grupo de teatro cujo pão de cada dia é essa espécie de trabalho - devemos seguir, então, um método especial de pesquisa e treinamento.

O que é, na prática, trabalhar com o "ator santo"? Há um mito que diz que um ator com um considerável fundo de experiência pode criar aquilo que podemos chamar de seu próprio "arsenal" - isto é, um acúmulo de métodos, artifícios e truques. Daí ele pode tirar um certo número de combinações para cada papel, atingindo, assim, a expressividade necessária para prender o espectador. Esse "arsenal" ou depósito nada mais é que uma coleção de clichês, e nesse caso o método é inseparável da concepção do "ator-cortesão". A técnica do "ator-santo" é uma técnica indutiva (isto é, a técnica da eliminação), enquanto a do "ator-cortesão" é uma técnica dedutiva (isto é, uma acumulação de habilidades).

Um ator que empreende um ato de auto-penetração, que se revela e sacrifica o mais íntimo de si mesmo - 0 mais doloroso, aquilo que não é ápreendido pelos olhos do mundo - deve ser capaz de manifestar o mínimo impulso. Ele deve ser capaz de expressar, através do som e do movimento, aqueles impulsos que vagueiam na linha limite do sonho e da realidade. Em resumo, deve ser capaz de construir sua própria linguagem psico-analítica de sons e gestos da mesma maneira que um grande poeta cria sua linguagem própria.

Se tomarmos em consideração, por exemplo, o problema do som, a plasticidade respiratória do ator, o seu aparelho respiratório deve ser infinitamente mais desenvolvido do que aquele do homem da rua. Ainda mais, este aparelho deve ser capaz de produzir reflexos sonoros tão rapidamente que o pensamento - que remove toda espontaneidade - não tenha tempo de interferir.

O ator devia ser capaz de poder decifrar todos os problemas do seu corpo que lhe são acessíveis. Devia saber como dirigir a coluna de ar às partes do corpo onde o som deve ser criado e amplificado pelo ressonador. O ator comum conhece apenas o ressonador da cabeça, isto é, ele usa a cabeça como ressonador para amplificar a voz, fazendo que ela soe mais "nobre", mais agradável ao público. Ele deve mesmo, às vezes, fazer uso do ressonador do peito. Mas o ator que investiga com cuidado as possibilidades de seu próprio organismo, descobre que o número de ressonadores é praticamente ilimitado.

Ele pode explorar não só a cabeça, mas o corpo, e também as costas e a parte occipital da cabeça, o nariz, os dentes, a laringe, o estômago, a espinha, como um ressonador total que compreende todo o corpo, e muitos outros, muitos dos quais nos são ainda desconhecidos. Ele descobre que não é bastante fazer uso da respiração abdominal no palco. As várias fases de sua ação física exigem diferentes espécies de respiração se ele quiser evitar dificuldades com fôlego e a resistência física. Descobre que a dicção que aprendeu na escola de teatro provoca muitas vezes o fechamento da laringe. Deve adquirir a habilidade de abrir a laringe conscientemente, e de testar de fora se ela está aberta ou fechada.

Se ele não resolver esses problemas, sua atenção estará tomada por dificuldades que encontrará e o processo de auto-penetração falhará fatalmente. Se o ator está consciente de seu corpo, não pode penetrá-lo e revelar-se. O corpo deve estar livre de toda resistência. Deve, virtualmente, cessar de existir. Como para a voz e a respiração, não é bastante que o ator aprenda a usar os vários ressonadores, para abrir a laringe e selecionar o tipo certo de respiração. Ele deve aprender a realizar tudo isso inconscientemente nas fases culminantes de sua ação e isso, por sua vez, é algo que exige uma nova série de exercícios. Quando ele estiver trabalhando o papel, deve aprender a não pensar em acrescentar elementos técnicos (ressonadores etc.), mas deve conseguir eliminar os obstáculos concretos que aparecerem (por exemplo, resistência vocal).

Isso não é perder-se em minúcias. É a diferença que decide o grau de sucesso. Significa que o ator nunca possuirá uma técnica permanentemente "fechada", porque a cada estágio de seu aperfeiçoamento, cada desafio, cada excesso, cada quebra de barreiras ocultas, ele encontrará novos problemas técnicos num nível mais elevado. Ele deve, então, aprender a superá-los também com o auxílio de certos exercícios básicos. Isso também se aplica ao movimento, plasticidade do corpo, gesticulação, construção de máscaras por meio da musculatura facial, enfim, a cada pormenor do corpo do ator.

