sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Material para improvisação teatral

Excelente material para se trabalhar com improvisação, funcionam melhor com grupos mais avançados, mas nada impede que se use com todos.

Material para improvisações


383 – O vadio
O     aluno não quer ir à escola. Diz que vai enganar a mãe, que o vem chamar. Finge que está com tremenda dor de barriga. Começa a chorar. A mãe desesperada chama o médico por telefone. O menino se assusta. Tem medo do médico. Este chega. Examina o falso doente, que diz estar sofrendo muito. O médico diz que já sabe o remédio. Chama a mãe à parte, conversa baixo e volta dizendo que o doente tem que ficar um mês sem sair da cama. O menino chora. Pede perdão e diz que nunca mais mentirá nem faltará à escola. Sai correndo.

384 – O milagre
Um casal pobre. de gente simples não tinha tempo de arrumar a casa. Os dois filhos, fingindo-se de fadas resol­vem arrumar tudo durante a noite. Quando os pais acordam não sabem quem trabalhou e acham que é um milagre. No dia seguinte. a mesma coisa. Na terceira vez os pais resol­vem ficar de vigília para ver que
m eram os anjos que os ajudavam. Quando descobrem que são seus próprios filhos, têm um momento de grande alegria.


385 – O curioso
O aluno chega com um embrulho. O amigo pergunta o que tem dentro. Este diz que não pode dizer, pois a mãe pediu que não o abrisse. Era para a vovó. Este insiste. Mas o garoto torna a negar. Furioso promete vingar-se. Sai . O donodo embrulho resolve dar uma lição no amigo, pregando-lhe um susto. Traz um embrulho igualzinho ao outro e deixa em cima da mesa Esconde-se. O amigo volta ante pé. Abre o embrulho e dele sai uma cobra. Este desmaia de susto. O outro chega e dá uma gargalhada.

386 – O espelho e o Índio
Um índio, andando pela mata encontra um pedaço espelho. Ao ver um objeto tão estranho, sente medo e curiosidade; finalmente, a coragem vence. Pega o espelho. sol se reflete e ele pensa estar segurando o próprio Sente que o objeto é duro e liso. Ao ver sua própria imagem se assusta tremendamente; cada movimento que é uma nova descoberta, nova sensação. Medo. Alegria. Depois de um jogo entre ele e a própria imagem. leva consigo o milagroso objeto.


389 – O Prosa
Um homem entra dizendo ao amigo que não tem medo de nada e de ninguém; que já matou três onças e vários bandidos. Despede-se e sai. O amigo chama um terceiro e resolvem pregar uma peça no prosa. Um entra num saco e fica esperando. O outro chama o mentiroso e pergunta se ele não tem mesmo medo de nada, nem de assombração. Pergunta também se aquele saco, que está no canto, é dele. Ele diz que não, mas quer ver o que tem dentro. Vê o saco mexer-se. O saco foge. Jogo de esconde-esconde. Começa a ficar meio assustado, quando o amigo aparece com uma máscara de leão ou de qualquer outro bicho. O prosa começa a tremer, até que os dois amigos se dão a conhecer. O prosa. envergonhado, sai.


391 – Na padaria
Um grupo de moleques (3 ou 4) passam por u vitrina onde estão expostos deliciosos petiscos. Sem dinheiro, eles se detêm na vitrina, desejando ardentemente comer o que vêem (sensaçao de gula). Desanimados se afastam-se.
Voltam os mesmos moleques com expressão melhor. Têm um plano. Vão arrombar a vitrina. Fingem manipular chaves de fenda. Ao mesmo tempo que trabalham, agitam-se com medo da aproximação do guarda. Realmente 1 policial vem chegando. Fingem naturalidade. O guarda passa. Depois de muito esforço e aflição conseguem, finalmente tirar o vidro. Quando a presa já está perto e o cheiro dos pastéis já lhes dá água na boca, o vigia grita: Lá vem o guarda.. Os moleques paralisados, medrosos, - fogem em debandada.


392 – A árvore
 Este jogo é de concentração, ritmo, contato de uma maneira direta com os mistérios da natureza - o ciclo da vida -através do crescimento da árvore, passando por diversos está­gios - inverno, primavera, verão e outono.

1 - Os alunos se deitam no chão. Na posição fetal. - São as sementes plantadas na terra. Eles se relaxam e esperam.