Mas o fato decisivo nesse processo é a técnica de penetração psíquica. O ator deve aprender a usar seu papel como se fosse o bisturi de um cirurgião, a dissecar-se. Não é uma questão de retratar-se sob certas circunstâncias dadas ou de "viver" o papel; nem apresentar o tipo distante de interpretação comum ao teatro épico e baseado em cálculo frio. O importante é usar o papel como um trampolim, um instrumento com o qual estude o que está oculto atrás de sua máscara diária - o âmago mais íntimo de sua personalidade - de maneira a sacrificá-lo, expô-lo.

Isso é um excesso, não só para o ator como também para o público. O espectador compreende, consciente ou inconscientemente, que tal ato é um convite que lhe fazem para dar o mesmo, e isso muitas vezes levanta oposição e indignação, porque nossos esforços diários são para esconder a verdade sobre nós mesmos não só diante do mundo, mas também de nós próprios. Tentamos fugir à verdade a nosso respeito, enquanto aqui somos convidados a parar e olhar mais perto. Temos medo de sermos transformados em estátuas de sal se virarmos a cabeça como a mulher de Lot.

A realização desse ato a que nos referimos - de auto-penetração, exposição, exige uma mobilização de todas as forças físicas e espirituais do ator, que está num estado de prontidão inútil, uma disponibilidade passiva, que torna possível uma ação ativa.

Deve-se recorrer a uma linguagem metafórica para dizer que o fato decisivo nesse processo é a humildade, uma predisposição espiritual: não fazer alguma coisa, mas evitar fazer algo, de outra forma o excesso se torna impudência e não sacrifício. Isso significa que o ator deve agir em estado de transe. Transe, como o entendo, é a habilidade de se concentrar em um recurso teatral particular e pode ser alcançado com um mínimo de boa vontade.

Se fosse expressar tudo isso numa sentença, diria que é tudo uma questão de dar-se. Deve-se dar-se totalmente, na mais profunda intimidade, com confiança, como quando se dá a alguém no amor. Aí está a chave. Auto-penetração, transe, excesso, a própria disciplina formal - tudo isso pode ser realizado, desde que a gente se dê inteiramente, humildemente, sem defesa. Esse ato culmina num climax. Traz apaziguamento. Nenhum dos exercícios nos diversos campos do treino do ator deve ser exercício de habilidade. Eles levariam a um sistema de alusões que conduzem a um processo enganoso e incrível de auto-entrega.

Acho que se deve desenvolver uma anatomia especial do ator; por exemplo, encontrar os diversos centros de concentração do corpo para as diferentes maneiras de agir buscando áreas do corpo que o ator às vezes sente serem suas fontes de energia. A região lombar, o abdôme, e a área em volta do plexo solar muitas vezes funcionam como uma fonte.

Um fator essencial é, nesse processo, a elaboração de um guia de controle para a forma, a artificialidade. O autor que realiza um ato de auto-penetração inicia um ato que é marcado através de vários reflexos sonoros e gestuais, formulando uma espécie de convite ao espectador. Mas esses sinais devem ser articulados. A expressividade está sempre conectada com certas contradições e discrepâncias. Uma auto-penetração indisciplinada não é liberação, e sim percebida como uma forma de caos biológico.
__________________________
Towards a Poor Theatre, Clarion Book, Edit. Simon & Schuster - New York. Artigo extraído da revista Cadernos de Teatro nº 51/1971, edição já esgotada.
POSTADO POR LIONEL FISCHER 

Motivação de equipe

Motivação de equipe

è  Muitas empresas desanimam em dar treinamentos em função de outros departamentos.
è  Salários e bônus não devem substituir incentivos.
è  Os programas de incentivo não precisam envolver altos gastos.
è  Dinheiro apenas não motiva - o reconhecimento é tão importante quanto o dinheiro, e uma equipe altamente motivada não precisa de incentivos.
è  A motivação é um processo continuo e precisa atenção consistente em uma base diária.

Métodos para atingir aumento na motivação

è  Elogios públicos - (não tão públicos e constantes perdem a credibilidade)
è  Exponha as realizações da equipe dentro da empresa.
è  Use quadros de desempenho e tabelas de competição.
è  Realize reuniões regulares com a equipe. Serem estruturadas e significativas.
è  Programe competições e jogos numa base regular
è  Conduza sessões de treinamentos, melhorar habilidades e analisar seus desempenho.
è  Fixe objetivos para a equipe sempre atingíveis.
è  Sua autoridade não garante uma equipe altamente motivada.
è  Supervisão próxima demais desmoraliza a equipe.
è  Regras e regulamentos desnecessários deixam de inspirar o grupo.
è  As pessoas não são motivadas por ameaças e punições.
è  O salário é visto como ganha não incentivo, trabalhei e mereço a renda.



O que fazer se a equipe não estiver altamente motivada

è  Aconselhe sua equipe a identificar as causas da desmotivação. (talvez precise melhorar suas habilidades e seus conhecimentos).
è  Sugerir um programa de desenvolvimento pessoal.
è  Delegue responsabilidades a equipe.
è  O ambiente - físico e humano.
è  Recompensas.
è  Reconhecimento
è  Possibilidade de promoção.
è  O cargo era o que esperavam?
è  Avaliar a performance atual.
è  Estabelecer metas que sejam desafiantes, mas atingíveis.
è  Envolver a equipe na elaboração de metas.
è  Elaborar incentivos que combinem com as necessidades da equipe.
è  Não tenha receio de perguntar o que a equipe quer. Além de dinheiro e prêmios, os incentivos devem sempre proporcionar reconhecimento.
è  Mantenha um bom relacionamento entre todos da equipe e gerencia.
è  Tente criar um ambiente onde a equipe perceba que existem oportunidades para progresso.
è  Assegure-se que a equipe trabalhe eficientemente em conjunto e que todos dêem sua contribuição para o sucesso do grupo.
è  Tranqüilize o grupo sempre o mantendo informado sobre tudo que acontece não deixe que a equipe seja norteada por boatos e fofocas.
è  Sempre de atenção individual aos membros da equipe.
è  Permita que os membros da equipe tenham seu dia de gloria.


Reconhecendo a desmotivação
è  Absenteísmo
è  Ritmo lento de trabalho.
è  A equipe não atinge as metas estabelecidas.
è  Não colaboram com novas idéias ou projetos.
è  Por inatividade
è  Passam muito tempo fazendo ligações particulares.
è  Atmosfera geral de erros são um sinal de alerta que não podem ser ignorados.


Criando o ambiente apropriado
è  O sistema telefônico precisa ser adequado e a equipe estar amplamente familiarizada com os mesmos.
è  O ambiente deve ser leve e alegre, arejado com cadeiras confortáveis.
è  As mesas devem ser suficientemente espaçosas para acomodar o que é necessário.
è  Fones de ouvido devem ser usados sempre que possível.
è  Os sistemas devem funcionar com perfeição evitar desgastes.
è  Personalize o ambiente de trabalho mantendo um padrão de estética.

è  Cuide do ambiente os teleoperadores ficam muito tempo no mesmo ambiente e isto pode cansar a equipe.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Dimanica - Decisão grupal

Teste da NASA

Instruções


-         Este é um exercício de decisão grupal.
-         O grupo deverá conseguir a decisão usando o método do consenso, geralmente um consenso é difícil de se conseguir, pois necessita da aprovação de todos.
-         Procure evitar discussões com a finalidade de simplesmente impor sua própria idéia, tente convencer aos outros com argumentos lógicos.
-         Não será permitido a técnica da votação, ou a procura da média, etc...



Instruções:
Você é membro da tripulação de uma nave espacial que programou um encontro com outra nave na face luminosa da Lua. Entretanto, dificuldades mecânicas obrigaram sua nave a uma descida forçada, num ponto distante 100 km do planejado. A maior parte do equipamento, na descida forçada, ficou avariada e, tendo em vista que sua sobrevivência depende de alcançar o ponto de encontro, trata-se de escolher, entre os itens abaixo, aqueles que são essenciais para esse percurso. Desse modo, você encontrará abaixo uma lista de 15 itens de coisas que não se estragaram na descida. Você deverá enumerar esses itens em termos de sua importância para alcançar o ponto de encontro. Assinale com 1 o item mais importante, com 2 o segundo mais importante, até o 15º que será o menos importante.