2 - Um aluno representa o sol, que olha fixamente para as sementes dando-lhes calor. Numa celebração, esse aluno pode estar caracterizado com uma máscara de sol.

3 - As sementes para germinarem precisam de água. Alguns alunos regam as sementinhas ou fazem a sonoplastia de chuva. (Para isso, batem com a ponta da unha na mesa.)

4 - As sementes começam a brotar. Usam a respira­ção, pois o ar também é elemento indispensável ao cresci­mento da planta. Os alunos já estão de joelhos.

5 - Começam a brotar os galhos. Braços.

6 - Chegamos à plenitude da árvore. Braços estendidos, imitando uma árvore. O aluno está de pé.

7 - Alguns. representando camponeses. chegam até as árvores para colher frutos. Fazem mímica de apanhar frutos e saem.

8 - Outrosalunos, representando operários. vêm tomar sombra debaixo das árvores. Descansam. ouvem o  apito da fábrica e voltam ao trabalho.

9 - A árvore começa a envelhecer e pouco a pouco vai relaxando, murchando, recolhendo os braços.

10 - Jáde joelhos. vai se encolhendo até que volta àposição inicial.

393 – O Passarinho ( sensibilidade)
O   professor. pede aos alunos que fiquem sentados em ferradura, no chão ou cadeira. Faz uma bola de jornal. Entrega ao primeiro aluno dizendo que é um passarinho ferido. Os alunos têm que imaginar:

- que aquilo é mesmo um passarinho (cor, tamanho, forma);

                     - que ele está ferido (pena, ternura, cuidado);

- depois de segurar o pássaro ferido por alguns momen­tos, passa para seu colega ao lado.




396 – A bomba relógio
Um grupo de amigos. passeando num parque descobrem um embrulho. Espanto. curiosidade. Aproximam-se e obser­vam detalhadamente. Uns, com receio, aconselham aos mais afoitos a se afastarem daquilo. Eles descobrem. pelo barulho. que o embrulho contém um relógio. O mais curioso resolve abrir, enquanto os outros. receiosos, se afastam. De repente Quve-seum estampido e o curioso cai morto pela bomba-relógio. Os outros fogem apavorados.

397 – As algas (sensibilidade)
Cinco alunos, de olhos fechados, começam a se movi­mentar como se estivessem no fundo do mar sentindo a resis­tência da água. Retraem-se cada vez que se encontram, sem­pre em câmara lenta. A cada toque. devem reagir como se tivessem recebido uma descarga elétrica.


398 – A chuva
Numa região castigada pela seca, homens trabalham sob sol causticante. Ao longe ouvem-se os primeiros sinais de trovoadas. Todos ficam atentos. O ruido aumen­ta. Esperança geral. Primeiras gotas d'água. A chuva caiforte alegria. Os homens tentam beber a água, rolam na lama. Grande alegria.

399 – A alegria contagiante
Um personagem de mau humor entra no ônibus. Tudo lhe correu mal naquele dia. Está carrancudo e ensimesmado.
No banco em frente está um personagem feliz. A vida é bela, o ar está fresco, o céu azul, tudo ele sente fortemente. Pouco a pouco o carrancudo ao sentir a alegria do compa­nheiro vai se contagiando até que se alivia, acompanha o olhar do outro, começa a ver o ambiente; finalmente, se entreolham e sorriem.

400 - Naufragos
Um grupo de náufragos numa jangada. O tempo: ensolarado, brumoso, quente ou frio. Omar deserto. Deses­pero. Uma chaminé, uma vela aparece no horizonte. Os mais desencorajados se animam, Obarco se aproxima. Sinais são feitos. Esperança. Mas o barco passa. sem notar os naufragos e se afasta. Os movimentos param, o horizonte está de novo deserto.

Esse exercício é acompanhado por instrumentos de percussão e barulhos de mar, vento, etc. feitos com a boca. Aumentam de intensidade à medida que o tema se desen­rola.

401 – A radiografia
Duas pessoas estão numa sala de espera de um hospital público aguardando o resultado de uma radiografia. Elas sabem que podem estar condenadas à morte (doença gra­ve). Enquanto esperam, se angustiam. As enfermeiras pas­sam alheias aos problemas dos doentes, rindo, brincando, o que provoca nos doentes solidão e revolta. Finalmente trazem o resultado em dois pedaços de papel que entregam a cada paciente. Um é positivo, outro negativo. Os alunos reagem conforme o resultado que recebem.