Caixa de fósforos

Alimento concentrado

Corda de náilon

Pára-quedas

Um aquecedor portátil

Duas pistolas calibre 45

Uma caixa de leite em pó

Um mapa da constelação lunar

Um bote salva-vidas

Dois tanques de oxigênio de 100 libras cada um

Uma bússola

Cinco galões d'água

Sinais luminosos

Um estojo de primeiros socorros com agulha de injeção

Um transmissor-receptor FM, movido a energia solar










Escore  de acordo com cientistas da NASA

A diferença entre a decisão do grupo alguém colocar 9 e a resposta correta for 12 – o escore será a diferença entre as duas opções.
Faça a soma dos escores, para comparar com o resultado do grupo.
Ao final, compare a média grupal.

15 - Caixa de fósforos
05 - Alimento concentrado
06 - Corda de náilon
08 - Pára-quedas
13 - Um aquecedor portátil
11 - Duas pistolas de calibre 45
12  - Uma caixa de leite em pó
03 - Um mapa constelação lunar
09 - Uma balsa salva-vidas
01 - Dois tanques de oxigênio de 100 libras cada um
04 - Uma bússola
02 - Cinco galões de água
10 - Sinais luminosos
07 - Um estojo de primeiros socorros com agulha e injeção
04 - Um transmissor-receptor FM, movido à força solar.


Quadro de avaliação


00 a 20 – Excelente
21 a 30 - Bom
31 a 40 – Médio
41 a 50 – Fraco
Acima de 50 - Insuficiente


Ator - Fazendo papel de um louco

Exercício para o ator: Fazendo o papel de "louco"
NECESSIDADES - colocar um máximo de 8 a 9 cadeiras em semicírculo para acomodar os alunos que farão o exercício. Qualquer membro do grupo que tenha antecedentes com relação a problemas mentais deve se sentir livre para fazer o exercício ou não. Os demais alunos, que vão apenas observar a ação, devem atentar para a teatralidade e a veracidade dos desempenhos. Ocasionalmente, tanto neste como no exercício onde o aluno se faz de bêbado, a veracidade da situação e o efeito teatral são necessariamente iguais, isto é, um bêbado verdadeiro, carregado de álcool, pode não ter nenhum "efeito teatral", e, por outo lado, igualmente, "um louco de palco" não tem - nem precisa ter - similaridade com o paciente internado ou o paciente em surto. Assim, por exemplo, o filme Um estranho no ninho contém uma série de liberdades dramáticas - ou licenças poéticas, como queiram - que conferem um "tom teatral" que parece "verdadeiro", e que não são encontráveis em pacientes verdadeiramente neuróticos e/ ou psicóticos. Drama é conflito, não é fato científico. Lembrem-se daquela anedota do concurso para ver quem imitava melhor o grunhido do porco, onde um esperto candidato escondeu um porquinho sob a capa no afã de ser vitorioso e...perdeu.

PROCEDIMENTO - após os participantes terem escolhido seus assentos, um outro ator é escolhido para fazer o papel do "analista". Sua tarefa será a de manter a reciprocidade entre os problemátiocos pacientes, encorajando-os a se relacionar entre si em termos reais. O "analista" deve denunciar todos os comentários "ilógicos" proferidos, procurar fazer os pacientes explicarem seus problemas, sempre questionando as incoerências. Mas cuidado: nada de sucumbir à tentação de dar ordens ou julgar os pacientes! Sua função no exercício é basicamente catalisadora. Os participantes, por sua vez, devem escolher uma das seguintes motivações para servir de base às suas improvisações. Estas "motivações" devem funcionar como uma espécie de "roteiro" ou "fio condutor". Assim, os atores devem escolher um dos seguintes objetivos:

1) Eu preciso mostrar aos outros o humor que nos cerca e que está em tudo que é dito.
2) Eu preciso encontrar uma palavra que rime com tudo que disserem.

3) Eu quero impressionar a todos mostrando como sou inteligente e normal, e como eu vejo tão bem, de modo tão claro, os problemas dos outros.

4) Eu tenho que evitar infecções por germes e o suor das outras pessoas, e para isso me abstenho de qualquer contato físico.

5) As faces das pessoas que me olham parecem se distorcer. Por quê?

6) Todas as pessoas estão mentindo. Por quê?

7) Eu quero ficar aqui sentado, sem qualquer responsabilidade e sem me aborrecer com nada deste mundo.
8) Eu tenho de provar aos outros que a reza é a única resposta para todos os males.

9) Eu estou inventando um sistema numérico que aplicado às palavras dos outros, vai me permitir saber se eles estão falando a verdade ou não.