402 – A planta milagrosa
Duas pessoas recebem um vaso de planta onde só há terra. Curiosos com presente tão estranho, observam o vasi­nho. De repente. do meio da terra nasce o broto de uma planta desconhecida. Susto. A planta começa a crescer aos olhos dos alunos que vão se afastando ame­drontadôs diante de fato tão inédito. A planta continua crescer, crescer, os galhos estão quase no teto, horríveis, tentando envolver os personagens como tentáculos de polvo. Apavorados, como num pesadelo. não entendem o que se está passando, tentam se desvencilhar, lutando desesperadamente. a planta começa a regredir, tornando-se uma pequena plantinha de cujo galho sai uma linda rosa vermelha. Os personagens, sempre num clima de pesadelo e sonho, se aproximam cuidadosamente da flor e ainda no mesmo clima de sonho, observam a flor.


403 - Recordação

Uma velha casa com uma cadeira ao centro. Ali viveu uma pessoa muito querida: uma velha avó por exemplo. O personagem chega depois de 10 anos de ausência e ao ver a cadeira começa a recordar e a sentir saudades - mos­trando sentimentos alegres e tristes, que as lembranças do passado lhe trazem.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Nem tudo que é escrito é verdade

O Homem e o Leão
Fábula de Esopo

Um homem e um leão discutiam sobre qual deles era o mais forte, e decidiram conferir ali mesmo.
O homem levou o leão até uma sepultura, onde havia uma pintura do defunto matando um leão.
O leão retrucou:
_O que você me mostrou foi pintado por um homem. Se eu soubesse pintar, retrataria um leão matando um homem. Não vamos mostrar nada, pois é melhor medirmos nossas forças um contra o outro. Depois de matar o homem, o leão disse:
_Uma prova pintada não é suficiente. Ele agora descobriu que eu era mais forte.

Moral da história:
Nem sempre é verdade o que está escrito em algum lugar; é nescessário provar a verdade com atos.

Cuidado com a familiridade

A Raposa e o Leão

Uma raposa muito jovem, que nunca tinha visto um leão, estava andando pela floresta e deu de cara com um leão.
Ele a não precisou olhar muito para sair correndo desesperadamente na diração de um esconderijo que encontrou. Quando viu o leão pela segunda vez, a raposa ficou atrás de uma árvore a fim de poder olhar antes de fugir. Mas na terceira vez a raposa foi direto até o leão e começou a dar tapinhas nas costas dele, dizendo:
_Oi, gatão! Tudo bom?

Moral da história:
Da familiaridade nasce o abuso.

Falar é facil

A Assembleia dos Ratos
Era uma vez uma colônia de ratso, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma assembléia para encontar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim um jovem e esperto rato levantou-se e deu uma exelente idéia; a de pendurar uma sineta no pescoço do gato. assim, sempre que o gato tivesse por perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todos os ratos bateram palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um velho rato que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto. O velho rato falou que o plano era muito inteligente e ousado, que com toda a certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato?

Moral da história:
Falar é fácil, fazer é que é difícil.

O problema é de todos

O Rato e a Ratoeira

Numa planície da Ática, perto de Atenas, morava um fazendeiro com sua mulher; ele tinha vários tipos de cultivares, assim como: oliva, grão de bico, lentilha, vinha, cevada e trigo. Ele armazenava tudo num paiol dentro de casa, quando notou que seus cereais e leguminosas, estavam sendo devoradas pelo rato. O velho fazendeiro foi a Atenas vender partes de suas cultivares e aproveitou para comprar uma ratoeira. Quando chegou em casa, adivinha quem estava espreitando?

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. 

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. 

Correu para a esplanada da fazenda advertindo a todos: 

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!

A galinha disse: 

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse: 

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse: 

- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não !

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. 

A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. 

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro chamou imediatamente o médico, que avaliou a situação da esposa e disse: sua mulher está com muita febre e corre perigo.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. 
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. 

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. 

A mulher não melhorou e acabou morrendo. 

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. 

Moral:
“Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.”

O verdadeiro amor

A coruja e a águia

Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
- Nesse caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheio de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
- Está feito! - concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstreguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...

MORAL: 
Quem o feio ama, bonito lhe parece.
O amor de uma mãe que sempre ve seus filhos como os mais bonitos

Verdadeiros amigos

Os Viajantes e o Urso

Um dia dois viajantes dera de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingui-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
_O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
_Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sincaridade e a amizade