10) Eu quero saber por que fico sempre tão nervoso, e por que esta úlcera que eu tenho não acaba nunca.
11) Eu vivo triste, tudo me deixa deprimido.
DISCUSSÃO - algum membro do grupo forçou a situação para parecer "louco"? Quem estava de fato abordando seus objetivos honesta e economicamente? O envolvimento de cada participante em seu problema afastou-o ou aproximou-o dos outros? Se hove momentos excitantes, a que eles se deveram? Puderam os observadores, de alguma forma, se identificar com os atores? Tentaram os participantes se controlar e se relacionar com os demais o mais normalmente possível? Ou as comunicações foram vagas e difusas? Quem esteve confuso e embaraçado? Conseguiu o analista fazer com que as pessoas trabalhassem juntas? Houve muita dispersão ou o grupo conseguiu se manter em torno de certos tópicos?
COMENTÁRIOS - a locura raramente é a inabilidade em escolher entre várias possibilidades alternativas; muito mais frequentemente, loucura significa ver as coisas somente ou predominantemente por um prisma ou um ponto de vista muito particular. Quando você for analisar os objetivos de um pesonagem que tenha problemas psicológicos, tente não vê-lo "de fora", esquematizando-o simplisticamente ao redor de alguns sintomas. Ao contrário, confie na lógica "ilógica" do personagem, e simplesmente desempenhe seu papel como você o faria, caso o mesmo fosse "normal". Fique alerta para o que se passa à sua volta. E atenção: resista ao impulso de criar um "grande drama" e - pelo amor de Deus - evite a tentação de desempenhar seu papel como se fosse um débil mental! Procedendo assim - tentando apenas confirmar preconceitos e visões estereotipadas vigentes - o que você vai conseguir é ofender a sensibilidade da audiência. Procure, ao contrário, a força e beleza existentes no papel, imbuindo o personagem de um sopro humano.

Devido a uma certa unicidade de demandas, desempenhar um papel deste tipo é uma das tarefas mais difíceis em teatro. Mas não se desespere. A primeira coisa a fazer é descobrir um modo de desempenhar os "sintomas" do personagem, as condições sob as quais ele age, bem como suas necessidades e aspirações. O maior perigo - a ser evitado - é o de deixar os sintomas crescerem a tal ponto que suplantem todo o resto e façam-no "esquecer" qual seria o conflito real do pesonagem, e o seu relacionamento com os demais personagens. Isto é muito importante: os sintomas não devem substituir o conflito; ao contrário, eles devem ajudá-lo a acentuar os obstáculos a serem removidos na relação com os outros personagens e com os objetivos da peça. É claro que os sintomas vão modificar o modo pelo qual o personagem vai observar, pensar e agir.
OBS: além de ver o mundo de apenas uma maneira singular, pessoas sob forte pressão mental, em geral, evidenciam certos problemas "físicos" ou somatizações: problemas motores, constipação, descuido pela aparência, aceleração ou lentidão de movimentos etc. Aborde este problema do mesmo modo que o outro.
CONCLUSÃO - observe, por exemplo, como os principais personagens de Os rapazes da banda reagem às circunstâncias e eventos que os rodeiam. Nesta peça cada personagem é dono de uma certa unicidade, de um modo de ser particular, embora sejam todos homossexuais. Lembre-se que a sua tarefa é dar à audiência a impressão de que você quer o que o seu personagem quer, da maneira que o seu personagem quer! Escolha, por exemplo, certas tarefas reais que você possa executar simplesmente. Se você fez mais do que o suficiente para satisfazer as necessidades do personagem, você está deturpando o seu papel. Você, no palco, não está representando um bêbado, um viciado, um homossexual, um neurótico. Você está representando um ser humano X, que é bêbado, ou um ser humano Y que é viciado, ou um ser humano Z que é neurótico etc. Caso contrário, todos os bêbados, todos os neuróticos em todos os palcos e em todas as peças seriam representados da mesma forma! Veja seu personagem como um todo, e não como um estereótipo. É claro que todos esses tipos têm características comuns, que servem inclusive para diferenciá-los dos que não são viciados ou neuróticos. Mas isto não justifica uma abordagem estereotipada e rígida. Em resumo, procure ver seu personagem como dotado de uma grande dignidade humana, da mesma maneira, aliás, que você teria de fazer caso o personagem escolhido fosse você mesmo, como você se comporta e se relaciona na sua própria vida.

***
Artigo publicado na revista Cadernos de Teatro nº 82/1979